PokéShiny

Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

    O Horizonte Nublado

    Anonymous
    Convidad
    Convidado


    O Horizonte Nublado Empty O Horizonte Nublado

    Mensagem por Convidad 05.03.13 18:46

    O Horizonte Nublado

    Prólogo

    Driftveil Drawbridge

    Eu sou Noah Campbell, 10 anos e provavelmente o garoto mais ansioso do mundo. Eu estava muito animado, meu pai iria capturar um pokémon para mim! Um pokémon de verdade, e não aqueles bichinhos de pelúcia toscos que criavam (mas que eu insistia em colecionar)! Havíamos saído de Castelia de carro e já estávamos na ponte que ligava as cidades Driftveil e Nimbasa, aonde eu havia ido três vezes seguidas na roda gigante, após várias horas de viagem e algumas paradas para ir ao banheiro. Meu pai havia me dito que ele precisaria ir a Driftveil a negócios, e eu, é claro, perguntei à mamãe se eu poderia acompanhá-lo. Ela assentiu e papai prometeu capturar um pokémon para mim se eu me comportasse.
    — E então, preparado para ter seu próprio pokémon? — perguntou papai do banco do motorista.
    Tive vontade de abrir a janela, colocar a cabeça para fora e gritar Siiiim! até eu perder as forças, mas me contive e disse num tom animado:
    — É claro!
    Ele deu uma risada e eu sorri, olhando o mar pela janela. A água cristalina brilhava em um tom nostálgico à medida que o sol descia cada vez mais pelo horizonte, colorindo tudo com um tom alaranjado bonito de se ver. Dei um suspiro e encostei a cabeça na janela, pensativo, só então me dei conta de como eu estava cansado. Fechei os olhos e não demorou muito para que eu adormecesse.

    * * *

    Driftveil City

    Acordei com a voz de meu pai dizendo Noah, acorda, já chegamos... Abri os olhos e bocejei ainda sonolento, mas rapidamente tirei o cinto de segurança e voei para fora do carro, com o maior sorriso do mundo estampado em meu rosto.
    — O senhor pode pegá-lo agora? Por favor, por favor, por favor... — eu disse, esperançoso.
    Papai travou o carro e olhou para mim.
    — Mas, Noah, já está tarde... O que acha de dormirmos aqui na casa da vovó — ele apontou para uma casa marrom à nossa frente — e amanhã de manhã eu capturo ele para você?
    Abaixei a cabeça e suspirei, assentindo com um fraco Tudo bem... Papai se aproximou e bagunçou meu cabelo.
    — Ei, não fique assim, nós vamos capturá-lo, eu prometo... Venha, vamos entrar — ele foi em direção à porta da casa e deu algumas batidas.
    Olhei ao redor e examinei por alto aquela parte da cidade, e posso dizer que minhas primeiras impressões não foram lá muito boas. As ruas eram escuras e soturnas, com um aspecto sombrio, como se a qualquer momento um cara estranho fosse te assaltar. Era bem parecido com os becos de Castelia.
    Dei meia volta e corri para a porta, que já estava aberta. Vovó nos recebeu com muitos abraços e preparou sua famosa sopa de legumes para a janta. Eu não estava com fome, mas raspei o prato, como era de se esperar das comidas da vovó. Ela nos visitava com frequência em Castelia e íamos todos passear a bordo do Royal Unova, mamãe, papai, vovó e eu. Ela era bem simpática, e eu gostava de ouvi-la contar suas histórias de quando ela era moça e treinava pokémons.
    Ficamos conversando e assistindo TV, até que papai disse que era hora de dormir. Dei-lhes boa-noite e fui para a cama.
    A noite passou como num piscar de olhos.

