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    [+14] You Owe Me A Life

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    [+14] You Owe Me A Life Empty [+14] You Owe Me A Life

    Mensagem por JPNIgor 06.11.12 1:42

    You Owe Me A Life
    Prólogo
    Você me deve uma vida

    ___Dever sua própria vida a alguém... Isto significa, praticamente, ser servo fiel a este alguém, protegê-lo a todo o custo, se necessário dar seu sangue para ele beber, sua carne para comer. Quando concordei em dever minha vida a alguém, não achava que realmente acabaria comendo na mão de uma pessoa.

    ___Tudo começou naquele dia, em um cruzamento de uma avenida extremamente movimentada da cidade. Olhei para o relógio e notei então que faltava somente três minutos para que eu chegasse na escola atrasado pela enésima vez naquele ano e uma avenida me separava da salvação de mais uma advertência. Na verdade não era só uma avenida, mas uma enorme avenida, que era dividida em três: duas para cada um dos sentidos e uma terceira, entre as duas, reservada somente aos ônibus.
    ___Quando olhei novamente para a avenida, as luzes do farol já estavam verdes e a multidão atravessava a rua, formando na frente dos carros uma mistura única de cores, personalidades e vozes que somente um grande centro urbano pode oferecer.
    ___Era minha vez de atravessar. Comecei a me espremer entre as pessoas, correndo o máximo possível para atravessar as três primeiras faixas e assim que cheguei no corredor reservado aos ônibus, notei que não havia nenhum passando. Minhas esperanças em chegar na portaria da escola a tempo cresciam cada vez mais.
    ___Enquanto atravessava o corredor, olhei para o relógio. Um minuto... Não, menos. Estava ferrado. Ia ter que atravessar a próxima rua agora de qualquer jeito. Comecei a correr afobado, ignorando as luzes avermelhadas do farol e pisei na rua. Era tarde demais quando notei que havia um carro praticamente em cima de mim, prestes a me atropelar. Fechei os olhos.
    ___Quando me dei conta, meu braço havia sido puxado por uma mão suave e pequena, mas forte o suficiente para me trazer de volta à calçada sozinha.
    ___Abri os olhos e vi a sombra do carro passando à toda a velocidade à uma distância de cinco centímetros do meu corpo.
    ___Foi por pouco. Estava vivo.
    ___ - Moço! Você está bem?
    ___Olhei para trás e descobri o dono da mão que havia me puxado. Na verdade a dona. Era uma garota que não devia ter uma diferença muito grande de idade comigo, mas ainda assim, ela se dirigia a mim como se fosse uma criança conversando com um adulto.
    ___ - Estou... – disse um pouco confuso – Você... Salvou minha vida?
    ___ - Creio que sim.
    ___ - Ah... Obrigado – disse. Toquei meu próprio rosto, sentia ele gelado e ao olhar para minha mão, notei que estava pálido.
    ___ - De nada! Mas foi por pouco mesmo, hein! Você está me devendo uma vida, agora! – disse ela em um tom de voz inocente.
    ___Minha resposta foi simples, mas mudaria minha vida para sempre.
    ___ - Uhum.


    Bom, este é meu novo projeto, chamado You Owe Me A Life. Postei somente o prólogo pra ver se desperta o interesse de alguém, até mesmo por que creio que não dá pra ter certeza sobre o que é com um prólogo que ainda não explica nada. Bom, comentem se tiverem qualquer curiosidade.


    Última edição por JPNIgor em 13.02.13 9:23, editado 2 vez(es)
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    Mensagem por Mr.Coal 06.11.12 20:35

    Um romance hmm me parece interessante [+14] You Owe Me A Life 534588

    só o prólogo não dá pra saber muito, quero ler o cap 1 kkkkkkkkkkkkk
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    Mensagem por Mr. Mudkip 06.11.12 20:47

    Não faça como muitos aqui, que postam apenas o prologo e deixa a gente esperando, ok. Otima narrativa, mas nessa parte:

    - Estou... – disse um pouco confuso – Você... Salvou minha vida?
    ___ - Creio que sim.
    ___ - Ah... Obrigado

    A resposta poderia ter sido um pouco agressiva, talvez, ja que é uma pergunta forte, uma resposta a altura seria interessante.

    Aguardando primeiro caps aê. Por favor, justiifique os paragrafos para organizar melhor o texto. Agradeceria muito...
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    [+14] You Owe Me A Life Empty Re: [+14] You Owe Me A Life

    Mensagem por Anjo 06.11.12 20:48

    Hmmm Interessante

    Ancioso para ver o 1 Cap [+14] You Owe Me A Life 936
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    Mensagem por Kaze 06.11.12 20:48

    GOstei *3*
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    [+14] You Owe Me A Life Empty Re: [+14] You Owe Me A Life

    Mensagem por Staraptor 07.11.12 0:48

    Achei interessante, preciso ler o cap1 para tirar conclusões rs
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    [+14] You Owe Me A Life Empty Capítulo 1

    Mensagem por JPNIgor 11.11.12 4:44

    You Owe Me A Life
    Capítulo 1
    Ponto de Ônibus

    ___Meu nome é Kian Lake, vulgo “K” para os que não gostam de pronunciar meu nome corretamente: “Kaian”. Estudo em horário integral no Colégio Vancouver, onde sou bolsista por esportes. Jogo handebol.
    ___Uma semana se passou desde o evento daquele cruzamento quase mortal. Nada demais havia mudado, exceto que comecei a ficar excessivamente mais cauteloso no momento de qualquer travessia, olhando para ambos os lados da rua, mesmo quando ela tivesse sentido único.
    ___Cheguei e me sentei na carteira, tirando minha blusa. Tinha corrido os cinco quarteirões que separam minha casa da minha escola para não chegar atrasado e mesmo em um dia frio como aquele, meu rosto e meu corpo estava todo suado. Pelo menos entrei na sala antes do professor.
    ___ - Não foi atropelado dessa vez, K? – disse uma voz irônica atrás de mim.
    ___A dona dessa voz de alguma forma irônica e meiga ao mesmo tempo era Amy, uma amiga de longa data. Ela tinha longos cabelos escuros presos em um rabo de cavalo e um par de olhos caramelados. Usava um casaco amarelo-pálido e uma calça jeans preta. Apesar de morarmos relativamente longe, estudávamos na mesma escola desde a segunda série. Também era uma bolsista, mas ela a conquistara por seu intelecto superior. Terceira melhor colocada no exame para bolsas não era pouco.
    ___ - Já faz uma semana, Amy... Você ainda está duvidando de mim?
    ___ - Não! Jamais duvidaria de você! Como pode pensar em uma besteira dessas? – dizia ela.
    ___Seu sorriso irônico não deixava dúvidas de que o motivo para um dos meus mais recentes atrasos ainda era considerado uma péssima desculpa esfarrapada, e não somente por ela, mas por toda a classe, por todos os professores e principalmente, pelo Inspetor Wilton. Olhei torto para ela.
    ___ - Odeio quando você faz essa cara – disse. Sua expressão irônica sumiu imediatamente – Seu rosto combina muito mais com um sorriso sincero.
    ___E me virei para frente. O professor já havia entrado na sala e a aula estava prestes a começar.

    ___Após o final da aula, provavelmente estaria em casa em cerca de cinco minutos, se não fosse por Amy. Fazia um tempo que por algum motivo, me sentia na obrigação de esperar com ela por seu ônibus no ponto na frente da escola. Era um ponto enorme, com três fileiras de bancos. Nos sentamos na primeira e assim que olhei para o lado, notei quatro garotas emperiquitadas nos encarando intensamente. Na verdade, encarando Amy intensamente, como se desejasse ter um raio de calor nos olhos para fritá-la em um segundo. Ela tentava ignorá-las olhando para mim.

