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    A Lenda de Ho-oh

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    A Lenda de Ho-oh Empty A Lenda de Ho-oh

    Mensagem por Ibuky 21.12.11 21:56

    Como o antigo tópico da fic estava quase mais velho do que eu, pedi pra ele ser deletado e recomeçarei a postar do 0. Sei que muita gente já leu essa fic (e ela já está terminada), por isso tentarei postar capítulos mais rápido que antes XD

    Boa Leitura! ^^


    Cap. 1 – A ‘ladra’

    Ecruteak, cidade localizada na província Norte de Johto; mais conhecida como ‘A cidade onde o Passado encontra o Futuro’. É considerada um forte ponto turístico pela sua arquitetura japonesa de eras passadas e por abrigar o Teatro de Dança, onde 5 garotas vestem longos e coloridos kimonos e dançam na companhia de seus pokémon (todos provenientes de Eevees); mas não há só coisas belas na cidade, também há um lado sombrio e misterioso, do qual fazem parte duas torres... Pois bem, é numa dessas torres que começa a nossa história.



    Passava das 22:00 e a escuridão já era quase total, salvo apenas por algumas estrelas remanescentes no céu, era noite sem lua. Com calma e silenciosamente, a garota entrou na Torre queimada e começou a subir os andares, até que uma montanha de entulhos chamuscados lhe pareceu mais interessante, e, escavando-a, pode encontrar parte de uma estátua de cobre do Pokémon Arco-Íris que buscava: Ho-Oh.



    Próximo da torre, o Ginásio estava com as luzes acesas. Um vulto, visto distorcido através das janelas cobertas por um papel amarelado, andava inquieto de um lado para o outro, até resolver sentar e ficar observando as paredes envelhecidas do cômodo. Não demorou muito para um trio de sombras roxas e esfumaçadas atravessarem as paredes, indo na direção do vulto, que na verdade era um rapaz chamado Morty; o líder do ginásio.

    - Hm... Então minhas suspeitas estavam certas – ele sorriu brevemente – Gengar!

    Sem mais, o pokémon surgiu como uma névoa dentro da sala, olhou seu treinador por um momento e, subitamente, saiu do cômodo transpassando o chão. O rapaz levantou-se e foi para a porta sem pressa.



    Sob a luz de um lampião, a garota continuava a desenterrar a estátua de Ho-oh, que aos poucos tomava uma forma mais decente, apesar de quebrada em vários pontos, era possível ler algo na base da mesma. Uma corrente de vento forte soprou no andar em que ela se encontrava, apagando o lampião.

    - Droga! – pestanejou – Onde eu coloquei a caixa dos fósforos?!

    Em quanto ela tateava o chão em busca da caixa, um grupo de 7 ou 8 Gastlys se formava ao redor dela silenciosamente.

    - AHÁ! Achei! – ela ascendeu novamente o lampião e viu o grupo de Gastlys a cercando – Essa não... Gengar, vá!

    O pokémon irrompeu da pokébola e encarou seus inimigos com um ar de malícia e brincalhão. Mas, antes de receber alguma ordem, uma voz surgiu atrás da garota junto à uma mão fria no seu ombro.

    - Eu não faria isso se fosse você...

    A garota se voltou rapidamente para trás e encarou um vulto de cabelos loiros e olhos moribundos e profundamente penetrantes, de pálpebras caídas.

    - ... AHHHHHHH! UM MORTO-VIVO!!!!

    A garota levantou cambaleando na direção de seu Gengar, agarrou-o e desatou a correr para qualquer direção que ficasse longe do tal ‘morto-vivo’. Eis que, em quanto corria descontrolada, pisou em falso e acabou abrindo um buraco no chão, no qual caiu ela, seu Gengar e a tal estátua de Ho-oh.

    - É por isso que não gosto de gente desesperada – Morty colocou a mão direita sobre a testa e foi até o buraco, onde se abaixou – Você está bem, ladra?
    - LADRA É SUA VÓ!... Nidoking, me ajude aqui.
    - Sim, vejo que está bem... Quem é você?

    Silêncio por um momento, até a garota ressurgir flutuando em cima de seu Gengar e com um Nidoking atrás dela, carregando a estátua do Ho-oh de volta para o andar onde originalmente estava.

    - Ibuky, conhecida também ‘sobrenatural’, prazer. - ela desceu de seu Gengar, e, depois de Nidoking pousar a estátua no chão, recolheu cada qual à sua pokébola.
    - ‘Sobrenatural’?
    - Sim, por causa do tipo dos meus pokémon: Fantasmas, o sobre, e os Terrestres, o natural. Sacou?... É um apelido besta, eu sei, mas... A quem devo a honra?
    - Morty, líder do Ginásio Fantasma de Ecruteak.
    - Seu nome combina bem com você, sabia? Morty lembra ‘morte’... E os fantasmas ajudam bastante.

    Ambos se encararam em silêncio por um momento.

    - Ta, mudando de assunto... Como me descobriu aqui, Sr. Morty?
    - Na verdade sei que já vem aqui durante a noite fazem 3 dias.
    - Uh, é vidente?
    - Pra falar a verdade, sou... – o rapaz sentiu um breve arrepio na garota e sorriu – O que quer por aqui?
    - Bem – Ibuky se recompôs – Estou atrás de um pokémon lendário, o Guardião dos Céus: Ho-oh. Soube que esta cidade poderia me dar grandes pistas de onde encontra-lo, por isso vim aqui investigar.

    Morty baixou a cabeça pensativo e fechou as pálpebras por um momento, em seguida fitou a garota nos olhos e, com pesar, anunciou suas palavras finais:

    - Não vai encontrar nada aqui além de paus e pedras queimadas. Ho-oh não é visto fazem cerca de 300 anos, desista, não vai encontra-lo nem aqui nem em lugar nenhum.

    -------

    Comentem! ^^
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    Mensagem por kakashi 21.12.11 23:11

    Juro que se eu gostasse de ler, eu leria.
    mais parece boa. Parabéns
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    A Lenda de Ho-oh Empty Re: A Lenda de Ho-oh

    Mensagem por JP 22.12.11 0:13

    Ótimo, ótimo. Perfeito. Mesmo já estando completa, é ótimo reler isso. Aquele cheirinho de nostalgia... G-zuz Cristiano.

    Ibuky GO GO!
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    A Lenda de Ho-oh Empty Re: A Lenda de Ho-oh

    Mensagem por Ibuky 22.12.11 18:19

    Obrigada Kakashi e Punch-Sama pelos comentários! ^^ Segue o segundo capítulo! =D
    Boa leitura! ;3


    Capítulo 2 – A lenda

    - Ei, ei, ei! – a garota puxou o rapaz pela manga da blusa – Então é verdade que ele já esteve aqui.
    - Sim... Apesar de muitas pessoas atualmente acharem que ele é uma lenda.
    - Então, meu amigo – o sorriso da garota se tornou singular – Conte-me esta história.

    Morty suspirou e sentou no chão da torre queimada, com Ibuky sempre seguindo seus movimentos.

