PokéShiny

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    [10+] Monstros de Bolso

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    Mensagem por Mr.Coal 14.11.13 16:58

    O Autor escreveu: Oi dinovo gente [10+] Monstros de Bolso 534588

    estou começando uma nova fanfic... agora de pokémon ^^estou tentando estruturar direitinho pra montar uma história legal. Essa história promete muitas risadas e muitas coisas legais que muitos por aqui irão se identificar. A história é a básica saída de um treinador em jornada, mas em uma Região nova com pokémons antigos (talvez possa rolar uns fakemons, quem dirá vai ser o tempo) e será contada em primeira pessoa. Quero que leiam o prólogo e, se curtirem, comentem aí embaixo. Se tiver comentários eu posto o 1° capítulo mais tarde (sim, já está pronto -q)

    boa leitura [10+] Monstros de Bolso 947742

    • M o n s t r o s • D e • B o l s o •


    Prólogo_________________________________________________________________________________________________•

    Pokémon. Um termo aglutinado que se espalhou pelo mundo nos últimos anos. A junção de duas palavras estrangeiras para determinar a existência de seres com poderes extraordinários, que passaram a determinar o modo de vida de muitas populações através do globo. O mundo costumava ser normal, mas a chegada destes monstrinhos mudou tudo. Agora o planeta é divido em regiões, e comandados por aqueles que melhor conseguiram administrar o poder dos pokémons, e usá-los em seu benefício. A educação e a economia tradicional foram transformadas, o dia a dia dos humanos foi rearranjado de modo que os pokémons passaram a estar dentro do papel principal, andando lado a lado com os seus treinadores e criadores para fazer do mundo um lugar melhor para todos.

    Na frente de todo o governo do “Mundo Pokémon”, está não mais os presidentes, reis ou imperadores, mas sim os dirigentes da Liga Mundial Pokémon, que estabelecem regras e parâmetros para colocar a preservação e o cuidado dos pokémons em evidência. O processo de transformação do mundo foi longo e cansativo, mas pouco a pouco eles conseguiram administrar as regiões onde a incidência dos monstros são maiores. Muitas já se uniram à liga. Kanto, Johto, Kalos, Orre, Fiore, e muitas outras já estão catalogadas como regiões que apresentam o contato humano com os seres da natureza. Cientistas foram espalhados por estas regiões para pesquisar e encontrar novos pokémons, novas características, novos habitats e coletar todos os dados referentes aos pokémons. E para isso eles contam com a ajuda do povo local, e os colocam em jornada para explorar e catalogar todos os Pokémons.

    Assim, quando a incidência de pokémons é constatada em uma região, ela é convidada a se juntar à liga, e então é iniciado o longo processo de reestruturação e estudo da região, que pode levar vários anos. Dessa vez, uma nova região acabou de se juntar à liga, mas há algo estranho sobre ela.

    - Nenhum Pokémon novo? – perguntou o Senhor Masuda, diretor da Liga Mundial Pokémon – Como pode? Todas as regiões de grande porte descobertas até hoje apresentaram uma soma no quantitativo de pokémons. E você vem me dizer agora que não tem nenhum nessa... nessa... como é o nome mesmo da região?

    - Barjeel, senhor... a região de Barjeel. – informou seu secretário, que relatava os fatos contidos em uma prancheta. – Muitos treinadores já foram enviados em jornadas, mas... não foi encontrado nada novo.

    - Impossível! E quanto às lendas locais? – disse o diretor, preocupado.

    - Estão sendo investigadas, senhor.

    - Muito bem... vamos ver no que tudo isso vai dar por enquanto. Pode incluí-los na confederação das regiões.

    - Eles pedem também a permissão para criar sua Liga local própria, senhor.

    - Hmm, pode conceder, George... não vejo problemas.

    - Certo, certo – e o secretário anotou freneticamente na prancheta. – se me permite dizer, senhor, as pessoas desse país são... esquisitas.

    - Esquisitas? Como assim?

    - Eles vivem muito alegremente – disse o secretário, com o rosto sério – e vivem em festas, adoram estar em grupos... sem falar da crença absurda que o povo tem em suas lendas, senhor... as histórias são assustadoras.

    - Isso não deve ser problema, George. Já vi muitos povos com crenças tão fortes que acabaram tornando-se verdade. Pokémons são assim, eles trazem essa sensação de miraculosidade para os povos. Eles acham que são criaturas enviados por um Deus.

    - Mas é aí que está, senhor... os habitantes de Barjeel realmente acreditam que há um deus Pokémon. O mesmo... o mesmo que fora encontrado em Sinnoh senhor.