    ___O negócio é, Amy era uma genuína criadora de confusões, apesar de todas as aparências. Geralmente as criava com as piores inimigas que uma garota pode ter, as “super populares da escola”. Toda a escola em que estudamos tinha um grupinho de garotas que as odiava mortalmente por algum motivo. No Vancouver, Amy o havia feito para “proteger” uma garota chamada Stephanie.
    ___Stephanie era uma garota que usava óculos, tinha cabelos curtos e usava roupas feias e comuns, o tipo de pessoa que normalmente é o alvo das garotas populares.
    ___ - Stella! – disse uma delas, aproximando-se de sua carteira no fundo da sala.
    ___ - É Stephanie – disse ela, olhando para seus rostos enquanto ajustava os óculos redondos em seu rosto.
    ___ - Que seja. Empresta um lápis?
    ___ - Claro, claro – disse ela, mexendo em seu pequeno estojo e pegando um lápis meio velho, descascado e dando na mão da garota, que se chamava Eva.
    ___ - Ah, Stella... Eu sei que você tem lápis melhor. Olha só, meninas. Ela está regulando um lápis decente pra mim!
    ___Duas garotas surgiram ao seu lado, suas duas guarda-costas, Rue e Diana.
    ___ - É mesmo? – disse uma delas. Assim como as outras duas, tinha uma voz irritantemente estridente.
    ___ - Vai ser mão de vaca com a gente, mesmo? – disse a outra, Diana tinha uma mania horrível de fazer questão de incluir uma gíria em todas as suas frases.
    ___ - N-Não! Não! – disse Stephanie, tirando outro lápis aleatório de seu estojo com as mãos trêmulas. Pelo menos estava com a tinta inteira.
    ___Para seu azar, as meninas não gostaram. Eva pegou os dois lápis que Stephanie havia lhe oferecido à força e partiu ambas no meio com as mãos, com dificuldade.
    ___ - Achem um lápis decente nesse estojo de merda.
    ___As outras duas avançaram para seu estojo e começaram a pegar todos os seus pertences e parti-los no meio. A garota estava imóvel enquanto assistia a cena.
    ___ - Parem, suas idiotas! – e então surgiu a senhorita heroína, Amy, a justiceira.
    ___As três garotas se viraram para Amy e Eva aproximou-se dela.
    ___ - Ninguém me chama de idiota – ergueu a mão, planejando um tapa certeiro em seu rosto.
    ___E eu entrei em ação, segurando o pulso de Eva rapidamente.
    ___ - Desculpe por interromper a diversão... – apontei para a porta da sala – mas o professor já entrou na sala – e a soltei, antes que sua outra mão resolvesse abrir um buraco na minha barriga com suas unhas enormes.
    ___Considerava que o que havia feito era diferente de Amy. Não era um ato de heroísmo, mas algo que falara mais alto, um instinto, que urgia pela proteção da garota que já conhecia há tanto tempo, toda a vez que ela se metia em confusão.
    ___Eva se virou e sentou-se na sua carteira e assim fez as outras duas.

    ___Desde então, Stephanie e Amy se tornaram amigas, satisfeitas com a presença de uma à outra. Mas não durou muito tempo. Um mês depois, a mãe de Stephanie descobriu que a filha era alvo de bullying na escola e a transferiu.
    ___Amy estava sozinha mais uma vez.

    ___Ela estava de cabeça baixa quando o ônibus tornou-se visível no fundo da avenida. Cutuquei seu ombro.
    ___ - É o seu ônibus.
    ___ - É mesmo – e se levantou, apanhando sua bolsa – Tchau, K!
    ___Ela entrou no ônibus logo que ele abriu a porta na sua frente, enquanto acenava. Acenei de volta, ainda sentado, enquanto a observava dentro do ônibus em movimento, até que ele sumiu, contornando a próxima esquina. Depois, as quatro garotas passaram na minha frente, me encarando enquanto vomitavam suas fofocas umas para as outras. Logo que elas sumiram da minha vista, me levantei e comecei a andar na direção oposta das quatro.
    ___Logo alcancei um cruzamento. O já mencionado cruzamento onde quase fora atropelado, uma semana antes. Parei na beira da calçada e olhei para os dois lados, mesmo que um deles fosse a contramão. Era como se um carro pudesse se materializar na minha frente a qualquer momento, pronto para me atropelar, a mesma sensação que tive após o incidente. Havia um carro se aproximando ao longe, dando um tempo mais do que suficiente para atravessar a rua em uma velocidade normal, mas ainda assim, atravessei a passos largos, quase corridos.
    ___Então me vi no mesmo lugar onde caí após o puxão da pessoa que me salvara. O toque da pequena mão dela estava tão fresco na minha memória quanto a buzina ensurdecedora do carro que passara a dois palmos de distância do meu rosto. Tanto quanto sua voz infantil e inocente dizendo:
    ___“Mas foi por pouco mesmo, hein!”
    ___Recordei-me também do seu sorriso. Era um sorriso tímido, pequeno.
    ___Mas não podia me lembrar de sua aparência, do seu rosto. Na minha cabeça, era como se estivesse construindo o avatar de um personagem e tivesse escolhido somente como seria sua boca. O resto era um manequim sem olhos, cabelos, nada... Somente um pequeno sorriso.
    ___De repente uma mão pequena segurou meu pulso da mesma forma que havia tocado naquele dia. Em seguida, outra mão segurou o mesmo pulso, ambas as mãos firmes e em seguida veio uma voz, idêntica à daquele dia.
    ___ - Você está me devendo uma vida – e riu.
    ___Virei rapidamente para encontrar um par de olhos grandes e castanho-avermelhados, assim como seus cabelos, longos, presos em dois rabos e uma franja despenteada que complementavam aquele sorriso tímido e pequeno que da imagem em minha cabeça. Ela usava um sobretudo vermelho sobre uma camisa branca folgada e uma gravata listrada em vermelho e preto, além de um sapato com salto plataforma preto e vermelho, escondido sob uma meia preta, frouxa. Também usava uma saia preta, que só de vê-la usando naquele frio também me dava frio. Ela também era baixa.
    ___ - Você é aquela... – disse até ela me cortar.
    ___ - Kian Lake – ela disse, me deixando apreensivo, mesmo que ela estivesse mantendo seu sorriso. Como poderia saber meu nome? – Você me deve uma vida. Não vai pagar?


    Obrigado pelo apoio, pessoal [+14] You Owe Me A Life 936 Me deixou bastante motivado para continuar. Não tenho como justificar a demora, é que algumas vezes escrevo, escrevo, depois leio e acabo apagando tudo de novo, sabem? Enfim, finalmente saiu e tenho uma pequena impressão de que está um pouco pequena, então gostaria que dessem uma opinião também quanto ao tamanho, se está satisfatório, pequeno, grande, etc.

    Decidi também colocar uns avatars que costumo fazer em um site chamado tektek.org, baseado nos avatares do Gaia Online, pra mim ter uma noção de como vão ser os personagens. As vezes é bom pra vocês visualizarem melhor a aparência deles. Fico devendo uma do Kian, ainda mais por que ele não se descreve.

    [+14] You Owe Me A Life Tek509f43677968a8973635[+14] You Owe Me A Life Tek509f4d2aa92037619739
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    [+14] You Owe Me A Life Empty Re: [+14] You Owe Me A Life

    Mensagem por Mr.Coal 11.11.12 17:27

    UIA, a historia começou a ficar interessante aiairiairiar

    Stephanie, a bullynada terá alguma participação importante?? quero ler mais >.<
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    Mensagem por TZoey 15.11.12 10:29

    Terminou o primeiro capitulo em um ponto forte, me prendeuuuuuuuuuuuu, droga kkkk

    E gostei da ideia dos bonecos tektek, dá até pra imaginar os personagens.
    Não para não, agora to com vontade de ler mais.
    A Bruna parece ser má [+14] You Owe Me A Life 604457
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    Mensagem por Kaze 18.11.12 3:29

    MTO fodaum essa fic *0*
    soulmates qe se cuide airiariairairiariair

    parabéns nihondinhooo *0* tá mto perfeita a historia... deu pra imaginar tudo as cenas e tals... XD

    aguardando o proximo capitulo XD
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    [+14] You Owe Me A Life Empty Capítulo 2

    Mensagem por JPNIgor 19.11.12 3:39

    You Owe Me A Life
    Capítulo 2
    Kian Lake, vulgo K!