    - Esta torre era o único local onde o Ho-oh fazia contato com humanos. Aqueles que tinham tal privilégio eram chamados de ‘os escolhidos’, e fazia parte deste grupo apenas treinadores com alto grau de proximidade com o coração de seus pokémon. Um dia, porém, ladrões entraram disfarçados na torre e, ao verem Ho-oh, tentaram roubar seu poder para usar-lo exclusiva e totalmente ao seu favor, e, no meio dessa tentativa, a torre pegou fogo e ficou em frangalhos.
    - Agora eu entendi o por que disso tudo – a garota olhou em volta a madeira da arquitetura toda chamuscada.
    - Exatamente... Um tempo depois do incidente, construíram uma cópia da torre original, na esperança de que um dia Ho-oh retornasse, mas foi em vão. Esta torre foi mantida em pé para mostrar o tamanho da brutalidade e ganância humanas.
    - Entendo... Bom, isso ajuda a compreender um pouco mais as minhas pesquisas... Se não me engano, o 3 cães lendários também surgiram dessa torre, certo?
    - Sim, Ho-oh viu tristemente que 3 pokémon que não conseguiram sair da torre há tempo. Quando as chamas se apagaram, ele reuniu seu poder e deu nova vida aos 3 pokémon: Suicune, o Vento Norte; Raikou, o Trovão e Hentei, o Vulcão.

    Morty olhou para a garota, que anotava tudo fervorosamente em uma agenda roxa, com um Gengar desenhado na capa.

    - O que pretende com isso?
    - Encontrar Ho-oh, é claro – disse ela em tom irônico.
    - Bem, esperei 17 anos da minha vida por esse momento, outros aldeões esperaram a vida inteira por isso. Espero que tenha mais sorte que nós. Agora vá embora, está incomodando os Gastlys e Haunters que vivem na torre. – Morty se levantou e foi pelas escadas da torre, sendo seguido pelos olhos de Ibuky, até desaparecer pelo portal de saída.

    --

    Cerca de 3 dias se passaram, e Morty foi á torre verificar se estava tudo em ordem com a saída da garota. Mas, teve uma surpresa.

    - O que ainda está fazendo aqui?! – assustou-se ao vê-lo limpando a mesma estátua de bronze.
    - Bem, você disse que eu incomodava os Gastlys e Haunters daqui, resolvi perguntar pessoal mente para eles, e eles não achavam que minha presença fosse algo ruim... Eles gostaram bastante do Panetone.
    - Panetone?!
    - É, o nome do meu Gengar – a garota apontou para o pokémon, que brincava animadamente com um grupo de Haunters.

    Morty olhou para a cena e simplesmente não quis tirar a diversão dos seus amados Haunters.

    - Ok, então fique aqui por mais um tempo... Aliás, onde está ‘morando’?
    - Ah, de noite eu armo uma barraca do lado da torre, as demais necessidades o Centro Pokémon supre.
    - ... A sua simplicidade me assusta.
    - Vou considerar isso um elogio – ela sorriu – Aliás, você consegue ler em japonês arcaico?
    - Infelizmente, não. Por que?
    - Tem umas inscrições na estátua, e acredito que sejam de japonês arcaico.
    - Deixe-me ver.

    O rapaz se abaixou ao lado da garota e olhou atentamente para a inscrição... Passou os dedos sobre os ideogramas na tentativa de limpar um pouco melhor o barro que se misturava à ferrugem, mas sem resultados.

    - Realmente, a maioria dos ideogramas que estão aí já não está mais em uso faz anos. Fora o excesso de barro, que dificulta a leitura.
    - Hm, tem razão, mas eu agradeço a sua tentativa.
    - Faço o possível. Verei se algum aldeão pode te ajudar.
    - Eu agradeceria.

    O rapaz soltou um raro sorriso e, olhando pela última vez a brincadeira animada dos fantasmas, desceu as escadas.

    - As inscrições não devem ser importantes – Morty andava e balbuciava – Se fossem, os escolhidos teriam levado a estátua para a nova torre, assim como fizeram com os 36 sinos de Ho-oh... Mas estátua estava enterrada... Morty! O que está dizendo?! Sabe melhor do que ninguém que é impossível Ho-oh retornar nas circunstancia atuais!

    E, voltando a andar na velocidade normal, foi para o ginásio, dar aula para seu alunos.



    Na torre, a garota foi anotando o que conseguiu traduzir da inscrição.

    - Acho que nunca vi um quebra-cabeça tão sem sentido... Devo ter traduzido alguma parte errado! – Ibuky se manteve transcrevendo e amassando papéis até tarde da noite.

    Comentem! =3
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    Mensagem por Kenshin 22.12.11 22:01

    no primeiro capitulo pensei que tinha acabado me apavorei na hora A Lenda de Ho-oh 389435
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    Mensagem por Yuuki 22.12.11 22:53

    OMG Ibuky! Santa senhora nostálgica T_T
    Não tem do reclamar, só implorar para outro capitulo de nostalgia, digo, digo, de Fic.
    QUE VENHA O TERCEIRO!!! E QUE SAUDADES DO PANETONE!!!!!!
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    Mensagem por Waterking 22.12.11 23:24

    *-* topico nostalgico em xD panetone *-* ibuky tera uma surpresinha minha ano q vem, aguarde...

    q venha o proximo cap *-*

    naum acredito q eu lembrava o nome do primeiro cap O.O
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    Mensagem por Ibuky 27.12.11 15:23

    Obrigada a todos que tem comentado! É bom saber que mesmo depois de terminada tem gente que ainda curte ler a fic! *-*

    E desculpem pela demora a postar =/ Daqui 1 semana tenho a segunda fase do vestibular e ainda estou trabalhando x.x Ta complicado...
    Enfim, boa leitura =p

    @Waterking: Esperarei sim, oba oba! \*-*/ XD
    @Yuuki: Pobre Panetone, nessa época do ano fica aterrorizado! =/



    Capítulo 3 – Os sinos

    Amanheceu. Ibuky levantou, ainda sonolenta, de cima da estátua de bronze, a cabeça latejava de modo que parecia que iria explodir a qualquer momento. Havia dormido ali mesmo, na torre.

    - O que? Onde?... Por que eu sonhei a noite toda com sinos badalando...? Ah, não sei. Boa noite.

    E caiu no sono novamente, desta vez estirada no chão ao lado de Panetone, seu Gengar.



    No ginásio, Morty dava aula aos seus alunos. Seu Haunter estava posicionado diante de 3 Gastlys.

    - Muito bem, não é só na força bruta que se baseia um pokémon. O tipo fantasma, por exemplo, não tem um leque muito abrangente de golpes diretos, por tanto, deve ser feita uma estratégia em cima de golpes não-diretos também. Além de qu-

    Ele interrompeu a explicação ao notar vários alunos prendendo risadas, ou melhor, se esforçando ao máximo para prender as risadas. Não foi preciso nem perguntar o motivo, apenas olhou para o lado e viu Haunter ora fazendo caretas ora colocando o dedo no nariz e os Gastlys brincando de ‘dança das cadeiras’... Sem as cadeiras.

    - Haunter e Gastlys, parem com a palhaçada. – no mesmo instante os pokémon voltaram às posições iniciais – Muito bem... Veremos mais tarde como usar o senso de humor dos fantasmas em uma batalha, mas agora... Haunter, use Curse!