    - Besteira, nada foi encontrado em sinnoh, apenas lendas. Ninguém nunca o viu! Não há provas de quem ele exista...

    - De fato, senhor... mas dessa vez há... há relatos. – disse o secretário, sombriamente.

    - Intrigante... será que estamos diante da lenda verdadeira? A que estivemos buscando por eras?

    - É possível, senhor...

    - Temos que investigar isso mais a fundo!! – disse o diretor, empolgado. Ele tinha grande apreço pelas lendas e pelos pokémons que protagonizavam aquelas histórias. Sua animação era tamanha, que nem ele nem George perceberam que estavam sendo entreouvidos.

    - Isto é verdade? – disse uma voz de um homem, horas depois da conversa entre Masuda e seu secretário, em um escritório bem distante dali. O homem tinha uma voz rouca e grave, que falava através de uma espessa barba. – Confirme, rapaz... A liga está vindo pra cá?

    - Sim, chefe... eles estão a caminho. – disse uma voz em um viva-voz.

    - Malditos... deixe-os vir. Darei o tratamento apropriado que eles merecem, e que só vão encontrar aqui em Barjeel! – e gargalhou.
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    [10+] Monstros de Bolso Empty Re: [10+] Monstros de Bolso

    Mensagem por Mr. Mudkip 14.11.13 18:47

    Curti, embora eu não seja fã de novas regiões nas fics de pokémon, pq esses novos locais geralmente não apresentam uma identificação autêntica com a série Pokémon e pessoalmente me desagrade.

    Uma coisa q achei q pecou:

    Mr. Coal escreveu:Na frente de todo o governo do “Mundo Pokémon”, está não mais os presidentes, reis ou imperadores, mas sim os dirigentes da Liga Mundial Pokémon, que estabelecem regras e parâmetros para colocar a preservação e o cuidado dos pokémons em evidência. O processo de transformação do mundo foi longo e cansativo, mas pouco a pouco eles conseguiram administrar as regiões onde a incidência dos monstros são maiores. Muitas já se uniram à liga. Kanto, Johto, Kalos, Orre, Fiore, e muitas outras já estão catalogadas como regiões que apresentam o contato humano com os seres da natureza. Cientistas foram espalhados por estas regiões para pesquisar e encontrar novos pokémons, novas características, novos habitats e coletar todos os dados referentes aos pokémons. E para isso eles contam com a ajuda do povo local, e os colocam em jornada para explorar e catalogar todos os Pokémons.

    Assim, quando a incidência de pokémons é constatada em uma região, ela é convidada a se juntar à liga, e então é iniciado o longo processo de reestruturação e estudo da região, que pode levar vários anos. Dessa vez, uma nova região acabou de se juntar à liga, mas há algo estranho sobre ela.
    Na minha concepção, pokemons seriam animais, e dessa forma, existem normalmente pelo mundo todo. Essa parte deu a entender q a Liga controla isso de alguma forma por conta da formação e distribuição dos pokemons, acho melhor vc colocar q existem locais com potencial para montar ligas para movimentar a economia da região, transformando pokemons em lucro e capital importante para todos. Muitas regiões tem pokemons únicos, mas q nesse lugar ainda não encontraram nada de diferente é algo muito interessante, disso eu gostei bastante.

    Vc disse q talvez incluirá fakemons, isso acho bola fora, já q há muitos bons pokemons q nem foram bem explorados e tem forte potencial pra criar historias fantásticas. Ate a inclusão de megaevos alternativas criadas por você seria mais interessante q acrescentar novos pokes, opinião.

    Nesse inicio gostei bastante, nem precisa dizer q vc escreve muito bem, todos sabemos disso, então no aguardo dos próximos capítulos.


    Os: desculpe o texto enorme -q
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    [10+] Monstros de Bolso Empty Re: [10+] Monstros de Bolso

    Mensagem por Mr.Coal 14.11.13 20:03

    adoro textos enormes AISUAIUSIA

    Mud, na concepção da minha fic, os pokémons apareceram simplesmente no mundo, e a explicação de COMO apareceram ainda não foi encontrada de forma que satisfaça a todos. O controle que eu menciono são as formas de treinar os pokémons, e o controle sobre os pokémons de poder extraordinário, que seria o que os teams malignos buscam a cada história.

    Ou seja, quem tem um pokémon, tem, para si, poder. E com esse poder vem o controle sobre os que não teriam acesso. Mas como os pokémons tem comportamentos semelhantes a animais, como viver em comunidades, interagem com a natureza e possuem habitats, a preservação e controle do uso se faz necessária.