    ___ - Você está me devendo uma vida.
    ___Quando me virei, seus olhos e cabelos castanho-avermelhados se somaram com aquele sorriso em um rosto completo que reconheci como a pessoa que salvara minha vida. Não sabia o que dizer. Fiquei com uma cara de tacho olhando para ela, sem saber se agradecia novamente, ou se ignorava ela, ou se dizia alguma outra coisa. Até que soltei um...
    ___ - Você é aquela... – e ela me interrompeu para minha sorte... Ou não.
    ___ - Kian Lake – ela disse com uma voz séria. Me perguntava como ela sabia meu nome. Ela repetiu – Você está me devendo uma vida.
    ___Até então estava tão surpreso pela sua aparição repentina que não cheguei a prestar atenção no que ela havia dito. Como assim? Como poderia estar devendo uma vida para alguém?
    ___ - Desculpa, acho que não entendi direito.
    ___ - Basicamente, sua vida é minha.
    ___Uma frase tão curta, mas com um peso tão grande. “Sua vida é minha”.
    ___Concluí que ela era louca.
    ___ - Não sei do que você está falando, desculpa...
    ___E me virei de volta para a rua, para atravessá-la, ignorando o fato de que aquela garota me salvara uma semana atrás. O sinal era verde e os carros estavam todos parados próximos à faixa. ___De repente senti sua mão segurando a manga da minha jaqueta.
    ___ - Mas... Você concordou.
    ___ - Eu não concordei em nada!
    ___E puxei meu braço, forçando a sua mão soltar a manga da minha blusa. Quando olhei para o farol, a luz vermelha já piscava. Coloquei o pé na rua e corri até o outro lado e quando pisei na calçada os carros começaram a andar.
    ___Dei uma espiada pelo canto do olho enquanto andava para minha casa e vi ela ainda parada no cruzamento, segurando o braço, me fazendo sentir um pouco culpado pela força com que puxara meu braço.

    ___Cheguei em casa pingando de suor e tratei logo de tirar minha jaqueta e os tênis para colocar um par de chinelos bem confortável enquanto ainda usava as meias e me joguei no sofá. A casa estava vazia.
    ___Minha casa é na verdade um apartamento com três quartos e uma sala bem amplos em um prédio azul de treze andares. Tenho uma vida bem confortável, com um quarto próprio, uma TV tanto na sala quanto no quarto, um videogame de mesa e outro portátil, um computador... Moro com minha família, basicamente composta por mim, meu irmão, Jean e minha mãe, que estava separada do meu pai há um bom tempo.
    ___Era normal chegar em casa e me encontrar sozinho ali. Jean, ao contrário de mim, não estudava em tempo integral e chegava da escola às seis, enquanto minha mãe chegava do trabalho às sete.
    ___Enquanto ligava a TV, estava pensando naquela garota... A imagem dela dizendo “sua vida é minha” não saía da minha cabeça. Mas estava me sentindo meio estranho... Por algum motivo, meu coração estava batendo acelerado. Era um sentimento nostálgico, que sentira há muito tempo. Que eu me lembro, este tempo foi há cerca de quatro anos, na última vez que me apaixonara.
    ___Aquela garota tinha olhos vibrantes, um sorriso marcante, seu toque era suave e sua voz era agradável – suas palavras não eram.
    ___E então me assustei quando notei que estava pensando nela. Ela é louca! Não por ela! Não, não!
    ___ - Não! – gritei de repente. Alguém fora do contexto da minha mente com certeza me consideraria um louco.
    ___Levantei e fui em direção ao banheiro. Quem sabe um banho morno não fosse capaz de levar estes pensamentos para bem longe.

    ___A primeira aula do dia seguinte acabara. O professor de química rapidamente recolheu seus pertences sobre a mesa e se retirou da sala, mas não antes de me lançar um olhar reprovador, novamente.
    ___Sim, eu cheguei atrasado novamente.
    ___ - K, quando vai parar de chegar atrasado todo o santo dia? – disse Amy. Me virei para ela. Ainda não havia tido a oportunidade conversar com ela naquele dia. Os olhos daquele professor por trás de seus grandes óculos redondos pareciam que me devorariam vivo se uma palavra fosse ouvida saindo da minha boca.
    ___ - Quando um milagre acontecer e meu sono ficar mais leve.
    ___ - Será que vou ter que começar a ir te acordar na sua casa todos os dias? - perguntou ela, enquanto me encarava com seus olhos debochados.
    ___ - Tira esses olhos de cima de mim! – disse, empurrando seu rosto para o lado com a mão – Ainda não tenho essa necessidade.
    ___Seus olhos se voltaram para mim, me metralhando com fúria, enquanto seu rosto estava emburrado.
    ___ - Que seja. Quando você for expulso da escola por excesso de atrasos, você vai ver como eu vou rir da sua cara.
    ___Uma cena não muito difícil de imaginar. Era uma característica que não se encaixava muito bem em sua aparência física, mas eu que a conhecia muito bem, sabia que era verdade. Ela adorava debochar dos outros, desde pequenos em brincadeiras, jogos, na escola, em tudo. Alguns dias saímos juntos e ficamos em um café conhecido da cidade jogando em nosso Nintendo 3DS.

    ___Escolhi Mario, com seu kart original, sem fazer nenhuma modificação.
    ___Ela escolheu a Peach, com seu kart totalmente personalizado, com todos os upgrades possíveis.
    ___Ela era muito mais rápida e ela também era tão sortuda que os malditos cogumelos simplesmente pareciam surgir para ela a todo o momento, enquanto para mim ficavam as pobres bananas.
    ___Fim do jogo, perdi.
    ___ - Que sem graça... É tão injusto... – disse, enquanto deitava minha cabeça sobre a mesa.
    ___E ela ria, gargalhava escandalosamente.
    ___ - Você perdeu! Você perdeu, lerolerolero!
    ___Lerolerolero?! De verdade?!
    ___ - Vamos, Kazinho! Não seja um mau perdedor! – Kazinho era meu apelido para quando ela estava me debochando.

    ___Eu não me considero um mau perdedor, mas sempre considerei Amy uma péssima vencedora. Ela era o equivalente ao tipo de pessoa com a qual eu odiava jogar handebol, mas no Mario Kart 7.
    O professor finalmente entrara na sala de aula. Virei para frente rapidamente.