    Uma enorme estaca de ferro surgiu diante do pokémon e, com a mão esquerda, Haunter a cravou no próprio corpo. De início os Gastlys não apresentaram efeitos, mas, do nada, os 3 deram uma grande guinada para trás, cerrando fortemente as pálpebras como se sentissem dor, e... Voltaram ao normal. Isso se repetiu por mais 3 turnos e os Gastlys caíram inertes no chão.

    - O ataque Curse tem um efeito muito bom pois, a cada turno da batalha, ele tira cerca de um quarto da energia do inimigo. Mas não pode ser usado mais de uma vez, já que consome metade da energia do pokémon atacante... Por hoje estão liberados.

    Todas as crianças se levantaram, fizeram uma breve reverência a Morty e saíram atropeladamente do ginásio. Morty parou à porta, os observando, depois se voltou para os fantasmas:

    - Também estão liberados, podem ir se divertir... Só não explodam os banheiros públicos de novo!

    Os 4 saíram como rojões, gargalhando e grunhindo, pela porta do ginásio. Morty também se retirou do ginásio e foi na direção da torre. Ao chegar lá, encontrou uma Ibuky desesperada, cercada de livros, dicionários, mini-gramáticas e o que mais pode se imaginar ligado à língua japonesa arcaica.

    - Mooooorty – falou ela em tom moribundo – Eu não consigo traduzir essa droga... E quando consigo, está errado...
    - Já tentou parar um pouco, descansar, e voltar a mexer com isso mais tarde?
    - Tem razão... Eu preciso comer, preciso de um banho, preciso da luz do sol... Ok, talvez não precise do sol.

    A garota mal deu dois passos e caiu novamente em um buraco, ficando com o pé esquerdo preso no mesmo.

    - Hã... Pode me dar uma mãozinha aqui?
    - Me pergunto como chegou viva em Ecruteak... Vamos, quero te mostrar um lugar.

    O rapaz a puxou do buraco e ambos seguiram para o Nordeste da cidade. Próximo á uma floresta de carvalhos exuberantes, entraram em uma casa simples de madeira, passaram por corredores e chegaram a uma espécie de ‘saída dos fundos’, guardada por um monge.

    - Espere aqui, por favor. – Morty foi à direção do Monge e cochichou algo com ele, que soltou um largo sorriso e foi falar com a garota.
    - Então é você que tem freqüentado a torre queimada! Eu achei que fossem ladrões, mas agora estou mais tranqüilo. Mas, o que mantém uma garota dentro daquele lugar fedido?
    - Uma estátua velha com escrituras sobre Ho-oh, basicamente. – Ela sorriu.
    - Ah, então é isso – o monge se voltou para Morty, que estava ao lado da porta – esta é das suas, hein, garoto Vidente?

    O rapaz ficou visivelmente embaraçado, apesar de retribuir com um sorriso forçado.

    - Espero que consiga trazer um pouco de Ho-oh para cá novamente, garota... Agora, acompanhe-o, acho que vai gostar do lugar que vão visitar.

    A garota agradeceu e seguiu Morty. Passaram por um corredor a céu aberto, apesar do céu não está visível pelo excesso de galhos de carvalho. Após empurrarem um emaranhado de folhas, tiveram visão do lugar: era a cópia da torre queimada; e estava extremamente bem cuidada. Ambos entraram e subiram ao segundo andar.

    - Estes são os sinos de Metal de Ho-oh.
    - Nossa, são bonitos... Eu posso...?

    A garota ergueu a mão e fez menção de empurrar um deles, Morty fez que ‘sim’ com a cabeça. A garota deu um leve empurrão no sino, que não emitiu barulho algum.

    - Está quebrado?
    - Não, é que eles só emitem som quando Ho-oh ou algum dos Cães lendários estão próximos da cidade. Mas, venha comigo, quero te mostrar algo melhor.

    A garota seguiu o rapaz por mais 7 andares e finalmente chegaram no último.

    - Aqui estão os sinos mais valiosos desta torre: os Sinos de Cristal. Eles tocam exclusivamente quando Ho-oh está na torre. Está faltando um por que, em incidentes passados, foi quebrado por ladrões.
    - Conseguem ser mais bonitos que os outros. – A garota passou levemente a mão sobre a superfície gelada de um deles. De repente, deu um pequeno salto e se voltou para trás – Morty, o monge te chamou de Vidente lá em baixo... Por quê?
    - É uma historio meio longa, mas... Sabe o famoso Iten Finder?
    - O item que acha coisas escondidas?
    - Exatamente, digamos que sou a versão humana dele.
    - ... Como assim?!
    - Posso ver onde está determinado Item, Pokémon ou Pessoa... Os aldeãos normalmente vêm me pedir para achar coisas para eles, dizem que posso achar tudo – quando a garota ia abrir a boca para falar, ele a interrompeu – Já sei o que vai perguntar: Então pode ver onde está Ho-oh?... Não, eu não posso vê-lo, nem os Cães Lendários.

    O rapaz foi até a sacada da torre e apoiou os braços sobre o beiral, voltando o rosto para o alto.

    - Não posso fazer nada para alcançar meu sonho, isso é tão frustrante. – Morty continuou debruçado no beiral, olhando para o céu.

    Uma brisa forte invadiu o andar, elevando e balançando os cabelos loiros do rapaz por um momento. Ibuky se aproximou dele e colocou a mão sobre seu ombro, fazendo-o levantar-se e fita-la.

    - Não se preocupe, eu vou te ajudar a acha-lo. Também faço parte disso agora. – a garota deu um sorriso confiante.

    Morty e Ibuky se encararam durante um tempo, o vento ainda uivando de uma sacada até a outra, brincando com o cabelo de ambos. Quando a situação iria tomar outro rumo, uma mão gelada é colocada em cima da de Ibuky, que ainda estava sobre o ombro de Morty.

    - Morty, você é bem mais lerdo do que eu esperava, amigo – falou o dono da mão gelada, que estava atrás de Morty

    - AHHH! – Ibuky tirou a mão rapidamente e recuou uns 5 passos – Você é louco ou o que, de aparecer do nada assim?! Aliás, quem é você?
    - Ah, é que estava tão bonitinho ver os dois daquele jeito... Mas achei melhor interromper antes de ver coisas que eu não devia... E meu nome é Eusine, muito prazer.

    Obrigada novamente e Comentem! =3
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    A Lenda de Ho-oh Empty Re: A Lenda de Ho-oh

    Mensagem por Ibuky 16.01.12 15:40

    Nossa, a Shiny ficou bonitona! *=*
    Desculpem ter sumido sem dar aviso, tive semana de vestibular em BH e voltei só ontem, quase 00:00 A Lenda de Ho-oh 534588
    Enfim, aqui está a continuação da Fic, Boa leitura! A Lenda de Ho-oh 936/


    Capítulo 4 – Dupla Surpresa

    - Ibuky, este é Eusine, um amigo meu de longa data... É um pesquisador de Lendas Pokémon.
    - Hm, isso explica a aparição dele aqui... – Ibuky ainda estava longe de ambos, ‘analisando’ Eusine.
    - Mas, o que te trouxe novamente à Ecruteak?
    - Bem, utilizando meus aparatos tecnológicos de última geração – o viajante mostrou um anemoscópio* feio de materiais reciclados – eu pude constatar que nesta região o vento tem soprado do Norte... E como o ditado diz: “Quando o vento sopra do Norte, Suicune aparece”.