    É como o petróleo. Se descobrem que o petróleo brota de algum lugar, algum país ou organização vai tentar controlar o lugar e delimitar o uso, fluxo de extração e etc.

    Seguindo a linha de pensamento, como será que seria se uma população descobrisse por exemplo que existe um cachorro que solta fogo pela boca e não usá-lo para substituir toda uma linha de produção usando o fogo como combustível. Isso mudaria a rotina de uma sociedade, e, uma vez que tal pokémon passe a ser capturado e colocado para servir a tal propósito, sua preservação estaria sendo ameaçada. Aí entraria então a organização que controlaria a utilização de pokémons como ferramentas, legalização do sistema de batalhas e preservação dos nichos e habitats pokemon in nature.

    minha pretensão é discutir esses assuntos na fic, ainda que de maneira divertida. [10+] Monstros de Bolso 534588 e sim, toda essa seriedade sobre pokémon fica no prólogo. A narrativa é bem leve e tem bastante foco no personagem.

    enfim, depois eu posto o cap 1 [10+] Monstros de Bolso 534588
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    [10+] Monstros de Bolso Empty Re: [10+] Monstros de Bolso

    Mensagem por Kaze 16.11.13 12:04

    Legal... legal... e a 2º temporada de soulmates... quando sai? AIOEJAIOEJAIOEJIAOJEIAOJE <3
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    [10+] Monstros de Bolso Empty Monstros de Bolso - Capítulo 1: No dia em que eu saí de casa.

    Mensagem por Mr.Coal 16.11.13 14:42

    [10+] Monstros de Bolso EauzoWn

    Capitulo 1 – No dia em que eu saí de casa.


    Ah, o mar...

    Não sei quanto aos outros adolescentes nesse lugar gigantesco, mas eu amo ver o mar. O vento batendo nos cabelos, as ondas quebrando ao longe, a areia sob os pés, os Shellder espalhados pela orla... não, espere. Obviamente você deve ter se identificado um pouco. Mas há uma grande diferença entre mim e os outros garotos da minha idade: Eu sou um treinador Pokémon.

    Na verdade estou estudando pra isso. Ingressei na Escola de Treinadores faz uns quatro anos, e finalmente estou terminando esta etapa para poder seguir minha jornada, uma intensa pesquisa de campo rumo ao sucesso como treinador Pokémon. Parece promissor, não é mesmo? Eu já estou impaciente, estou esperando desde os meus dez anos de idade por este momento. Se antes, quando ingressei na Escola eu já me sentia preparado, que dirá agora que estou terminando. Mas agora eu aprendi a me controlar, a pensar friamente, e, é claro, a batalhar com inteligência. Dizem que as áreas de pokémons selvagens aqui na minha região são de alto nível, com pokémons fortíssimos espalhados por aí. Se você não é um treinador qualificado, nada de sair por aí se aventurando.

    Sobre ser um treinador qualificado, eu com certeza tenho esta convicção. Sou Lucas Moreira, tenho 14 anos e sou um habitante da região de Barjeel. Eu sei, ninguém conhece este lugar. Mas caberá a mim colocá-la no mapa, e trazer o sucesso e orgulho para minha região. Sim, assim que eu iniciar minha jornada.

    Isso aconteceria em alguns dias. Bem, daqui a dois dias para ser exato. Para quem esperou até agora, dois dias é moleza. E é bom também que eu tenho tempo para curtir a praia. No lugar onde eu moro, a cidade de River, é um lugar basicamente à beira da praia. Aliás, muitas cidades na região de Barjeel são à beira da praia. E isso é muito bom, pelo menos pra mim. É a praia quem nos dá diversão e também o dinheiro para que possamos sobreviver.

    Na minha família, somos só eu e minha mãe. Minha mãe é uma mulher incrível, ela faz doces caseiros e os vende na praia durante o dia. Ela é esforçada e merece tudo de bom. Ah, tem também o Jonas, mas ele é o namorado da minha mãe, por isso não conta, ainda. Não que eu não goste dele, mas para ser da família, tem que ajudar lá em casa, de alguma forma. E o Jonas ainda está um pouco indeciso. Meu pai? Meu pai largou minha mãe quando eu era um bebê. Isso tem acontecido bastante ultimamente, visto que muitos rapazes querem sair por aí em jornada com seus pokémons, serem treinadores conhecidos. Alguns levam anos para conseguir a liberação da Liga Pokémon, e, quando conseguem, deixam tudo para trás. Bem... dessa vez eu fui deixado.