    ___ - Prô, a aula já acabou! – gritou a menina do fundo da sala.
    ___A professora olhou para o próprio relógio, que marcava um minuto para o meio-dia, que era a hora do almoço.
    ___ - Ah, sim, sim. Podem ir.
    ___Enquanto os alunos começavam a sair da sala em seus próprios ritmos, comecei a guardar meus materiais no estojo e fechar meus cadernos. Quando olhei para trás, Amy já estava levantada, me esperando.
    ___ - K! – disse um garoto, gritando enquanto saía do fundo da sala – Quer almoçar comigo, cara?
    ___Seu nome era Nathaniel, Nathan para encurtar. Ele também jogava handebol comigo pelo time da escola, como goleiro. Diferente de mim, ele tinha certa popularidade com as garotas da escola e uma mania que ele tinha para demonstrar sua amizade era tentar me apresentar umas ‘gatinhas’.
    ___ - Vou almoçar com elas ali. Quem sabe eu não arranjo uma delas pra você?
    ___Nathan apontou para a porta onde estavam duas garotas. As duas eram, de fato, lindas. Uma tinha a pele morena, com cabelos encaracolados nas pontas e tinha um par de olhos negros como o céu noturno... Ou como jabuticaba, para simplificar. A outra tinha somente o cabelo moreno, mas os olhos eram de um verde esmeralda tão brilhante e intenso... E ela tinha uma bun...
    ___Mas olhei para trás e vi Amy tentando sair de fininho da sala com a cabeça baixa.
    ___ - Foi mal, cara. Vou almoçar com a Amy.
    ___Amy parou de repente, na frente da sala vazia, o corpo duro.
    ___ - Ah, beleza então. Falou! – disse, enquanto saía correndo para as duas garotas. Quando as alcançou, colocou ambos os braços por trás do pescoço das duas e saiu andando pelo corredor.
    ___ - E então, vamos? – disse, passando ao lado de Amy.
    ___ - Uhum – murmurou, enquanto saiu andando atrás de mim.
    ___Amy, na verdade, era uma pessoa orgulhosa. Mas no ambiente da escola, era tímida, reservada e dependente e esta última parte parecia fazê-la querer explodir de dentro pra fora. Ela não tinha outra pessoa além de mim e eu não tinha a coragem de deixa-la sozinha, mesmo quando era ela quem tentava se afastar e ficar só.
    ___Amy saiu da sala primeiro e saí logo atrás dela. Somente a professora ficou lá dentro, corrigindo alguma atividade. Virei para a esquerda, a direção do refeitório.
    ___ - Nossa, que fome! Sabe o que tem no almo-
    ___ - Kian Lake, vulgo K – uma voz... Não. Aquela voz me interrompeu subitamente. Meu coração disparou em um momento que eu não esperava. Amy já havia se virado para trás e olhava a figura na sua frente com estranheza.
    ___Virei lentamente para trás e encontrei novamente aquele sobretudo vermelho acompanhando olhos e cabelos castanho-avermelhados. A “Louca”.
    ___ - Você tem uma dívida comigo.
    ___Dei sinais de fraqueza e ameacei sair correndo novamente, mas meus próprios pensamentos de pânico foram cortados por Amy.
    ___ - Quem é você?
    ___ - Meu nome é Bruna Coles, cursando o primeiro ano do Colégio Vancouver, este colégio – sua voz suave e ainda parecendo mecânica me irritava um pouco – Nasci no dia dezesseis de julho de 1996, moro na rua Candstone, número 600...
    ___ - Chega, chega! – Amy cortou a garota de repente – O que quer com a gente?
    ___ - Sendo a salvadora da vida de Kian Lake, vulgo K – essa repetição quase me fez acreditar que ela fosse um robô – no dia treze de maio de 2012, uma semana e um dia atrás, vim cobrar pela vida que ele prometeu a mim após o ato da salvação e que ele recusou de forma extremamente mal-educada no dia de ontem.
    ___ - Qu- Que história é essa, Kian? – iiih... Ela me chamou de Kian. Já estava brava.
    ___ - Acho que ela foi a pessoa que me salvou de um atropelamento em um dia que eu cheguei atrasado.
    ___ - Qual deles? Hoje? Ontem? Semana passada? Todos os dias da semana retrasada?
    ___ - Isso não vem ao caso. O negócio é... – me aproximei do seu ouvido para cochichar – Essa menina é louca. Ela quer que eu pague uma vida pra ela.
    ___ - E eu tenho os meios para forçá-lo a isto caso você se recuse a pagar.
    ___Pulei para trás com o susto que tomei quando notei que a garota estava tão próxima de nós.
    ___ - Eu poderia começar com... – ela tirou um papel do bolso – Isto.
    ___Primeiro, ela entregou a folha para Amy, que ainda tinha um rosto de mau humor. Fiquei surpreso quando vi de repente um sorriso enorme se abrir em seu rosto e ela começar a gargalhar escandalosamente.
    ___ - HAHAHAHAHAHAHAHA! Kazinho! Não sabia que você era tão fofinho! - e continuava a rachar o bico.
    ___Estava ficando com medo do que aquilo poderia ser. Tomei a folha da sua mão sem prévio aviso.
    ___Na folha estava um retrato meu, com quatro anos. Sem problemas até aí, mas os problemas começam quando o eu de quatro anos na foto estava vestido em uma fantasia do Pikachu, chorando, enquanto minha boca estava toda lambuzada de sorvete de baunilha.
    ___ - M-Mas, como?! Como?! Eu achei que tinha queimado todas essas fotos!
    ___ - Estava em uma parte privada do facebook da sua mãe. Consegui invadir a conta dela e pegar a foto - ela sorria como se isso fosse algo para se orgulhar - Talvez fique melhor se eu fizer esse sorvete parecer outra coisa... – além de stalker e louca, era pervertida.
    ___Sempre disse pra minha mãe que “kiankian” não era uma boa ideia para senhas.
    ___Espera, se ela tinha essa foto, então ela também tinha minha foto pelado de bebê. E minha foto fazendo poses dos Power Rangers. E uma infinidade de fotos embaraçosas do meu nascimento aos dez anos.
    ___ - O que pretende fazer com isso? – perguntei, enquanto sentia a foto deslizar da minha mão e ir parar no bolso da calça de Amy.
    ___ - Colar em todos os murais da escola. A não ser, é claro, que você concorde em pagar sua dívida.
    ___ - Eu... – não sabia o que dizer, não estava mais pensando direito. Na verdade o principal motivo era meu estômago roncando, pedindo por comida - ... preciso comer.
    ___ - Não pense que vai fugir de sua dívida desta vez, Kian Lake, vulgo K! Está em um beco sem saída!
    ___A barriga roncou muito alto, desta vez. Minha barriga devia estar próximo de tocar minhas costas.
    ___ - Podemos discutir isso almoçando?
    ___E então, depois de muito tempo, entrou uma terceira pessoa em nossa mesa de almoço.


    Vish... Meus capítulos ultimamente tem saído tão tarde da noite que fico meio preocupado se não tem um monte de baboseira escrito aí XD

    Anyways, obrigado pelo apoio, pessoal. Cada um dos seus comentários, seja ele elogiando ou criticando, são fundamentais para a construção de cada um dos capítulos.

    Mr. Coala: Eu particularmente não tenho certeza se a Stephanie vai ter alguma participação, mas surgir uma oportunidade, ela com certeza pintará novamente por aí.

    TZoey: Haha, acho que prender os leitores é uma boa coisa, né XD Mas os bonecos do tektek tem exatamente esse propósito, facilitar a visualização dos personagens, até mesmo porque é meio complicado fazer uma descrição detalhada de personagens em primeira pessoa sem parecer esquisito. E acho que acabei fazendo a Bruna um pouquinho mais psicopata do que pretendia XD

    Kaze: Loooooool, Soulmates ainda deve dar uns cinquenta a zero de mim. Obrigado pelos elogios XD é bom saber que o leitor consegue visualizar as cenas direitinho.

    Falando em bonecos tektek, tenho um novo aqui. Apresento-lhes: Kian Lake.

    [+14] You Owe Me A Life Tek50a9c548f3a802662456
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    [+14] You Owe Me A Life Empty Re: [+14] You Owe Me A Life

    Mensagem por Mr. Mudkip 20.11.12 21:41

    Hum... estou acompanhando com calma, assim que a história se mostrar eu comento melhor sobre o enredo e tal.

    (uma crítica nesse ponto é chegar ao clímax do capítulo, sei q é dificil conseguir manter o leitor preso. Fiquei com a sensação de chegar ao final do capitulo e não parecer um final. faltou uma expectativa acho... mas está de parabéns no geral, isso é só sensação minha mesmo)

    Aguardando mais capitulos.
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    [+14] You Owe Me A Life Empty Capítulo 3

    Mensagem por JPNIgor 04.12.12 14:21

    You Owe Me A Life
    Capítulo 3
    Escravo de Meio Período

    ___ - Seja meu escravo.
    ___Fiquei em silêncio. Amy, que estava do meu lado, também ficou.
    ___ - Hã?! – exclamei depois de um tempo, inconformado com a ideia.
    ___Estávamos no refeitório da escola, um inúmero salão com mesas redondas brancas de madeira, fixadas ao chão por um único pé de metal no centro da mesa. Junto com cada uma das mesas, havia cadeiras que podiam ser movidas livremente. O ideal era que cada mesa tivesse quatro cadeiras ao seu redor, mas esse número variava de duas a cinco cadeiras por mesa. Eu e Amy estávamos sentados próximos, fazendo com que a mesa ficasse entre Bruna e nós. Cada um tinha uma bandeja, com um prato, talheres e copo. Meu prato estava vazio há um tempo, Amy estava próximo de terminar seu almoço, enquanto Bruna... Bem, ela tinha dado duas ou três garfadas no arroz.
    ___ - Você ouviu bem. Escravo. Você tem que fazer o que eu mando vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, pelo resto da sua vida. A punição por desobediência será suas lindas fotos espalhadas por toda a escola.
    ___ - Hm... Que proposta atraente, mas não.
    ___ - Ah, ok... – ela disse, enquanto me levantava. Amy se levantou também para me seguir, sua expressão era de alívio.
    ___ - Que bom que entende. Até mais.
    ___E me afastei da mesa, levando a bandeja com prato e copo para o local de descarte.