    [*anemoscópio = Instrumento que mostra a direção do vento.]

    Como prova disso, o rapaz foi até a sacada e ergueu o instrumento (que era basicamente uma barra de ferro fina, com uma flecha rotatória no meio e uma rosa dos ventos na parte superior). A flecha girou duas ou três vezes, e parou apontando para o sul, indicando que o vento realmente vinha do Norte.

    - Eu entendo... Mas isso ainda não explica a sua vinda até a torre.
    - Minha vinda aqui foi justamente para procurá-lo, Morty. Preciso que você tente ver onde Suicune está.
    - Mas... Você sabe que não consigo localizá-lo! Além de que, se ele estivesse aqui, os sinos estariam tocando.
    - ... Isso é verdade, mas não custa tentar. Por favor, pelo seu velho amigo.
    - ... Tudo bem... Mas vamos ao ginásio, preciso de um lugar alto que não tenha um bosque em volta.

    Ao chegarem no ginásio, apenas Morty entrou no mesmo. Subiu até a estrutura de madeira do teto por uma escada, abriu uma janela e saiu, caminhou pelo telhado na direção de uma torrezinha pontiaguda. A garota e o viajante estavam lá em baixando observando-o.

    - Ela vai subir na torre como?
    - Observe, garota, apenas observe...

    Como se fosse um gatuno com anos de experiência, Morty escalou a torrezinha se apoiando nas suas telhas e se posicionou no alto da mesma, equilibrando-se na sua ponta conífera.

    - ... Ele é um ninja. – comentou a garota, boquiaberta. Eusine só deu uma risadinha abafada.

    Ainda no alto, Morty colocou os dedos mediano e indicador sobre a testa e fechou os olhos, se concentrando. Passaram-se minutos, e o rapaz baixou a mão e a cabeça, deixando claro que não havia visto nada. Pulou da torre para o telhado e voltou para a janela, saindo pela porta da frente do Ginásio, onde Ibuky e Eusine o esperavam.

    - E aí? – Eusine o questionou.
    - A única coisa que vi foi a escuridão das minhas pálpebras, nada mais.
    - Hm, eu entendo... Mas eu agradeço a sua tentativa – Eusine sorriu – Bem, vamos comer alguma coisa?
    - Eu sou a favor dessa idéia. – a garota prontamente reagiu.
    - Eu também, mas isso me lembra... Ibuky, você estava vivendo de que todos esses dias?
    - Bolacha água & sal. – a garota soltou o maior sorriso amarelo que tinha.

    No restaurante pôde-se ter idéia do que é passar uma semana comendo só bolacha água & sal. Ibuky conseguiu acabar com 3 bandejas de sushi sozinha, sendo que Morty e Eusine dividiram 1 e ficaram ambos satisfeitos.

    - Eu vou à falência se pagar a conta sozinho... – balbuciou o viajante ao ver as três bandejas empilhadas, acompanhadas de diversos pratinhos de shoyu e arroz vazios.
    - Não se preocupe – Uma mais que satisfeita Ibuky interrompeu o lamento – Eu pago a minha parte.
    - Tem certeza?
    - Absoluta... Aqui – ela tirou uma carteira, que estava presa no ziper da mochila – Se forem fechar a conta, podem pegar o dinheiro daí, eu vou ao banheiro. Ah, e mais uma coisa, não peguem minha mochila em hipótese alguma!

    Com essas últimas palavras, a garota saiu da mesa e foi ao banheiro. Passaram-se cerca de dez minutos, e ela não tinha voltado ainda.

    - Cara, vamos pagar a conta e esperar ela do lado de fora – Eusine comentou com Morty – o Garçom já está nos olhando com cara feia, lá fora tem clientes querendo mesas e nós aqui, ocupando sem motivo.
    - Tudo bem, a carteira dela está aqui... Ei, me espera, Eusine! – na pressa, Morty acaba esquecendo do aviso e pega a mochila da garota.

    --

    No banheiro, Ibuky terminava de ajeitar o cabelo em baixo do chapéu, quando percebe gritos desesperados do lado de fora.

    - Ah, minha mochila... Droga, avisei para não pegarem ela! – e ela saiu tranquilamente do banheiro. Do lado de fora, no meio do restaurante...

    - Gengar, use Shadow ball!

    Morty estava com o Gengar posicionado. O fantasma reuniu uma bola de energia entre as mãos e lançou na direção do pokémon pequeno e negro, que com um sorriso diabólico e brincalhão desviava dos ataques como se fosse uma brincadeira.

    - Zíper! – a voz de Ibuky irrompeu o silencioso temor que se alastrava pelo restaurante – pare já com isso!

    O pokémon, ao ver a treinadora, voou na sua direção e se empoleirou no seu ombro.

    - Ibuky, o que é essa coisa?! – Eusine estava visivelmente abalado com a situação.
    - Baah! – o pokémon abriu o zíper que tapava a boca e colocou uma língua azul para fora, com a qual ficou fazendo graça e barulhos estranhos.
    - Com licença, senhor – o garçom se dirigiu para Eusine quando a situação estava controlada – O senhor e seus colegas foram convidados a se retirar do restaurante.
    - Tudo bem, fale à gerência que nos desculpamos pelo desentendimento... Aqui está o dinheiro.

    Os três saíram sentindo os olhos de todos os clientes cravados nas costas. Do lado de fora, Morty e Eusine pararam e encararam Ibuky.

    - Ok, agora, por favor, nos explique o que é essa coisa e o que ela fazia dentro da sua mochila!
    - ‘Essa coisa’ é uma Banette, a capturei em outra região, não existe só Johto no mundo. E digamos que ela ‘mora’ na minha mochila... E não gosta que outros fiquem pegando e carregando por aí a casa dela.
    - É um fantasma? – Morty obviamente se interessou.
    - Sim, um dos melhores que já tive, para falar bem a verdade.... Zíper, pode voltar pra casa.
    - Bah!

    O pokémon entrou com toda a velocidade na mochila, que fechou quase que na mesma hora.

    - E como você faz pra pegar as coisas da mochila?
    - É só eu pedir para ela... Aliás, quero mostrar uma coisa para vocês, mas tem de ser num lugar sem movimento, vamos para a torre queimada.

    Os três se dirigiram para a torre queimada, mas não entraram, deram a volta e foram para os fundos.

    - Zíper, me dê o estojo.
    - Bah! – o zíper da bolsa abriu uma fresta e por ela saiu um estojo com cerca de 1 metro de comprimento.
    - Como isso cabe aí dentro?! – Eusine ficava mais surpreso a cada minuto.
    - Não sei, a Zíper que dá um jeito de colocar coisas absurdamente impossíveis aqui dentro... Já achei até um pneu na mochila, mas isso não vem ao caso. – ela se voltou para Morty e ofereceu o estojo – Abra.

    O rapaz olhou para a garota e pegou a caixa, que era de papelão branco, bem simples. Desfez o laço de cetim vermelho que o fechava e, ao retirar a tampa, algo dourado reluziu dentro do estojo, fazendo-o apertar os olhos de início.

    - Não pode ser... – balbuciou Morty.
    - Foi um presente de minha avó – a garota estava mais séria que o normal – É uma pena da cauda de Ho-oh.