    Mas eu não o culpo, nem guardo rancor. Eu consigo até mesmo entender a vontade de largar tudo para ser um mestre Pokémon. Eu também quero isso pra mim, mas eu vou conseguir agora... nada de esperar casar e ter filhos para iniciar minha jornada. Só a oportunidade de conhecer o mundo... de batalhar com outros treinadores... Ah! Estou ansioso!

    - Criatura – minha mãe chegou e me pegou ali, olhando pro tempo – Era pra você estar vigiando o carrinho com os doces!

    - Mas eu to mãe! – eu apontei pro carrinho, a um metro de distância – Ele ta logo ali!

    - Ele tá vazio, seu cabeça oca – quando eu levantei pra ver era verdade. O Carrinho estava vazio e eu, encrencado.

    - Aah, Linoone, onde você pegou isso? – alguém estava ralhando com um Linoone mais à frente.

    - Ei, são os doces!! – corri até onde o garoto estava, tentando retirar os doces da posse do Pokémon.

    - Ah, meus doces!! – minha mãe entrou em desespero.

    - Ah são da senhora? – disse o treinador do Linoone. Olhando agora de perto ele parecia ter a minha idade, mas pelo jeito como estava vestido e pela cor da pele, era definitivamente um turista. Tinha cabelos pretos e usava óculos. Seu rosto estava muito vermelho, e fiquei imaginando se seria efeito da luz solar – Desculpa moça, esse Pokémon é impossível, não sei o que fazer com ele...

    - O que está acontecendo aqui? – disse uma voz acima das nossas cabeças e eu me levantei para olhar. Se o garoto parecia um turista, aquele cara DEFINITIVAMENTE era um. Ele estava usando terno! NA PRAIA!

    - O SEU Linoone roubou os doces que eu estava vendendo moço – minha mãe estava uma fera – agora quem vai me ressarcir? Esse é o meu salário do mês, sabia?

    - Quanto custam os doces? – disse o rapaz e começou a abrir uma pasta que jazia ali na areia.

    - Vinte Poké-Reais – disse ela, meio desconcertada, mas logo voltou à irritação – Mas o ponto aqui é que o seu Pokémon deve ser disciplinado, ele está roubando coisas dos outros!

    - Minha senhora, o que eu faço com meus espécimes são assuntos apenas de minha conta.

    A gritaria começou ali, minha mãe fica nervosa quando é contrariada. Eu, por outro lado estava conversando com o garoto que tinha começado toda a confusão.

    - Bem legal esse Linoone, ele é seu?

    - É do meu pai... ele está me levando para pegar meu primeiro Pokémon essa semana, no laboratório do Professor Figueira. – disse o garoto – Eu estou um pouco nervoso, ele anda preocupado que eu não consiga seguir uma jornada sozinho.

    - Sério cara? Eu também vou pegar meu primeiro Pokémon! Acabei de conseguir a aprovação da escola daqui... minha mãe ficou feliz com a notícia.

    - Bom pra você cara. Meu pai está de cabelos brancos. – disse ele, meio tristonho – ele deixou o trabalho lá na cidade de St.Paul para me trazer, é um incômodo. Aliás, eu geralmente sou um incômodo.

    - Não pensa assim cara – eu disse, tentando animá-lo – ele te ama, ele vai até pagar os doces que o Linoone pegou... se eu tivesse um pai... – e parou a frase por aí, porque sua mãe já estava batendo em retirada.

    - E só estou aceitando porque não posso ficar sem trabalhar, viu? – disse ela, ainda desafiando o pai do garoto. – mas procure não deixar seus pokémons ladrões por aí. Vam’bora Lucas, traz o carrinho... cabou por hoje.
    Catei o carrinho que jazia vazio na areia e já ia saindo quando lembrei.

    - Ah! Meu nome é Lucas, qual o seu nome? – perguntei ao garoto

    - Meu nome é Hugo! A gente se vê lá no laboratório! – disse ele, acenando.

    - Tchau Hugo! A gente se vê!

    Cara! Tinha acabado de achar um companheiro de jornada! As jornadas eram difíceis de fazer, ainda mais sozinho. É sempre importante ter um companheiro de viagem para compartilhar as coisas. Eu estava imaginando fazer um contato quando fosse pegar o primeiro Pokémon, mas fiquei grato por tê-lo conhecido antes.

    Minha mãe quando chegou em casa mudou completamente de humor. Mulheres são assim mesmo, difíceis de entender. Só sei que ela começou a ajeitar minhas coisas para a viagem.