    ___Os treinos de handebol estavam ficando cada vez mais intensos. O jogo das quartas-de-final dos Jogos Escolares estava cada vez mais próximo e para nossa infelicidade, pegaríamos os favoritos da competição. Fiquei por cerca de meia hora no chuveiro após o treino e quando terminara de me trocar, olhei meu celular.
    ___Havia uma mensagem e um pequeno clipe ao lado do título da mensagem indicava que tinha um anexo. O número era desconhecido. Mas a mensagem dizia tudo.

    “Oi, K!

    Eu estava pensando se esse vídeo não seria bom para passar no refeitório durante o almoço. Me encontra na lanchonete na frente da escola pra discutirmos isso.

    Beijinhos. B.”

    ___Já estava prevendo o que havia no anexo. A transferência ocorreu em questão de segundos e logo, meu celular reproduzia o vídeo. E lá estava, uma criança de quatro anos, sentada numa boia de borracha na forma de pato na areia. Ela segurava um balde com as duas mãos, como se fosse um volante e tentava imitar o som de um carro potente. O corpo acompanhava as curvas que ele supostamente fazia com seu suposto volante. Até que em um dado momento, a suposta curva era fechada demais. Seu corpo pendeu para um lado, fazendo-o perder o equilíbrio. Ele caiu de cara na areia e a boia caiu sobre ele. O vídeo cortou rapidamente para um close no rosto cheio de areia do garoto.
    O garoto era eu.
    ___ - O que você tá vendo aí? – disse Nathan, tentando espiar a tela do meu celular.
    ___ - Não é nada – guardei o celular no bolso rapidamente.
    ___ - Deve ser pornô – disse Fabio, que estava colocando a camiseta.
    ___ - Hmm... Taradão.
    ___ - Não é pornô! – gritei, nervoso. Todos os olhos naquele vestiário se voltaram de repente para mim. Isso por que normalmente levaria essas brincadeiras com tranquilidade. Não era normal ficar estressado com algo tão pequeno.
    ___ - Calma, cara... A gente só tá brincando.
    ___ - Vou na frente. Falou pra vocês – e saí do vestiário.

    ___Quando cheguei na lanchonete, encontrei Bruna tomando um suco de morango com leite nas mesas de madeira colocadas na calçada do estabelecimento.
    ___ - O que você acha que está fazendo? – disse com um tom irado, me controlando para manter minha voz baixa. Sentei na cadeira na frente dela.
    ___ - Calminha, K. Garçom, traz um suco de maracujá pra ele, por favor? Não se preocupe, é por minha conta.
    ___Um garçom com camiseta branca e um avental saiu de onde estava, desocupado e foi até o balcão, onde outra pessoa começou a preparar um suco de maracujá.
    ___ - Se eu fosse você, teria paciência. Tenho muitos contatos sabe... Colocar novos vídeos naquela TV é uma questão de um ou dois dias.
    ___O refeitório tinha um televisor onde a escola normalmente colocava anúncios de eventos. Por exemplo, o time de vôlei feminino do ano passado apareceu naquela telinha por uma semana inteira, anunciando sua vitória nos Jogos Escolares.
    ___ - E então? Como vai ser? Vai aceitar ser meu escravo?
    ___Estava me sentindo cada vez mais encurralado. Não podia ter certeza se ela realmente faria o que ela diz, mas... Ela é doida o suficiente para me ameaçar com fotos e vídeos de um computador hackeado.
    ___ - Eu não posso... Não posso dedicar minha vida integralmente a você. Ainda mais quando o motivo é um simples capricho de uma garota louca...
    ___ - Garota essa que salvou sua vida...
    ___Droga... Como essa frase tinha peso.
    ___O garçom trouxe o suco de maracujá e o colocou na minha frente.
    ___ - Calma, tenha paciência e pense bem no que você quer fazer. Você sabe que você tem outras gafes do passado gravadas, não sabe?
    ___Fiquei em silêncio, olhando para a espuma de leite do suco de maracujá. Estava ficando sem opção. Teria que negociar.
    ___ - Que tal, então... Uma vez por mês eu faço o que você quiser.
    ___ - Uma vez por dia.
    ___ - Uma vez por semana?
    ___ - Uma vez por dia.
    ___ - Uma vez a cada quatro dias...?
    ___ - Uma vez por dia. Sem discussão.
    ___Suspirei... Que garota insistente. Opções, precisava de mais opções.
    ___ - Então... Acho que vou ter que desistir – levantei – Se quiser, pode colocar todos os vídeos e fotos que quiser na tela do refeitório. Semana que vem eu saio da escola. É isso que você quer, não é?
    ___ - N-não! – me peguei surpreso pela reação dela. Ela se levantou, também, com uma expressão de pânico no rosto – Eu... Não vou abrir mão de ter um escravo... Uma vez por semana e estamos feitos.
    ___ - Sério? – disse, me sentando.
    ___ - Sério... – ela se sentou também, aliviada.
    ___ - Até o final do meu terceiro ano?
    ___ - Não paga por uma vida inteira, mas tudo bem.
    ___Então, estava em posição de exigir coisas. Talvez pudesse usar esse momento para conseguir me livrar ainda mais.
    ___ - Então uma vez por mês até o final do segundo ano...
    ___ - Uma vez por semana até o final do terceiro ano. Ponto.
    ___Droga.
    ___ - Ah, é. Um presentinho de mestre para escravo de meio período.
    ___Ela afrouxou o nó da gravata que estava usando e tirou do seu pescoço e então se levantou, deu a volta pela mesa e colocou a gravata no meu pescoço, apertando o nó em seguida.
    ___ - Digamos que seja uma coleira. Pra dizer que você é minha.

    ___ - Então... Você vai mesmo fazer tudo o que ela mandar? – Amy perguntou. Seu rosto estava branco da luz da tela na sua frente.
    ___ - Talvez sim... Talvez não. Talvez ela não coloque imagem em mural coisa nenhuma. Estou começando a achar que é tudo um grande blefe – respondi. Meu rosto devia estar iluminado igual ao rosto de Amy.
    ___ - É... Talvez.
    ___ - Ah, perdi – disse discretamente. O som da vinheta da vitória soava em meus ouvidos através dos fones, enquanto na tela, aparecia a frase “Dark Team Wins!”
    ___O lugar era iluminado por lâmpadas LED fracas, dando um ar de meia-luz por todo o café. Era sempre ali, naquele mesmo café, naquele mesmo lugar, que eu e Amy costumávamos sair para jogar videogame. Hoje estávamos jogando Kid Icarus: Uprising e o café em que estávamos era bem conveniente por ter conexão Wi-Fi gratuita, nos possibilitando jogar diferentes modos online. Nesse, procurávamos jogadores online para disputar batalhas de três contra três.
    ___ - Como assim, você perdeu? Eu perdi – Amy disse, colocando a tela do videogame próximo do meu rosto.
    ___Estávamos no mesmo time e não sabíamos...
    ___ - Que engraçado...
    ___De repente alguém se levantou no meio do café. Seu rosto se virou para mim e sua voz inconfundível disse, bem alto.
    ___ - Eu venci! – ela se aproximou lentamente e quando chegou ao lado da mesa, colocou a tela do seu Nintendo 3DS no meu rosto. De fato, ela era do time vencedor.
    ___ - Bruna... – disse em um tom que deixava mais do que claro meu desprazer em vê-la – O que faz aqui?
    ___Um sorriso de formou em seu rosto. Mas não um sorriso assustador... Um sorriso normal.
    ___ - Vim cobrar a primeira ordem do meu escravo de meio período.
    ___Ela não era normal, independente do modo como seu sorriso se apresentava.
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    [+14] You Owe Me A Life Empty Re: [+14] You Owe Me A Life