    COMENTEM! A Lenda de Ho-oh 936
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    A Lenda de Ho-oh Empty Re: A Lenda de Ho-oh

    Mensagem por Aerial 16.01.12 21:02

    Muito bom, Ibuky-chan ! Vou acompanhar, você escreve tão bem ! Agrada aos olhos. *-*
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    A Lenda de Ho-oh Empty Re: A Lenda de Ho-oh

    Mensagem por Dragonoid 18.01.12 10:36

    ótima fanfic cara A Lenda de Ho-oh 324943 parabéns,continue assim!
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    A Lenda de Ho-oh Empty Re: A Lenda de Ho-oh

    Mensagem por Ibuky 18.01.12 16:05

    Muito obrigada Aeriel e Dragonoid, pelos comentários! *-*/ Isso realmente anima um fanfiqueiro (?) T_T/

    Continuando com mais um capítulos, boa leitura! =3


    Capítulo 5 – Fantasma x Fantasma!

    - Minha avó conseguiu essa pena quando veio para Ecruteak, em uma viagem de pesquisa. – a garota começou a explicar vendo o evidente clima de dúvida – Ela estava nesta mesma torre, tirando fotos do último andar quando um vento fortíssimo invadiu o lugar, levantado poeira e fuligem. Quando a nuvem negra baixou, ela pôde ver algo brilhando em meio aos destroços e se aproximou, constatando que era uma pena enorme e dourada, achou-a bonita e guardou na bolsa. Ao sair da torre, várias pessoas estavam olhando para o céu, balbuciando freneticamente. Quando questionou alguns aldeões, jovens e lúcidos, soube que algo realmente grande, parecido com um pássaro ou um dragão, se sobrepôs ao sol por alguns instantes e desapareceu... Deixando um arco-íris após sua passagem.
    - Realmente existem relatos sobre Ho-oh deixar um arco-íris após sua passagem – Eusine estava encantado com a pena.
    - Mas, como saber se não é uma réplica? – Morty olhava a pena astutamente
    - Meu amigo, espera mesmo que uma pena como essa, que é macia como a mais nobre ceda, seja falsa?
    - Existem pokémon com plumas quase tão belas quanto esta...
    - Se ainda duvida, – a garota interrompeu – mova ela no ar com a maior velocidade que puder...

    Morty baixou a mão que segurava a pena e riscou o ar de baixo para cima, em uma diagonal. Para a surpresa dos dois rapazes, um pequeno arco-íris se formou na trajetória que pena percorreu, e se desfez poucos segundos depois.

    - Quer mais algum prova? – a garota deu um sorriso triunfante.
    - ... Não é justo... – Morty balbuciou, com uma voz frustrada.
    - ... O que? – Ibuky estranhou a reação do rapaz.
    - Não é justo... Eu nasci nesta cidade, desde que me conheço por gente venho procurando esse pokémon, sem encontrar nem mesmo uma lasca da unha dele... E você me aparece com uma das penas da cauda dele, encontrada pela sua avó, que botou os pés uma única vez nesta cidade... Como alguém que surge do nada e que não tem nada a história consegue, ao simples acaso, algo cem vezes mais valioso do que eu consegui em toda a minha vida, hã, HÃ?! – rapaz bufava em quanto falava, tendo sua frustração transformada em raiva.
    - ... Sabe o que é engraçado, Morty? – a garota estava tão irritada quanto o rapaz a esta altura – É que é injusto mesmo. Minha avó não tinha nada a ver com a droga do Ho-oh e conseguiu uma pena dele, e por causa dessa maldita pena ela perdeu a vida em um assalto, no qual os idiotas dos ladrões a mataram e não acharam a pena para roubar!
    - Ibuky e Morty se acalm-- - Eusine foi interrompido pela garota.
    - E eu vim pra essa cidade na esperança de realizar o último desejo dela: Devolver a pena para o pássaro! Mas aí aparece você, que dá mais valor pra uma pena idiota do que para o que conquistou de mais valioso em seus 23 anos de vida: o seu sonho e suas crenças!

    Ibuky e Morty se encararam durante alguns segundos, ambos com a cara amarrada. O rapaz apenas desviou os olhos para tapar a caixa da pena e coloca-la no chão, na frente da garota. Com isso, olhou pela última vez nos olhos dela e deu-lhe as costas, indo para o ginásio sem dar uma única palavra. Eusine olhou penalizado para Ibuky, mas acabou seguindo o amigo.

    --

    Morty se preparava para dar aulas à seus alunos, quando a porta do ginásio rangeu alto, anunciando a entrada de alguém. O loiro se voltou para a porta, e viu uma Ibuky ainda mal humorada o fitando.

    - Morty – disse a garota, levantando uma pokébola – Eu te desafio para uma batalha!

    Eusine olhava de um para o outro, frenético.

    - Se puder superar meus motivos pela busca de Ho-oh, vai vencer essa batalha e eu vou sair da cidade. – disse a garota em tom desafiante.
    - E se eu perder? – o rapaz retrucou.
    - Vai parar de birra e me ajudar.
    - Certo, aceito seu desfio.
    - Vai ser uma única batalha... 1 x 1, não me desaponte.

    A garota foi para o outro lado do campo. Morty já imaginava o que ela iria fazer, e foi logo pegando a pokébola. Quando ambos já estavam posicionados, gritaram juntos, fazendo um enorme eco:

    - VÁ, GENGAR!

    Com os dois pokémon em campo, um aniquilando o outro como se fossem olhares tenebrosos diante de um espelho, os treinadores começaram a coordená-los.

    - Gengar, desapareça!

    O pokémon logo tratou de sumir no meio do campo de batalha.

    - Inteligente, porém ineficaz... Panetone, mande um Cofuse Ray para todo o campo!
    - O que?!

    O pokémon obedeceu, e em questão de segundos, Gengar reapareceu com as mãos na cabeça e os olhos cerrados, tentando não ficar confuso.

    - Muito bem... Agora dê um belo Sucker Punch!
    - Gengar, revide com Lick!

    Panetone flutua rapidamente na direção do inimigo, mas com uma cambalhota o Gengar de Morty reaparece atrás do de Ibuky, dando-lhe uma bela lambida e deixando-o desnorteado por alguns segundos.

    - Panetone, concentre-se! Use o Sucker Punch novamente!
    - Gengar, capriche num Night Shade!

    Panetone cambaleou um pouco após o ataque de seu semelhante, mas reuniu energia e concentração, acertando um Sucker Punch em Gengar, que deu uma guinada forte para trás, mas acabou por se recompor.

    - Use a Shadow Ball! – os treinadores gritaram ao mesmo tempo.

    Os dois fantasmas ergueram os braços e formaram bolas negras, com uma aura roxa em volta, que se tornavam cada vez maiores. Ficaram alguns segundos nessa expectativa, até que gritaram novamente junto: AGORA!

    Os dois pokémon lançaram seus respectivos ataques, que se chocaram no meio do ginásio e produziram uma explosão estrondosa, que espalhou vento e energia pelas 4 paredes do ginásio. Uma nuvem negra cobriu toda a visão. Foi baixando aos poucos, e quando Ibuky já podia ver claramente Morty e vice versa, os pokémon ressurgiram da fumaça, ambos em pé. Porém, a fumaça nem tinha baixado completamente quando um dos pokémon caiu nocauteado, e foi Panetone. Eusine foi quem retomou a fala primeiro.