    - Ah, por Arceus, você sequer arrumou sua mochila, menino... o que é que eu faço com você? – disse ela, correndo pela casa catando meias, camisas, itens, poções, e tudo mais.

    - Relaxa Dona Raquel, o seu filho aqui tem tudo sob controle – era eu que iria viajar e era ela quem estava pirando.

    - Relaxar né... você é relaxado demais, Lucas. Quero ver se vai ser relaxado assim com seus pokémons. – disse ela, censurando.

    - Pokémon é outro assunto, é assunto sério. Tem que ter o maior cuidado.

    - Sei, sei... – disse ela, me ignorando completamente – Termina de arrumar isso aí, que eu vou fazer o almoço.

    Os dias foram transcorrendo assim, normalmente. Mas a cada dia que passava, eu ficava mais ansioso, imaginando quais pokémons capturar, os lugares por onde passar... eu estava quase enlouquecendo, na verdade, mas tinha que manter tudo sob controle. Quero dizer, era o meu primeiro Pokémon! Não o primeiro que eu tinha visto de perto claro, eu conheci o Linoone do pai do Hugo, e minha mãe tem um Heatmor que ajuda a incinerar o lixo que a gente usa, e tem vários pokémons selvagens na cidade de River, mas eu queria um Pokémon só meu, que eu pudesse cuidar e batalhar junto com ele sem que ninguém se metesse em meus assuntos.

    No dia que o Professor Figueira tinha marcado eu acordei cedo. Isso mesmo, nada de atrasos em um dia tão importante. Era estranho eu estar saindo em jornada, imaginar que iria ficar sem casa e sem a comida da minha mãe por meses, e tendo que comer coisas na floresta ou refeições prontas no centro Pokémon. Mas era o caminho que eu tinha escolhido e eu não iria fugir. Coloquei a roupa que minha mãe tinha separado, penteei os meus cabelos (com bastante dificuldade, já que eles não param no lugar), e coloquei o meu boné da sorte: um boné surrado da seleção do Barjeel de Batalhas. Olhando-me no espelho, eu parecia um idiota: A roupa era um jeans e uma camisa verde com uma grande pokébola amarela estampada. Minha mãe adorava me comprar essas coisas. Com o boné da sorte azul até que tinham ficado legais, mas o boné bagunçou todo o meu cabelo novamente. Resolvi deixar pra lá, afinal, se os rumores fossem verdadeiros, eu estaria todo bagunçado em pouco tempo.

    Calcei os tênis, pesquei minha mochila (igualmente azul, não sei porque, essa nem é minha cor favorita) e fui me apresentar à general para a conferência de visual antes de sair.

    - Hmmm – ela me olhou torto, avaliando-me – esse cabelo...

    - Ah, fala sério manhê, ninguém vai reparar no meu cabelo! – disse meio revoltado.

    - Tô brincando! – disse ela rindo – tá lindo, pode ir... e vê se me liga hein menino, não vai me deixar morrendo de preocupação.

    - Pode deixar, quando eu chegar em um centro Pokémon eu te ligo.

    - Tá bom... eu vou te acompanhar até o laboratório, quero ver quem você vai escolher.

    - Ah mãe...

    - Cala a boca e vam’bora, tá quase na hora já.

    O laboratório não ficava muito longe dali. O professor Figueira foi escolhido diretamente pela Liga Pokémon Mundial, e tornava ele o pesquisador máximo da região. Haviam rumores de que o professor não estaria correspondendo às expectativas da Liga, e que isso se deve ao fato de ele não encontrar novos pokémons na região de Barjeel, que é vasta e tem uma grande variedade de ecossistemas. Pra mim já tem pokémons suficientes para povoar todo o mundo, então achar novos pokémons deve se tornar mais difícil cada vez que se acham mais.

    Mas toda essa história contra o professor Figueira era uma calúnia. O rapaz era muito inteligente e sabia tudo sobre os pokémons. Estudou em vários lugares diferentes, foi um ótimo treinador em sua juventude e derrotou os maiores treinadores antes de se apaixonar pela pesquisa Pokémon. E o mais importante de tudo: ele me deu a chance de ser o treinador que eu queria, me conseguindo uma bolsa na escola de treinadores.

    Sim, meus amigos, a escola de leitores é paga e é bem cara. Para nós, pobres viventes das áreas mais afastadas do centro da cidade de River, fica difícil ascender socialmente. Meu pai, até onde eu sei, foi um dos poucos que conseguiu. Minha mãe diz que ele foi um treinador brilhante, mas eu não acredito. Treinadores brilhantes aparecem na televisão.