    Mensagem por Mr.Coal 04.12.12 17:25

    videozinho de bebê?? really?? não acho isso tããão pesado, mas IAUsiUAisUIAsu nway

    o cap está ótimo, aguardando para ver o prox
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    [+14] You Owe Me A Life Empty Capítulo 4

    Mensagem por JPNIgor 23.01.13 1:12

    You Owe Me A Life
    Capítulo 4
    Inocente como um Lobo

    ___ - K! KAZINHO!!! Por favooooooor!
    ___ - Ignora... Ignora... Ignora... - eu estava resmungando para mim mesmo.
    ___A situação era a seguinte: eu estava andando pelo corredor da escola e já tinha passado pelo menos duas vezes na frente de cada sala naquele prédio e atrás de mim, estava ela, Bruna, implorando por um favor que eu não queria nem ouvir. E ela gritava, implorava, se agarrava nas minhas pernas e quase rasgava minha blusa em seu fútil esforço para me fazer parar para escutá-la.
    ___ - KAAAAAAAA... ZIIIIIIIIIIIIIIIIII... NHOOOOOOOOO! - ela berrou.
    ___O grito ecoou por toda a extensão do corredor ou até além, voltando logo em seguida como um eco e depois começaram os comentários dos outros alunos que estavam espalhados pelos corredores, várias cabeças surgindo nas portas ao longo da escola.
    ___Ela ainda pretendia continuar, mas coloquei a mão sobre sua boca e a encostei na parede mais próxima.
    ___ - Olha aqui, o combinado foi um favor por semana e eu já cumpri nosso trato ontem! E eu não quero ouvir mais uma palavra saindo da boca, porque minha paciência está no limite! Eu ainda consigo sentir o cheiro de esgoto em mim! Estamos conversados?

    ___No dia anterior, enquanto esperava Amy pegar seu ônibus como sempre, Bruna estava junto, como se estivesse procurando por um motivo para usar seu favor. Ela estava com uma caneta daquelas que você normalmente dá de lembrança para alguém e estava tentando me riscar com ela. Seu esforço era inútil. Com uma mão só conseguia dominar seus dois braços facilmente, mas ela conseguiu impulso suficiente para arremesar a caneta em minha blusa, deixando um risco azul em minha camiseta branca.
    ___Olhei para o seu rosto, cheguei a suspeitar que meus olhos estavam vermelhos de tanta raiva. Peguei seus dois braços, coloquei seus pulsos em suas costas e a sentei ao lado de Amy no banco do ponto.
    ___ - Por que você não finge uma vez na vida que é uma garota normal?!
    ___ - Porque não tem graça ser uma garota normal. Olha só a vida de uma garota normal como a Amy! Tão normal, tão chato!
    ___ - Então vá ser uma garota anormal perto de outra pessoa porque eu gosto de garotas normais!
    ___Quando olhei para Amy, sua cabeça estava baixa, quase olhando para os próprios pés.
    ___ - A CANETA!
    ___E então me voltei para o chão onde a caneta tinha caído. Ela não estava mais lá, estava na borda da calçada e mais adiante, estava um bueiro.
    ___Ela sumiu de nossa vista e então o próximo som que ouvi foi o da caneta caindo na água suja do bueiro.
    ___ - Eu estou morta... Eu estou morta... Eu estou morta...
    ___ - Que foi? É só uma caneta...
    ___ - Não é só uma caneta, é A CANETA! A favorita do meu tio-avô! Eu estou morta...
    ___Resumindo... Ela chorou, chorou, implorou e fui pegar a tal da caneta.
    [color=white]Fim da história.

    ___Ela confirmou com sua cabeça.
    ___Ainda não tinha percebido, mas parecia que todos os olhos naquele corredor estavam voltados para nós naquele momento.
    ___Soltei sua boca lentamente, me virei e voltei a andar. Finalmente estava livre dela até a semana que vem.
    ___ - Mas Kazinho! Eu preciso da sua ajuda!
    ___Só que não.
    ___Quando olhei para trás, ela estava novamente me perseguindo. Acelerei meus passos e quando virei a curva para o outro corredor cujas portas já estava vendo pela terceira vez, avistei aquela plaquinha com um humanóide simplificado com pernas pintado de azul ao lado de outro, rosa com uma sainha. Era o banheiro! Aquele lugar mágico onde eu me escondia em brincadeiras de pega-pega contra meninas.
    ___Entrei com pressa e abri a porta. Quando olhei para trás, ela ainda estava me seguindo... Não pode ser.
    ___Peguei o ombro dela, empurrei ela para trás, abri a porta do banheiro e a joguei para fora, apontando logo em seguida a plaquinha onde estava escrito “MASCULINO”.
    ___ - Sério mesmo, K? Banheiro? Que truque mais sujo!
    ___Não queria mesmo estar ouvindo isto dela.

    ___Fim de aula. A escandalosa sirene terminava de tocar. O professor, que já havia terminado sua matéria no dia, já tinha suas coisas arrumadas e saiu da sala mais rápido do que a luz. Enquanto isso, eu erguia minha cabeça da carteira e observava a sala inteira com suas coisas arrumadas. Comecei a me apressar também. Enquanto isso, uma figura se aproximou. Era Nathan.
    ___ - K, meu querido amigo!
    ___Não gostava desse tom de voz dele.
    ___ - O que você quer, Nathan?
    ___ - Aaah, nada. É só que fiquei sabendo que você tá catando aquela baixinha do primeiro ano... Qual era o nome dela? Brenda... Bruna... Bruna, não é?
    ___Comecei a ouvir tosses da carteira atrás de mim.
    ___ - Como que é?
    ___ - Não precisa esconder, K. São muitas as testemunhas. E achar que você beijaria uma garota no meio da escola... Grande avanço, amigão.
    ___ - Mas... Eu... Quê? - me virei para Amy - Não é nada disso, juro.
    ___ - Ela tem umas amigas bem bonitinhas, sabe. Que tal pedir pra ela me apresentar algumas delas? - no fim, havia mesmo algum interesse.
    ___ - Ela tem amigas? Não, não é isso! De onde você tirou essa história? Quem disse isso pra você?
    ___ - Tenho meus contatos.
    ___ - Nathan, eu...
    ___Peguei o colarinho de sua blusa e amassei em minhas mãos. Quando ia erguê-lo, fui pego desprevinido por uma voz da porta da sala.
    ___ - Kaaaziiiiinhoooo! Ainda não terminamos nossa conversa! - disse ela em seu tom cantante que invadiu toda a sala. Mais da metade dos alunos ainda estavam lá, era o fim.
    ___Enquanto ela entrava na sala saltitando, os olhos dos outros alunos a seguiam. Olhei para Nathan e seu olhar me chamava de mentiroso descarado. Soltei seu colarinho e me virei para Amy.
    ___ - Eu estou com pressa, Amy. Arruma minhas coisas e leva pro café, por favor?
    ___Ela somente acenou com a cabeça. Parecia que ainda não podia falar.
    ___ - Valeu - e saí em disparada da sala depois de dar a volta em todas as carteiras e driblá-la com sucesso.

