S O U L M A T E S
ソ ウ ル メ イ ト
ソ ウ ル メ イ ト
Prólogo.
- Por Deus, o que é isso? – perguntou o jovem. Já havia visto coisas estranhas, mas algo igual aquilo era raro de aparecer. Um objeto elíptico atravessou sua janela no meio da noite. Não bastasse isso, o aro brilhava como a luz do sol e silvava com o som de uma serpente.
Tentou apará-lo com a mão, mas era quente demais para ser tocado. Tentou cobri-lo com um pano de seda mas, misteriosamente o pano dissolvera-se em cinzas. Chamou seus irmãos.
- Que foi Zeca? – Dinho chegava em seu quarto. Era um rapaz esguio, com forte expressão nos rostos e muito inteligente. Era um dos quatro irmãos da tradicional família Línea. Seu irmão, Zeca, era um rapaz grande, com braços fortes e cicatrizes profundas que lhe lembravam das batalhas que travou. Observou o objeto – Como isso veio parar aqui, Zeca?
- Não sei Dinho... Atravessou todos os campos defensivos da casa e quebrou minha janela.
A casa dos Línea era pura tecnologia. Todos os descendentes tinham uma formação tecnológica afiada e eram muito inteligentes. Era uma das casas mais protegidas de todas, uma fortaleza impenetrável. Acima da terra, os dormitórios. Abaixo da terra, os negócios.
- É coisa inimiga, Zeca. Devemos alertar os dróides. – disse Dinho, assustado. Zeca chegou mais perto e observou o objeto, ignorando o irmão.
Era um aro dentado por dentro, como uma peça de encaixe. Tinha inscrições das quais não conseguia ler. Era antigo, e não era tecnologia, mas ele achava o objeto belíssimo. Sacou luvas de metal e pegou-o com as mãos.
- Mary, acione os Dróides, um objeto desconhecido penetrou nossas defesas! – Dinho gritou escada abaixo.
- Não parece fazer mal, veja irmão... – Zeca estava deslumbrado. O aro zumbia mais alto agora que o segurava perto dos ouvidos. Imaginou se aquilo era uma coroa. Dirigiu-o à cabeça.
- Eu não faria isso se fosse você, meu rapaz. – disse uma voz, e Zeca olhou ao redor. O aro a caminho de encontrar o crânio.
O vento correu pela janela aberta. Uma capa preta esvoaçou rapidamente, e um pingente dourado brilhou à luz do objeto reluzente... Era isso que conseguia visualizar. Era o suficiente. Conhecia bem o dono daquele pingente. Seu nome já fora proferido em todo o país, uns com admiração, outros com ódio.
- C-como entrou aqui? – Zeca olhou em volta. Seu irmão não estava mais ali. – O que quer de nós??
- De seus irmãos, nada... só quero o que é nosso de direito. – disse o homem à janela. Deu um passo à frente e a luminosidade do aro o alcançou. A pele negra como a noite, os olhos vermelhos e brilhantes como o sangue, vistos através dos óculos escuros. A descrição era precisa. Zeca estava diante de alguém perigoso.
O homem levou a mão ao rosto e retirou os óculos. Guardou-os no bolso, fechou os olhos e proferiu palavras:
- Legend, quod fit figura Bestia Igni! – de imediato, um animal gigante materializou-se ao lado dele. Zeca sentia o animal, mas quase não o via completamente na escuridão do quarto, apenas seus olhos eram visíveis. Possuía olhos amarelos e malignos e, em toda a extensão do corpo, se arrastava uma pelagem negra. Mesmo negro, seu pelo tinha um brilho magnífico, como se chamas dançassem no corpo do animal. O espírito parou ao lado do homem, e olhava ameaçadoramente. – Ataca! – ordenou.
Rápido como um relâmpago, o animal projetou-se para cima de Zeca. Sem tempo para chamar seu espírito, ele apenas chamou por ajuda mentalmente e fechou os olhos. Braços não o protegeriam, mas mesmo assim tentou. A besta transpassou suas mandíbulas flamejantes por entre Zeca, mas seu corpo não queimou. Caiu no chão, assustado e baixou os braços para ver o que tinha ocorrido. Nada. Seu corpo estava intacto, assim como seu quarto, e a noite permanecia quieta. Olhou para a janela.
- Está conosco. – Informou o homem a alguem. Subiu o parapeito da janela aberta e se preparou para saltar. Atordoado, Zeca levantou.
- Porque não me feriu?? – perguntou. Estranho entrarem em sua casa e só levarem aquilo. – Só queria o objeto?
- Sim, só o queria... Além do que, pra que sujar a honra de meu espírito matando um Línea? – respondeu ele, sorridente. Seus dentes eram brancos como a luz. Saltou através da janela para um possível suicídio. Zeca torceu para que morresse.
Correu até o parapeito e olhou para baixo. Não havia nada, nem animal, nem homem.
- Maldito!! Veio, nos roubou e tirou nossa honra!!! Tem minha vingança, Mr.Coal!!! – gritou aos ventos.
O eco soou para a silenciosa noite. Segundos depois uma agitação chamou a atenção de Zeca para o jardim abaixo.
- A gente manda um cartão de natal! – gritou uma voz. Zeca olhou... Dez toneladas de ferro puro locomoviam-se como um gigante pela propriedade Línea. Em cima dele, rodeado de controles e painéis, um jovem com cabelos em moicano acenava alegremente enquanto ia embora. Zeca não sabia quem era, mas fosse quem fosse estava do lado do bandido que atacara à noite. O Gigante metálico afundou na terra abruptamente e desapareceu. Sem saber ainda o que havia acontecido, Zeca saiu a passos apressados de seu quarto, gritando pelos irmãos.
continua...
"E eis que chega aquele que reúne."
Oi gente, mais uma fanfic que estou começando aqui... alguns nomes e descrições vocês vão conhecer no caminho... Lembro que nenhum personagem da fic faz alusão à qualquer pessoa ou situação na vida real, é apenas um fruto de uma imaginação fértil demais... Estou me empenhando bastante nessa fic, dividirei ela em temporadas pra ficar mais facil de eu postar... os cap vão sair em +/- 15 dias cada (sim, meu tempo é escasso)... ah, os caps vão ser mto divertidos, vão ter abertura, encerramento e td mais, tomara q o povo goste ;P mais tarde trago o Capítulo 1, deixei o prólogo só para vocês sentirem um gostinho
até daqui a pouco