    - O Gengar de Ibuky está fora de combate, Morty é o vencedor!

    A garota correu até o pokémon e sibilou.

    - Panetone...! Você está bem?!
    - Gaaar... – mesmo com a voz rouca, a garota ficou satisfeita em ouvi-lo, e tratou de recolhe-lo.

    Ela levantou, colocou a mochila nas costas e mirou Morty nos olhos:

    - Estou me retirando da cidade, obrigada pela batalha.

    A garota tirou o chapéu em um movimento cordial e saiu do ginásio. Morty permaneceu mudo, estático... Apenas fechou os olhos, pesaroso, quando a porta do ginásio bateu às suas costas. Eusine estava indo na direção de Morty, quando ouviu um estrondo e se voltou para trás para verificar o que era: O Gengar de seu amigo estava tombado no chão.

    ----

    Obs: Eu sou péssima em batalhas =_= Dei uma editada nela pra esse 'repost' mas ainda ficou tosquinha, sorry =/
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    Mensagem por JPNIgor 24.01.12 20:54

    Oi, oi XD Comentando aqui sua fic, que até hoje continuo achando uma das melhores até hoje XD

    Estava com muitas saudades de ler as desventuras da Ibuky e seu Panetone *-*

    Dois Gengar batalhando um contra o outro não podia ter um desfecho melhor se não fosse feito por você. Parabéns A Lenda de Ho-oh 936
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    Mensagem por Aerial 27.01.12 12:27

    Fiz questão de ir na Ag e ler o resto da fic, de tanta curiosidade !!!

    Perdão Ibuky, mais não pude resistir. Está MARAVILHOSA !
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    Mensagem por Mr. Evil 27.01.12 14:19

    Estou me controlando aqui pra não fazer o que o aerial fez kkkk,
    mas tá dificil LOL
    Bem, adorei sua fic, e espero que continue postando-a por aqui hahaha
    Está bastante cativante e emocionante, congratz XD
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    Mensagem por Ibuky 29.01.12 23:31

    Pessoas, mil perdões por estar postando tão vagarosamente a fic, mesmo! =/ O começo do ano foi bem atropelado pra mim: Fui pra BH fazer vestibular, acabei ficando mais tempo que o previsto, voltei, fiquei nervosa e com raiva de tudo pela ansiedade (XD), mas o resultado finalmente saiu, e eu passei! *-* Agora estou correndo loucamente atrás de moradia e milhares de outras cosias. Juro que o motivo do atraso foi nobre A Lenda de Ho-oh 936'

    Obrigada Igor, Aerial e Mr. Evil pelos elogios! E a todos que estão acompanhando a fic quando eu resolvo portar XD
    @Aerial - está perdoado, a culpa disso é minha ><' Vou tentar ser mais rápida agora XD
    @Mr. Evil - vai estar perdoado também se ler XD -q

    Sem mais blá blá blá, aí está a continuação! Boa leitura! A Lenda de Ho-oh 936


    Capítulo 6 – E que toquem os sinos!

    - Morty, foi um empate...
    - ... – líder continuava mudo, apenas recolheu seu Gengar e foi para fora do ginásio.

    Eusine sabia muito bem para onde Morty estava indo, mas resolveu não segui-lo desta vez. Decidiu fazer outra coisa.

    --

    A garota estava retirando todas as suas coisas da torre, apenas colocou a estátua atrás de algumas madeiras para não ser roubada. Ao pegar a mochila, Zíper colocou a cabeça para fora e exclamou um ‘Bahh!’ questionando.

    - Estamos indo embora, Zíper. Prometi uma coisa, e terei de cumpri-la, mesmo que rasgue meu coração.

    Com isso, o pokémon colocou novamente a cabeça dentro da mala, deixando-a aberta para a dona guardar seus pertences. Já com tudo pronto, ela se dirigiu para a rota 37, e para ajudá-la: estava chovendo... Quando ia cruzar a divisa da rota com a cidade, um guarda-chuva parou sobre sua cabeça.

    - Ibuky, não pode ir embora. – Era Eusine.
    - Posso sim. Perdi a batalha e o direito de permanecer aqui.
    - Não perdeu não, eu fui precipitado... O Gengar de Morty tombou assim que você cruzou a porta do ginásio.
    - ... Fala sério?
    - Seríssimo, minha amiga, pode ficar aqui.
    - E o Morty?
    - Saiu do ginásio mudo como entrou... Se quiser encontrá-lo, vá até o terreno que fica atrás da nova Torre.
    - Ok, obrigada, Eusine. – a garota fez uma breve reverência e foi correndo para a torre nova, mesmo sob a chuva.

    Ela cruzou novamente os corredores de carvalho, entrou no pequeno templo que dava para a Torre Nova e cumprimentou o monge, que acabou lhe informando onde deveria virar para chegar ao tal terreno. Após tropeçar muitas vezes e se desesperar com pokémon insetos, finalmente achou o terreno: Era uma espécie de campo aberto, onde a grama havia crescido mais do que deveria; também haviam pilastras de concreto espalhadas, como se fosse um templo em ruínas, tomado pelo tempo. Em baixo do telhadinho de um velho poço, estava sentado Morty, de cabeça baixa. Ela se aproximou como pôde... Até que começou a ouvir uma melodia doce, porém bastante baixa... E quanto mais próxima de Morty ela ficava, mais alta a melodia era ouvida.

    - ... Morty?

    O rapaz virou e, como se não acreditasse que ela estava ali, ficou a fitando. Até que, tomado por um impulso, levantou-se e a abraçou fortemente, deixando a cabeça pender no ombro da garota. Chegou a ser engraçado, já que ela era bem menor que ele.

    - Me desculpe... Por favor, me perdoe. Eu não sei o que deu em mim, como não sei o que me fez abraçar você assim... Por favor. – O rapaz balbuciava, próximo à orelha de Ibuky.
    - Calma... Está perdoado, sei que fez aquilo por que estava nervoso e frustrado. Eu também ficaria assim se achasse alguém que tem uma caneta nanquim e nunca desenhou...

    Morty não entendeu bem a metáfora da caneta, mas afrouxou o abraço e fitou, sorrindo serenamente, a garota encharcada. Ibuky também sorriu, e lembrou de relance:

    - Morty, você chegou a ouvir uma melodia por aqui?
    - Você diz esta?

    O rapaz se sentou novamente e levou à boca um instrumento talhado em madeira, com o qual refez a melodia.

    - Ah, então era você...
    - Sim... Tenho essa flauta desde pequeno – ele mostrou o instrumento talhado toscamente em madeira -, sempre que chove eu venho para cá... Gosto do cheiro da água da chuva sobre a grama alta.
    - Você é bem detalhista... – riu Ibuky, ao sentar-se ao lado do rapaz.
    - E você está bem molhada. – retrucou Morty, pegando o chapéu da garota e o torcendo, fazendo gotas grandes e grossas escorrerem pelas mãos.
    - Ah, roupa pode secar... – a garota levantou os pés e começou a balança-los no ar... Ao longe dali, houve o ruído de um trovão.