    ___Minha casa, sossego, segurança. Estava deitado no sofá assistindo um jogo de tênis pelo U.S. Open, enquanto meu irmãozinho estava deitado no chão, brincando com alguns carrinhos. Acho que ainda não cheguei a descrevê-lo. Ele tem nove anos e minha mãe diz que ele era a miniatura do nosso pai, ao contrário de mim. Seus olhos eram levemente verdes e o cabelo era mais claro que o meu, mais fino e bem mais longo, preso em um pequeno rabo de cavalo. Era o garanhão da escola dele mas era mais inocente do que um cordeiro. Enquanto isso, os olhos da minha mãe são negros iguais aos meus e os cabelos também eram negros quando naturais, apesar de loiros agora.
    ___O interfone tocou de repente.
    ___ - Jean, você não pediu pizza de novo, né?
    ___ - Vrruuuuuuuum! Hã? Que pizza?
    ___ - Esquece.
    ___Atendi o interfone.
    ___ - Tem uma menina aqui dizendo que tem que entregar suas coisas.
    ___ - Hã? Mas eu disse que era pra ela entregar no café... Pode mandar subir - disse.
    ___ - A tia Amy tá vindo?
    ___ - Você sabe que ela não gosta de ser chamada de tia, né?
    ___ - Sei. Vrruuuuuuuuuum!
    ___Não demorou muito e ela estava batendo na porta.
    ___ - Não precisava trazer em casa, eu falei que podia levar no... Café...
    ___Bruna. Era ela ali parada sobre o tapete da minha casa. Instintivamente fechei a porta com força. Mas ela estava com a bolsa. Abri a bolsa novamente e antes que pudesse tentar tomar a bolsa a sua mão, ela já havia invadido a minha casa como um gato teimoso. Quem dera fosse possível colocá-la para fora como se coloca um gato pra fora.
    ___ - Oi tia A... Ah, não é ela.
    ___Jean e Bruna estavam frente a frente. Foi somente então que percebi como Bruna era tão baixa. Eles tinham quase o mesmo tamanho.
    ___ - Quem é ele?
    ___ - Meu irmão mais novo. O nome dele é Jean.
    ___ - Que lindinho! - quando percebi, ela estava o agarrando - Quer casar comigo?
    ___ - Não polua a cabeça dele com suas babaquices, ele só tem dez anos - disse, enquanto a puxava pelo capuz da sua capa para longe do meu irmãozinho.
    ___ - Posso ir?
    ___Confirmei e ele rapidamente voltou para o chão, junto das suas miniaturas de carros.
    ___ - O que você quer?
    ___ - Aulas!
    ___ - Hã?
    ___ - Preciso melhorar minhas notas.
    ___ - Faça as lições e preste atenção nas aulas.
    ___ - Tenho distropsia.
    ___ - Dislexia, idiota. Só se for no seu nariz.
    ___ - Ah, você me pegou.
    ___ - E também, não sou inteligente, estou naquela escola porque sei jogar handbol.
    ___ - E não é você a famosa gênia do primeiro ano?
    ___ - Você não percebe, bobo? Eu só quero passar um tempo com meu querido escravo de meio período.
    ___Meu rosto começou a queimar forte antes mesmo que eu pudesse notar. Ela era linda, infelizmente.
    ___ - Bruna, chega. Já não basta os rumores que você começou hoje?
    ___ - Que você começou hoje. Você correu porque você quis e me empurrou na parede porque você quis. Os rumores foram causados por você.
    ___ - Eu não...
    ___ - Eu estava me perguntando, sabe... Sua primeira reação quanto aos rumores foi negar para a Amy... Por que, se vocês sequer estão ficando?


    Como de costume, capítulos tarde da noite. Talvez possa parecer irresponsabilidade ter criado outras duas fics junto com essa. Ainda tenho outros projetos em desenvolvimento, mas é que de vez em quando chega uma hora que falta inspiração e noção de pra onde ir e então temos que ir pra outra pra continuar praticando, até mesmo por que escrever não é como andar de bicicleta.

    Enfim, espero do fundo do coração que vocês não tenham se esquecido de You Owe Me A Life. Pretendo de verdade levar isso adiante e preciso do apoio de vocês pra isso.

    Also, Coal, obrigado XD E não vou nem responder o outro comentário por que eu sei que o que você disse é verdade.
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    [+14] You Owe Me A Life Empty Re: [+14] You Owe Me A Life

    Mensagem por Kaze 23.01.13 3:26

    Estou re-lendo os capitulos, porque eu tou com amnésia sla... acho que tou... e eu estou esquecendo dos capitulos '-'

    qqqqqqqq

    Capitulo 02:
    - Isso não vem ao caso. O negócio é... – me aproximei do seu ouvido para cochichar – Essa menina é louca. Ela quer que eu pague uma vida pra ela.

    aushauhsuasuh L O U C A

    eu tenho uma trilha sonora pra sua Fanfic, JP...
    http://www.kboing.com.br/clarice-falcao/1-1223508/
    Ei, se eu falar, foi por amor
    Que eu invadi o seu computador
    Você pega um avião?




    continue JP! está daora XD
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    Mensagem por Mr.Coal 23.01.13 12:13

    parou logo na melhor parte wtf??

    nem tava curtindo o cap mto, até que veio a ultima cena, dae vc vai e para '-' UHEUEHUEHUEHE

    esperando o prox cap ;P
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    Mensagem por Kaze 23.01.13 12:32

    Mr.Coal escreveu:parou logo na melhor parte wtf??

    nem tava curtindo o cap mto, até que veio a ultima cena, dae vc vai e para '-' UHEUEHUEHUEHE

    esperando o prox cap ;P
    gostinho de queru mais like avenida brasil q
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    [+14] You Owe Me A Life Empty Capítulo 5