    No dia seguinte acordei um pouco depois das nove da manhã e arrumei minha cama. Escovei os dentes e troquei de roupa, indo ao encontro de papai e vovó. Eles estavam na cozinha, sentados à mesa, comendo o desjejum e conversavam alegremente. Sentei-me à mesa e dei bom-dia para ambos.
    — Como vai meu pequenino Noah? — perguntou vovó enquanto colocava cookies e chocolate quente à minha frente.
    — Hum... — dei um gole no chocolate — Estou ansioso...
    — E já sabe qual pokémon você vai querer? — perguntou papai, fazendo com que eu quase me engasgasse com um pedaço do cookie.
    Gronf, groof — eu disse em meio a mastigadas cheias de ansiedade. — Acho que, groof, quero dizer, chomp, chomp...
    — Noah! Onde estão seus modos? — papai me fitou, descontente.
    Engoli o resto de chocolate quente e deixei o cookie de lado.
    — Foi mal, é que eu mal posso esperar para ter meu próprio pokémon!
    Vovó deu uma risada e me olhou, contente. Em seguida fitou papai e disse:
    — Deixe o menino, Eric, você ficou assim mesmo quando seu pai lhe disse que você iria ganhar seu próprio pokémon.
    Papai relaxou, mas continuou me fitando.
    — Bom, — eu continuei — andei pesquisando sobre o assunto e vi que, aqui, em Driftveil, há um lugar ao sul da cidade chamado Cold Storage, onde há pokémons legais, e, bom, eu gostei de um tipo normal...
    — Qual, filho? — perguntou papai, mas ele parecia já saber o nome do pokémon.
    — Bom... é um chamado Minccino — eu disse, entusiasmado.
    Minha vó pareceu meio desapontada, mas forçou um sorriso.
    — Tenho certeza de que você será um grande treinador — ela disse a palavra "certeza" como se dissesse puxa, que pena, você é um perdedor.
    Terminamos o desjejum e eu ajudei papai a lavar a louça. Depois, nos arrumamos e saímos de casa, indo em direção à feira de Driftveil. Devo admitir que de dia a cidade parecia ser bem mais simpática.
    As pessoas possuíam um ar de deboche, como se todos estivessem vivendo uma grande piada. As ruas não eram tão movimentadas como eu esperava que fossem. Pedestres eram mais comuns de se ver do que pessoas de carro ou de bicicleta.
    Fizemos nossas compras e vovó voltou para casa. Papai olhou para mim com um sorriso e eu não podia acreditar que havia chegado a hora.
    — É agora? O senhor vai pegá-lo agora? — eu era pura animação.
    Papai assentiu e nós fomos caminhando até o sul da cidade. Uma leve chuva havia se iniciado, o que era bem comum no outono. Após alguns minutos de caminhada e várias gotas d’água em nossas roupas depois, chegamos ao Cold Storage, um lugar com um matagal, algumas pessoas, um frigorífico ou algo do tipo e uma vista para o mar.
    Papai me levou para uma parte baixa do mato e tirou uma pequena bola vermelha e branca de seu cinto. A ansiedade tomou conta de mim. Ficamos ali, parados, esperando algum movimento quando de repente, um farfalhar de folhas e um animal de pelagem cinza, orelhas grandes, olhos cativantes e cauda peluda pulou na nossa frente. Eu quase desmaiei de tanta alegria. O Minccino selvagem nos olhou e balançou suas orelhas grandes e felpudas.
    — Kuiii? — ele grunhiu, insatisfeito.
    — Muito bem, Noah, é agora... — papai sorriu de forma perspicaz e apertou sua pokébola, que aumentou de tamanho. Ele a lançou no chão e gritou: — Vai, Fast-Flight!
    A pokébola atingiu o chão com um raio de luz e de lá saiu uma grande ave que se assemelhava à um pombo gigante com aparência elegante, que tufou o peito e olhou para o ambiente com desdém; um Unfezant macho.
    — Vamos lá, Fast-Flight, Quick Attack! — papai disse, entusiasmado.
    O pássaro se inclinou e arrulhou, zangado, enquanto seu corpo brilhava. Ele saiu em disparada na direção do Minccino, que fitou-o com interesse e então BUM! O Minccino foi jogado para longe e caiu no chão, levantando poeira. Ele se levantou e grunhiu, nervoso. O pokémon chinchila veio correndo e sua cauda brilhou.
    — Fast, desvie! — mas era tarde. O Minccino pulou e rodopiou no ar, enquanto o Unfezant tentou levantar voo, mas o pokémon chinchila desceu em mortal para a frente e sua cauda brilhante atingiu o rosto do pokémon pombo, que ficou atordoado por uns segundos. E então, o Minccino repetiu o golpe por mais quatro vezes, fazendo o Unfezant cair para trás.
    — Uau, Tail Slap! — eu disse, animado.
    — Vamos lá, Fast, levante-se e use Fly! — papai ordenou, e o pokémon rapidamente se levantou e sacudiu as asas, pulou e levantou voo.
    O Minccino observou enquanto o Unfezant descia velozmente em sua direção e tentou correr para longe, mas o pokémon pombo planou e deslizou pelo ar na horizontal, descendo e zunindo cada vez mais rápido, até que seu bico atingiu o pokémon chinchila por trás, que foi lançado para frente e derrapou no chão, ficando imóvel.
    Papai tirou uma mini-pokébola do bolso e entregou-a para mim.
    — Vai lá, é a sua vez! — ele disse.
    Sorri animado e corri até o Minccino caído. Apertei a pokébola, que aumentou de tamanho. Mirei bem e gritei:
    — Você é meu! — e lancei a pokébola no pokémon chinchila. A pokebola o atingiu e abriu-se, lançando um feixe de luz na direção do Minccino, reduzindo-o e abrigando-o na pokébola, que se fechou e caiu ao chão com um estalo, clique, seguido de um brilho especial.
    Quase não me aguentei de tanta felicidade. Corri até a pokébola caída e a ajuntei. Segurei-a com tanta força que meus dedos estavam ficando brancos. Corri até meu pai e o agradeci com abraços e muitos Obrigado. Eu estava feliz, e mal sabia eu que em pouco tempo que minha vida seria marcada para sempre por uma tragédia.
    VictorLoL
    VictorLoL
    Usuário Registrado
    Usuário Registrado


    Mensagens : 18
    Data de inscrição : 25/09/2010
    Idade : 26
    Localização : em frente ao computador

    O Horizonte Nublado Empty Re: O Horizonte Nublado

    Mensagem por VictorLoL 10.03.13 17:06

    Gostei, faz tempo q eu não venho na pokeshiny, mas da pra ver q ela melhorou mto. Gostei da História Convidad... O Horizonte Nublado 534588

      Data/hora atual: 28.04.24 4:48