    O rapaz deu uma risada abafada e continuou olhando as gotas caírem sobre a grama e a terra (que respingava e sujava o seu tênis). Desamassou o chapéu da garota e recolocou na cabeça da mesma. Mas a paz dos dois foi perturbada pela coisa mais improvável: os sinos de Ho-oh, que só tocavam na presença de criaturas lendária, começaram a badalar com toda a força.

    - Mas, o que...!? – o rapaz levantou num pulo, olhando pasmo para a torre - Venha, Ibuky, vamos até lá verificar. – Morty estendeu a mão com a palma virada para cima.

    A garota concordou prontamente com a cabeça e, colocando envergonhada a mão sobre a de Morty, foram ambos na direção da Torre Nova. Ao chegarem lá, confirmaram: eram mesmo os sinos tocando, e eles não eram os únicos lá: Eusine deu as caras assim que ambos entraram.

    - Ah, desculpe, eu não queria atrapalhar vocês, já estou ind—
    - Eusine, pare de gracinha. Você chegou agora aqui?
    - Sim, no mesmo momento que vocês. E não havia nada de estranho no caminho...
    - Isso não é normal...
    - Espera! – Ibuky interrompeu – Morty, você pode ver as coisas que te pedem, não é mesmo?
    - Sim, eu posso...

    A garota se abaixou e pegou a mala.

    - Zíper, o estojo!
    - Banette! – a bolsa cuspiu o estojo, que foi aberto as pressas por Ibuky
    - Se eu te pedir para ver qualquer coisa relacionada a esta pena, você consegue? – ela levantou a pena na frente de Morty
    - ... Vou tentar, mas vamos ao último andar.

    Todos subiram correndo as escadas. Ao chegarem lá em cima, Morty se empoleirou no beiral, olhou para a pena e passou levemente os dedos indicador e médio da mão esquerda entre as cerdas, macias como ceda, e os levou à testa. Passaram-se alguns minutos, e o rapaz, após se desequilibra depois de um pequeno pulo automático, desceu afobado do beiral.

    - Eusine, Ibuky...!
    - O que você viu? – os dois perguntaram igualmente enérgicos.
    - Eu vi... a fera do trovão...

    Antes que qualquer um perguntasse o paradeiro da fera, houve um estrondo de um trovão no terreno em que Ibuky e Morty estiveram anteriormente. Os três se voltaram para o beiral e lá estava ele, sobre a grama, emitindo leves choque em contato com a chuva: Raikou. O chão os encarou, abriu a boca novamente e, no lugar de um ladro, saiu o som de um trovão se chocando com a terra. E o pokémon desatou a correr.

    - Eu vou atrás dele!
    - Como? – Morty olhou assustado para Ibuky.
    - Eu tenho um amigo que pode me ajudar – disse ela ao sacar uma pokébola.
    - Ok, mas tome cuidado. Ele pode correr, mas não vai poder mais se esconder, está sob meu olhar.
    - Ok, Morty, volto logo.

    A garota jogou a pokébola pelo beiral e logo depois pulou o mesmo, caindo em queda livre. Cerca de dois segundos depois, estava voando em alta velocidade na direção de Raikou, montada sobre algo grande, verde e de asas.

    - Gengar! – a voz de Morty irrompeu na chuva, e o pokémon transpassou o chão.
    - Gengar~
    - Siga a Ibuky e dê uma mão a ela se precisar!

    O pokémon simplesmente foi flutuando na direção que Ibuky pulara.

    - Morty, espere aqui. Vou dar uma checada sob a cidade, caso Ibuky o perca, ok? – Eusine falou, já indo na direção das escadas.
    - Certo, aqui é o ponto de encontro.
    - certo – disse o viajante, já com uma pokébola na mão – Vá, Jumpluff!

    O pokémon saiu da pokébola e já flutuou no forte vento que havia na torre, e foi na direção da cidade com Eusine pendurado nele.

    Comentem! =3
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    Mensagem por Aerial 30.01.12 10:56

    Eu ja lí, mais não deixo de comentar. Esse de fato ficou um dos melhores caps na fic, só perde para o penúltimo ! hohoh' Continue, Ibuky. Seu texto me agrada aos olhos, devia ser escritora. *-*
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    Mensagem por Rafael Arceus 30.01.12 11:39

    Comecei a ler a fic hoje e já posso dizer que estou adorando *---------*
    Vou começar a acompanhar a história (:
    Parabéns Ibuky, você realmente escreve muito bem!
    Até mais õ/
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    Mensagem por Mr. Evil 31.01.12 2:38

    Eu vou me controlar aqui, adoro acompanhar fics, livros, sagas, séries e bah kkk
    Putz putz putz putz
    gostei A Lenda de Ho-oh 936
    Realmente gosto da temática de Johto, dos cães e aves lendarias, além do celebi claro kk.
    Curioso com o pokemon verde, grande e com asas haha. Pensei que era um Xatu, mas contra o raikou seria desvantagem, sl, então não é,
    tinha pensado no flygon, depois descartado a ideia por não saber a idade da fic, sl (sou pessimo com cronologia) e agora to acreditando again pois tudo se encaixa e bah kkk
    (dica do arceus diga-se passagem usahaushas)

    Gosto bastante do ritmo dessa fic, o romance não exagerado, algumas lutas, a tematica de mistério, o toque de humor kkk

    Adorei ~a~ Zipper kkk e o panetone tb kkk

    Ah e parabéns pelo vestibular, desejo que você consiga organizar tudo ae, moradia, alimentação, transporte e talz.

    Ah, e continua a fic aqui msm kkk, pelo visto foi e ainda é uma fic de bastande sucesso, congratz õ/

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    Mensagem por Ibuky 31.01.12 17:33

    Obrigada a todos que estão acompanhando a fic! Mesmo em silêncio ^ ^

    @ Aerial - Obrigada mesmo por continuar comentando! Mesmo com ela pronta é sempre bom receber novas críticas. Escritora acho difícil, mas o roteiro de algum HQ/jogo/animação ainda pretendo fazer! XD
    @ Rafael Arceus - Obrigada, e fico feliz que esteja gostando da história, muito mesmo!
    @ Mr. Evil - Continuarei sim, pode deixar =P Acho a "cultura de johto" (se é que da pra chamar assim) bem forte também, foi um dos motivos por eu ter escolhido o continente A Lenda de Ho-oh 936 Espero que não se decepcione com o pokémon verde, e muito obrigada pelos elogios sobre a fic e o vestibular! =D

    Enfim, segue o capítulo, Boa Leitura!


    Capítulo 7 – A Reunião

    O rapaz ficou na torre, olhando para o horizonte, esperanto o retorno de algum de seus amigos. A chuva agora estava mais fina e o sol retornara, formando um longo arco-íris no céu.

    ----

    Ibuky ainda voava a toda velocidade, seguindo os rastros elétricos pela mata lá do alto, pois quando tentava se aproximar, fortes raios eram lançados por Raikou em sua direção.

    - Ryuko, tente descer na diagonal, acho que vai ser mais difícil ele nos acertar!

    O pokémon deu um rugido e obedeceu às ordens, mas não foi feliz. Ryuko estava totalmente molhada, e isso atraiu um choque particularmente forte para a pequena libélula-dragão, que grunhiu e foi perdendo altitude, tonta.