    Pegamos carona com o Jonas até o laboratório. Aparentemente, ele também queria estar conosco neste momento de despedida. Achei legal da parte dele, e é bom mesmo que ele não faça gracinhas com a minha mãe no tempo que eu estarei fora, porque senão eu terei que vir aqui dar uma lição nele. Ele também é um treinador, mas ele resolveu largar tudo para seguir seu sonho: o surfe. A casa dele é infestada de pokémons de água.

    Por falar em lugares infestados de pokémons, o laboratório do professor Figueira era justamente assim: infestado de pokémons. E tinha de todos os tipos! Ele recebia os pokémons dos treinadores que estavam em jornada ainda e até mesmo de alguns treinadores famosos. O lugar ficava em cima do Sugar Hill, um monte onde haviam construído uma estátua gigantesca em homenagens a Arceus, o deus Pokémon segundo a crença popular. Alguns acreditam até que a estátua foi construída ali porque aquela montanha foi a morada de Arceus durante muitas eras. Depois que a população se instalou, aparentemente, ele deixou de aparecer. Minha mãe conhece todas estas histórias, ela é muito devota.

    Chegando no laboratório, o professor nos esperava do lado de fora, onde estava também alimentando alguns Pidgey que sobrevoavam o local. O professor era assim, uma alma gentil, que adorava os pokémons. Já cheguei cumprimentando-o com toda a energia.

    - Bom dia professor, como vai o senhor!

    - Lucas, que bom que veio!! – disse ele, apertando minha mão. – Então, animado? Sair em jornada pode ser assustador, mas vale a pena quando se é jovem, meu rapaz.

    - Eu to animado, seu Figueira! – garanti. – Cadê o Hugo, ele já chegou?

    - Ah, você já conhece o Hugo? – perguntou o professor – ele está lá dentro com o pai dele, preferi esperar os três treinadores para escolher quem vai pegar o Pokémon primeiro.

    - Então tem mais um chegando?

    - Mais uma... e essa é daquelas, como dizem o povo nas cidades do Nordeste, “arretada”. Você vai conhecê-la.
    Do jeito que o professor falou, parecia que ela era meio petulante. Mas mais um parceiro de jornada seria ideal para a ocasião. Ainda mais uma menina para adoçar as vistas, como dizia minha mãe.

    - E aí Hugo, tá animado pra viajar? – perguntei quando encontrei Hugo sentado na sala de espera do laboratório. Ele estava de bermuda preta e tênis, com uma jaqueta verde cobrindo os ombros. Seus óculos estavam suados, pois seu rosto estava quente e vermelho.

    - E-estou! – disse ele, de forma meio constrangedora. Ele parecia estar à beira de um colapso. O pai balançava a cabeça negativamente, em desaprovação ao nervosismo do filho.

    - Você vai querer viajar comigo? – eu perguntei. Eu era assim mesmo, perguntava o que dava na telha na hora que queria. Eu só não sei quem me olhou mais rápido se foi o pai ou se foi o garoto.

    - Sim, ele vai – disse o pai do menino.

    - Pai! – repreendeu o garoto.

    - Meu filho, você viajar sozinho me preocupa. Você é inteligente mas, veja, você precisa de ajuda em algumas coisas.

    - Pai, chega – disse ele, cortando o pai. Fiquei surpreso com a atitude – Eu posso mesmo ir com você, Lucas?

    - Claro cara, sou eu quem está te convidando. Viajar sozinho é ruim. – Eu estava realmente aliviado em ter uma compahia... o Hugo parecia ser realmente um cara legal. – Vamos chamar a menina que vai vir pegar o Pokémon também.
    Hugo e seu pai se entreolharam constrangedoramente.

    - É... acho que não vai ser muito legal ter a Gabi com a gente na jornada, cara. – disse Hugo.

    - Ah, o nome dela é Gabi?

    - É, sim sinhô, por que pergunta? – disse uma voz na porta. Uma menina toda vestida de rosa estava parada ali, com uma guarda-costas e uma bolsa da mesma cor a tiracolo. Tinha cabelos castanhos e muito encaracolados, jogados sobre os ombros. Tinha pele morena, morena e vestia óculos escuros, com armação igualmente rosa. – Cês tão falando de mim, é?

    - Olá Gabi, quanto tempo! – disse Hugo, meio tímido.

    - Oxe, se não é o menino Hugo! Veio pegar o primeiro pokémonstro, veio? – disse ela, enquanto se aproximava. A menina andava provocativamente, mesmo para sua idade mais jovem.

    - Pokémonstro? – questionei.