    Mensagem por JPNIgor 13.02.13 7:55

    You Owe Me A Life
    Capítulo 5
    Facepalm

    ___Estava na cozinha, preparando alguma coisa para beber. Cortei duas polpas de maracujá no meio e joguei dentro do liquidificador. Enquanto isso, músicas simples e sem letra ecoavam baixo pela cozinha, vindo do DS de Jean. Ele pressionava a stylus, que eu preferia chamar de “canetinha” contra os lábios, pensando e em seguida, ele coçou a cabeça com ela. Depois pressionou sua ponta contra a testa e finalmente tocou a tela do videogame duas vezes com ela.
    ___ - Aaaaah! Perdi! – reclamou ele enquanto eu despejava o leite na jarra.
    ___ - O que você tá jogando aí?
    ___ - Pokémon... – disse, unindo as duas telas do DS.
    ___ - Você perdeu em Pokémon? Essa é nova.
    ___ - Era um Garchomp e um Tyranitar...
    ___E então, liguei o liquidificador. Nesse meio tempo, ele tapou os ouvidos com suas mãos. Logo que o desliguei, Jean voltou a falar.
    ___ - Mano, quem é aquela menina?
    ___ - Uma colega de escola.
    ___Coloquei o conteúdo da jarra em três copos e dei um para Jean. Os outros dois, levei comigo. Quando estava no meio do corredor, Jean gritou:
    ___ - Mano!
    ___ - Quê?
    ___ - Usa camisa!
    ___ - Hã? – resmunguei, tentando entender. “Eu estou vestido...”, pensei – Do que você tá falando?
    ___ - A mamãe mandou falar isso pra você quando você entrasse no seu quarto com uma garota.
    ___Fiquei por alguns segundos parado no meio do corredor, tentando entender o que ele queria dizer... E finalmente entendi... E senti uma estranha necessidade de rir. O copo balançou e algumas gotas do suco caíram no chão.
    ___ - Jean, limpa isso aqui por favor – disse, pensando em que tipo de coisa minha mãe estava ensinando para o meu irmãozinho.
    ___Quando entrei no meu quarto, Bruna estava agachada no chão de frente para o meu guarda-roupa mexendo nas minhas gavetas. Somente então percebi que deixá-la ali sozinha havia sido um grande erro.
    ___ - O que você tá fazendo, sua doida?
    ___Coloquei os dois copos sobre um criado-mudo e a peguei pelo capuz do seu casaco, arrastando ela até deixa-la sentada na cadeira do meu computador.
    ___ - Nossa, que tipo de garoto você é? Você não tem nenhuma revista pornô escondida no seu quarto – disse ela, se girando na cadeira.
    ___ - Onde você viu que garotos tem pornô escondido pelo quarto? – me joguei na minha cama – Que coisa.
    ___ - Ah, mas eu achei uma coisinha interessante – ela tirou seu celular do bolso e se aproximou de mim, agachando-se na minha frente para mostrar a tela.
    ___ - APAGA! AGORA! – gritei quase imediatamente, tentando agarrar o celular, mas conseguindo pegar somente o ar.
    ___ - Não! – ela deu uma leve risada enquanto suas mãos evitavam serem pegas pelas minhas – Suas cuecas de criança são tão fofinhas...
    ___Furioso, investi contra ela para pegar o celular, mas ela rapidamente tirou-o do meu alcance, jogando seu braço para trás. Seu corpo pendeu para trás e ela acabou caindo no chão. Insisti e pulei da cama, a mão quase alcançando o celular, quando ele foi transferido para a sua outra mão. Seu pulso foi tudo o que consegui pegar. A outra mão rapidamente foi para as suas costas, de onde ele voltou seu celular nenhum.
    ___Assim que o celular fugiu do alcance dos meus olhos, notei a situação em que me encontrava. Eu estava em cima dela, meus dois joelhos ao lado da sua cintura, minha mão direita apoiada no chão ao lado da cabeça dela, enquanto a esquerda segurava seu pulso direito, enquanto ela estava ali, imóvel embaixo de mim, com um sorriso diabólico estampado em seu rosto.
    ___ - Será que o pequeno K me ouviria se eu gritasse por socorro? – disse ele, se referindo ao meu irmão – O que será que ele pensaria se nos visse assim? Se bem que ele é tão inocente que isso pareceria uma brincadeira aos olhos dele. Camisa... Coitadinho...
    ___E então um pensamento estranho passou pela minha cabeça. Um em que eu chicoteava Bruna enquanto ela pedia por mais... Assustado com minha própria imaginação, rapidamente saí de cima dela, empurrando a mim mesmo para trás.
    ___Enquanto isso, ela sentou-se no chão lentamente, colocou as duas pernas juntas e começou a alisar a roupa e os cabelos com a mão, como uma dama elegantemente recompondo-se de um tombo.
    ___ - Demônio... – dama, ela não era.
    ___ - Vai dizer que a culpa é minha que você praticamente montou em cima de mim? – disse, enquanto soltava seus cabelos pela primeira vez na minha presença - Era só você ter pedido para eu emprestar meu celular com educação.
    ___Seu cabelo solto era tão longo que chegava a se espalhar pelo chão de madeira do meu quarto.
    ___ - Então, por fav-
    ___ - Mas agora que você praticamente me violou sexualmente, não vou mais apagar – e depois de apertar uns botões no seu celular, o enfiou dentro da sua camisa – Mas voltando ao assunto, por que você se importa tanto com a Amy?
    ___A retomada da conversa que se iniciara na sala me pegou totalmente desprevenido e me vi sem reação ou palavras para respondê-la. Um silêncio constrangedor tomou conta do quarto enquanto nos encarávamos, sentados no chão cara a cara.
    ___ - Que foi? Um gato comeu sua língua?
    ___ - Eu... Não tenho o que dizer. Achei que íamos estudar. Pega seu caderno de matemática logo.
    ___ - Bobinho, eu não preciso estudar. Só tenho notas acima de oito no meu boletim – depois de uma pausa, ela disse – Ela gosta de você.
    ___ - Eu sei.
    ___Bruna se assustou com a minha resposta rápida. Até eu me assustei com a minha resposta rápida.
    ___ - Há quanto tempo você sabe?
    ___ - Uns três anos.
    ___ - E por que você não faz nada?
    ___ - Porque ela ainda não se confessou para mim.
    ___Sua expressão era a de quem não tinha entendido direito e que ansiava por mais respostas.
    ___ - Eu me transferi para a escola da Amy na segunda série, mas nossa amizade somente começou na quinta série, quando ela comprou sua primeira briga contra as “meninas populares da escola”. Até então, elas somente provocavam a Amy na sala, com coisas idiotas, escrevendo coisas no quadro, jogando seu material no lixo, cola na cadeira... Qualquer outra pessoa que se envolvesse com ela também era perseguida por estas garotas.
    ___“Nosso primeiro contato foi em um dia de chuva. O jardim da escola estava todo lamacento. A Amy foi empurrada ali por essas garotas. Enquanto ela tentava se recompor, elas pisavam nela, cuspiam nela e chamavam ela de lixo. Enquanto isso, eu estava vendo tudo pela janela da minha sala e antes mesmo que pudesse perceber, estava debaixo da chuva, empurrando as garotas e ajudando a Amy.”
    ___ - Hm... Então você é o herói dela.
    ___ - Enfim... Você já ouviu falar que as garotas amadurecem antes dos garotos? Talvez desde então ela tenha me visto como alguém interessante para ela. Enquanto eu, com dez anos, não passava de uma criança, ainda gostava de brincar de esconde-esconde e jogar bola e não conseguia vê-la como algo além de uma amiga... E esse sentimento continua até hoje.
    ___ - O que você diria se ela se confessasse para você?
    ___ - Eu... Não sei. Provavelmente diria o que eu penso sobre ela...
    ___ - O que resultaria em uma recusa.
    ___ - Acho que isso machucaria ela... Prefiro que ela não se confesse para mim.
    ___ - Posso dar um conselho? Tente procurar alguém que você goste. Assim, você estaria rejeitando ela indiretamente. Tenho certeza que doeria menos dessa forma.
    ___ - Mas...
    ___ - Tente gostar de mim, por exemplo.
    ___Ela começou a engatinhar no chão do meu quarto, até que seu rosto se aproximou perigosamente do meu. Minhas bochechas começaram a queimar. “Meu rosto deve estar muito vermelho, que droga!”. Seus olhos avermelhados olharam diretamente nos meus, seu nariz tocou no meu. Eu podia sentir sua respiração acelerada. Ela devia poder sentir a minha também.
    ___ - Brincadeira – ela se levantou de repente, e começou a amarrar seu cabelo novamente. Esperava ver um sorriso diabólico no seu rosto, mas ele estava surpreendentemente sério – Eu já ouvi tudo o que precisava.
    ___Quando ela terminou de amarrar ambos os lados do cabelo, ela tirou seu celular da camisa e trouxe para perto do meu rosto. Lá estava a foto idiota debaixo da mensagem de “Você deseja excluir esta imagem?”. Seu pequeno dedo apertou em “Sim” e minhas cuecas velhas foram para o esquecimento, novamente.
    ___ - Obrigado... – disse, enquanto sorria aliviado.
    ___ - Não precisa agradecer... – seu celular voltou novamente para sua camisa – Até mesmo por que essa imagem não é nada comparada à gravação de ótima qualidade que consegui fazer agora.
    ___Ela saiu do meu quarto logo em seguida, enquanto eu fiquei sentado, sem reação.
    ___ - Tchau, pequeno K! – ainda ouvi ela dizendo para o meu irmão de forma afetuosa.
    ___ - Tchau... – respondeu ele discretamente.
    ___Depois, ouvi a porta abrindo e fechando.
    ___A essa altura, tudo o que podia fazer era dar um grande tapa no meu rosto.


    Bem, esse capítulo teve um monte de "novos" a começar pelo horário em que fiz ele. Consegui fazer o capítulo em uma manhã pela primeira vez. Outra coisa é que esse capítulo é notavelmente menor que os outros, uma página a menos do Word (Eras Medium 11). Além disso, é a primeira vez que abro e fecho uma série de eventos sem deixar um cliffhanger. Cheers, JP! Você conseguiu fazer isso!

    Also, com esse capítulo, me senti na necessidade de aumentar o rating da fic pra +14 XD

    Kaze: Foi mal, Kaze D= É que eu estou demorando muito pra postar os caps, eu entendo. E de onde você tirou essa música? Do c* além? A música do stalker, mano, não creio XD

    E se eu mostrar o cianureto
    Que eu comprei pra gente se matar

    LOOOOOOOL XD

    Mr. Coal: É, é bem assim XP Mals. Toda a série tem seus altos e baixos. Eu sou tão incrívelmente ruim que eu consigo fazer altos e baixos em um capítulo =D

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