    - Não pergunte. – disse Hugo, rapidamente – Gabi, este é o Lucas. Lucas, esta é a Gabi, ela estudou na mesma escola que eu na cidade de St.Paul, mas ela veio de Bethlehem.

    - Sou Gabriellen das Graças de Maria Moreira e Machado, 14 anos, muito prazer. – e estendeu a mão feito uma madame – Filha de Jacira e Sobrinha de Joelma, que por sinal é a Líder do ginásio da cidade. Você pode me chamar de gabi também, se lhe apetecer. – e virou-se.

    - Eu disse que ela era maluca. – cochichou Hugo para mim. Eu estava em choque.

    - Seu Figueira, por favor, venha me trazer o pokémonstro que minha tia pediu, sim? – disse ela ao professor. O professor não se segurava de tanto rir – Está rindo de quê, homem? Vá buscar os bichos!

    E ele foi.

    Trouxe uma maleta com três pokébolas dentro. Eu imaginei aquele momento por semanas, e agora finalmente ele havia chegado.

    - Bem crianças, como vocês sabem, nós não catalogamos pokémons novos até o momento aqui em nossa região. Então por isso tivemos que trazer os pokémons iniciais de outros lugares. A tia da Gabriela me conseguiu uns bem raros, e agora vou repassar a vocês.

    - Agradeçam a mim, visse? – disse Gabi – Minha Tia tem os melhores contatos da região.

    - Nós agradecemos, Gabriela, sem dúvida – disse o professor – Agora, vamos à escolha. Creio que a Gabriela já tenha o dela encomendado, então por isso... bem, tome menina – e entregou a pokébola direita à menina.

    Com toda a pose que uma garota de 14 anos pode ter, ela lançou a pokébola para o ar, e saiu uma lagartixa verde, que tinha tanta pose quanto sua dona.

    - ARCEUS QUE ME AJUDE! Que Pokémon lindo de MORREEEER! – gritou ela, em êxtase. Recuperada de seu impacto inicial, se virou para o Pokémon – Você se chamará Gracianny, e será uma das melhores, espere e me aguarde! Olha gente! Minha Snivy não é linda?

    - Bem – continuou o professor, ignorando a menina – o próximo então é Hugo, respeitando a ordem de chegada – que aparentemente não valia para a Gabi. – E então Hugo, temos aqui dois pokémons, um tipo Água e um tipo Fogo. O de água é Froakie, ele é um Pokémon sapo de bolhas. E do tipo fogo temos Chimchar, que é um macaco das chamas. Qual você vai escolher?

    Senti que Hugo demorou mais que o necessário para decidir qual dos dois. Mas depois de alguns minutos respondeu com sua voz constrangida.

    - Q-quero o Chimchar, professor.

    - Boa escolha rapaz! – fiquei meio deprimido. Se o Chimchar era uma boa escolha, eu não tinha a minha opção de fazer uma boa escolha.

    - Obrigado professor. – disse Hugo, e ele virou para o seu pai, sorrindo meio torto. O rosto do homem tinha uma expressão de felicidade com um certo tom de preocupação.

    - Bem, então pra mim sobrou... – e peguei a pokébola. Quando a abri, um sapinho pulou em minhas mãos. Azul. Essa cor estava me perseguindo. Mas nesse caso até que foi legal, porque o Froakie era bonitinho.

    - Muito bem, agora que vocês estão com seus companheiros, falta o principal. – e pegou uma caixa com três dispositivos retangulares. Pareciam celulares, mas tinham uma câmera bem grande na parte traseira. – Essa é a Pokédex, que é o dispositivo que vai capturar informações e imagens dos pokémons com que vocês encontrarem durante a jornada. Lembrem-se de capturar sempre a maior quantidade de pokémons, mas lembrem-se também de se divertir. Certo?

    - Certo professor – responderam em uníssono.

    - Muito bem, aqui está cada uma delas. – disse, entregando-as para seus donos – Espero que vocês se divirtam nessa jornada, e sejam muito cuidadosos com seus pokémons. Estão dispensados.

    - Estou indo então, professor – disse Gabi – algum recado para minha tia?

    - Nenhum, Gabi... faça boa viagem.

    - Ah com certeza... vamos Luciana, ta na hora de ir começar a jornada. – disse Gabi para sua guarda-costas, saindo.

    - Ué, espere! – pedi – você não vai querer viajar com a gente?

    - Com vocês? Deixe de ser bobo, abestado. – respondeu ela, secamente – sou uma menina da alta sociedade, não vou ficar andando com vocês, né.

    - Ah... ok então – procurei não discutir muito.  Já estava cansado de toda aquela cena que ela fazia, e daquele sotaque estranho dela... Ela era até bonitinha, mas pra conviver tem que ser legal.

    - Ela já foi? – disse Hugo.

    - Já...  – respondi.

    - Ah, ainda bem – disse ele, aliviado – cara, essa menina é doida, você não imagina o que eu passei na escola com ela.

    - Eu posso tentar imaginar... e o seu pai?

    - Ele está ali no carro, esperando para se despedir. – disse ele – Vai voltar para o trabalho assim que eu partir... isso não é muito bom pra ele não.

    - Eu vou me despedir dos meus pais então e nos encontramos daqui a pouco.

    Minha mãe e o Jonas estavam sentados em um banco na varanda do Laboratório. A vista ali era linda, ainda mais naquele começo de dia. Deixar minha mãe para trás me entristecia de certa forma. Parecia, pelo menos pra mim, que eu estava fazendo a mesma coisa que meu pai. Mas não era assim, eu não poderia deixar de ser filho dela. Nunca.

    - E então? – disse ela – Cadê o novo membro da família?

    Libertei Froakie de sua pokébola e mostrei a todos.

    - Ah, ele não é lindo, Jairo? – disse minha mãe, encantada, enquanto acariciava o Pokémon – e é tipo Água, será que o Jairo te inspirou, meu filho?

    - Talvez, quem sabe – eu disse, incerto. Não tinha tido nenhuma influência do Jairo, mas, no fim das contas, ele me influenciou bastante de várias formas. O Jairo era um cara legal, e minha mãe merecia um cara legal igual a ele.

    - Bela escolha, fera. Já vi que tu tem jeito pra coisa, brother – ele falava assim mesmo. Gírias do surfe.

    - Obrigado. Bem, acho que já vou então.

    - Aaah, mas eu tenho um presente pra você – disse minha mãe, animada, como se tivesse guardado esse segredo por todo o dia. Ela me entregou uma caixinha preta. Jonas pareceu desconfortável. – Não abra aqui... deixe para abrir quando chegar a um centro Pokémon. Peça ajuda à enfermeira Joy, certo?

    - Err... certo. – minha curiosidade, certamente, foi à mil. Eu não imaginava o que poderia ter ali, mas deve ser algo perigoso. E porque eu precisaria da ajuda da enfermeira Joy? E, mais importante, porque o Jonas ficou com aquela cara?
    Fora todas essas perguntas, era a hora de partir. Abracei minha mãe e prometi a ela que cumpriria todas as recomendações que ela me passou. Jonas me cumprimentou também e prometeu que iríamos surfar quando meu Froakie tivesse evoluído. Como ele sempre dizia, era uma atividade para o treinador aproveitar com seu Pokémon.

    - Vamos Hugo! – gritei pra ele quando cheguei no local. Vi ele abraçar o pai e vir correndo, quase tropeçando pelo caminho. De fato, deixar aquele garoto sozinho seria um grande problema.

    - Ah... estou... pronto... – ele estava ofegante. Eu o achava muito engraçado, e sentia que seria uma jornada divertida.
    Joguei minha mochila no ombro, e conferi as minhas pokébolas no bolso. Finalmente minha tão desejada vida de treinador iria se iniciar... era hora de começar minha aventura.


    Continua...

    O Autor escreveu:Taí o primeiro cap gente, espero que gostem. Creio que vocês estão notando a tradução de alguns termos que nos jogos são em inglês e o plural de "pokémon". Sim, eu vou estar usando isso nesta fic, mesmo que para o contexto de pokémon esteja errado. Mas fica muito mais sonoro algumas coisas e eu quero trazer o mais próximo de nós o possível. A história em si tem um teor bem diferente do prólogo, espero que isso não afete muito a leitura [10+] Monstros de Bolso 534588

    comentários e críticas sempre são bem vindas. Isso agrega valor à fanfic -Q
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    Mensagem por Mr. Mudkip 11.01.14 11:38

    Não há muito que se comentar por enquanto, capítulo de começo de jornada típico, mas bem trabalhado. Só senti incômodos com a escolha de certos nomes (Figueira?) que de certa forma não combinam muito com o universo de pokemon devido o estilo estadunidense ou nipônico de ser da serie, embora eu perceba que a sua intenção é aproximar a brasilidade para criar sua fic.

    Continue, esperando que não seja mais do mesmo de uma jornada (por enquanto é), já acompanhei outros trabalhos e sei que tem boas ideias e sabe surpreender. Flw, Coal-sama, em breve pretendo retornar tbm as fics

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