    - Ryuko, calma! Tente pousar em uma árvore!

    O pokémon reuniu o que lhe restava de visão e foi na direção de um carvalho alto, no qual pousou e foi escorregando até o chão. Quando já estavam as duas ‘a salvo’ no chão, Ryuko balançou a cabeça velozmente, tentando recuperar a lucidez.

    - A água da chuva fez do raio um golpe efetivo... Me desculpe, eu não havia pensado nisso.

    A dragão balançou as asas fortemente, mostrando que estava tudo bem. Ibuky a recolheu na pokébola e seguiu o caminho a pé, seria muita sorte se Raikou ainda estivesse ali, mas decidiu arriscar.

    ----

    Eusine continuou a vasculhar sobre a cidade e, sem constatar sinais estranhos, foi na direção da Torre queimada.

    - Jumpluff, fez um ótimo trabalho, pode retornar agora, obrigado. – disse o rapaz ao pokémon, após ter pousado no teto da torre queimada.
    - Pluuuff! – o pokémon soltou alguns esporos de algodão antes de entrar na pokébola.

    Eusine desceu até o térreo e foi na direção da porção leste do Bosque de Carvalhos da cidade. Mandou seu Alakazam vasculhar toda a área de forma sublime, mas não apareceu nada, simplesmente nada.

    - Isso é estranho... Os sinos ainda estão tocando, será que Ibuky ainda está na cola de Raikou?

    Em quanto Eusine divagava, sentiu um forte vendo bater em suas costas. Apesar de ser bastante forte, era ao mesmo tempo refrescante...

    - Ah, esse vento chato... Não, espera... Não é possível... – o rapaz começou a revirar febrilmente a sua mochila atrás de seu Anemoscópio.

    ---

    Morty ainda aguardava sobre a torre, e já começava a se preocupar com o bem estar de seus amigos... Eles deveriam estar ali já, a não ser que... A fera os tivesse atacado?! Não, o Cão estava aqui para vigiar os humanos, não os atacaria... Ou atacaria?

    - O Gengar não voltou pra fazer nenhuma palhaçada ou tentar me derrubar da torre, talvez estejam enrascados, mas, como saber?!... Ah! – ele bateu com a mão na testa - Como não pensei nisso antes!

    Ele se empoleirou novamente sobre o beiral da torre e colocou os dedos na testa... Passaram-se cerca de 10 minutos, e nada... Até que ele se lembrou da pena: Ibuky havia deixado ela ali ao sair às pressas. Ele a pegou e voltou à posição de meditação.

    - Por favor, me mostre o paradeiro dela e dele... Por favor – balbuciava, apertando a pena na mão direita.

    Mas não foram os seus companheiros que a pena lhe mostrou. O rapaz desceu o beiral aos tropeços e olhou para o Oeste, com os olhos arregalados e suando frio.

    - Não é possível... – ele fitou a pena, ainda aterrado.

    ---

    Ibuky ainda caminhava por entre os carvalhos, achando que já estava perdida. Mas, ao afastar alguns galhos, viu-se em uma pequena clareira, que dava para um paredão de pedra incrivelmente reto.

    - Um paredão... Então Raikou ainda pode estar aqui! – concluiu a garota, alegremente, pegando sua bússola – Para onde está o norte... Achei! Então devo ir pela esquerda!

    Mas, antes de sequer guardar a bússola, ela ouviu um estampido elétrico ao seu lado, não deu outra, ao se virar, encarou a fera, ainda soltando fagulhas elétricas.

    - Meu... Deus... – balbuciou ela, tentando pegar a pokébola de sua Flygon.

    Raikou a encarou por mais um tempo até que, como se a chamasse para segui-lo, andou tranqüilamente para o meio dos carvalhos e parou, olhando para trás, a esperando. Ibuky entendeu o recado, apesar de não ver sentido no que a fera queria; e assim libertou Ryuko, voltando a perseguir o Cão elétrico.

    ---

    - O vento está vindo do Norte... – falou Eusine para si mesmo, não acreditando.

    Mas o que realmente o deixou mudo temporariamente foi um ladro extremamente grave, que veio de trás dos carvalhos emaranhados. O rapaz desatou a passar pelos galhos, se arranhando um pouco, até que finalmente teve a visão pela qual lutou por mais de 10 anos: Em cima de uma pedra majestosa, estava o senhor do Vento e da Água, e o encarava diretamente, com a cabeça meio baixa, em uma mescla de desafio e ataque silencioso.

    - Suicune, finalmente você se revelou para mim! – berrou o rapaz, a plenos pulmões, fazendo ecoar pelas árvores – VÁ, ALAKAZAM!

    Alakazam saiu da pokébola e encarou Suicune, que não pareceu nem ter notado a movimentação de tão concentrado que estava em Eusine.

    - Alakazam, use o Psychic!
    - Zam!

    O pokémon cruzou as colheres e fitou Suicune nos olhos, mas mal teve tempo de iniciar o golpe e o cão soltou um ladro retumbante, que reverberou por todas as árvores. Alakazam foi tão perturbadoramente afetado que voltou para a pokébola sem as ordens de seu treinador.

    - Mas o que?!

    Eusine olhou da pokébola para Suicune, que estava visivelmente irritado. O cão o fitou pela última vez, ainda abaixado, em posição de ataque, e saiu correndo na direção nordeste da cidade.

    - Suicune! Argh! – Eusine, obstinado como é, lançou uma pokébola e voltou a gritar – Jumpluff, leve-me até a fera azul!
    - Juuump! – o pokémon flutuou pelo forte vento, levantou Eusine.

    ----

    Morty andava de um lado para o outro, febril, na torre. Finalmente avistou Ibuky chegando, até que finalmente pulou no andar que o rapaz estava, recolhendo sua Flygon à pokébola.

    - Ibuky, você está bem?
    - Eu estou, mas Raikou agiu de forma estranha...
    - Como assim?
    - Ele se mostrou para mim e me fez segui-lho até aqui depois que o perdi da primeira vez... Só que quando estava a uns 100 metros da torre, ele desapareceu novamente.
    - Isso é muito estranho, mas eu também tenho algo para contra...
    - MORTY, IBUKY! – Eusine saltou para dentro da torre ofegante e com as pupilas contraídas.
    - O que houve?!
    - Ele está aqui... SUICUNE!...
    - O que?!

    A garota estava tentando entender a situação, mas não teve tempo para isso. Os três sentiram estampidos fortes no chão da torre: Raikou e Suicune haviam saltado para dentro da mesma, se posicionando à direita e esquerda do grupo, respectivamente.

    - O que esses dois querem?
    - Três. – falou Morty, calmamente.
    - Três? – Eusine estava tentando manter acalma, sem sucesso.
    - Temos mais um convidado. – Morty deu um pequeno sorriso – Que acabou de chegar.

    Ao final da frase do rapaz, a fera do fogo, Entei, pulou dentro da torre também, ficando na frente dos três.

    - Enquanto estavam fora, eu tive uma pequena visão de Entei... Agora estão todos aqui, acho que nunca presenciei algo tão magnífico e assustador na minha vida – balbuciava o rapaz.

    O grupo agora estava cercado por feras lendárias, que os encaravam firmemente. E os sinos tocavam mais fortes do que nunca.

    Comentem! =3
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    A Lenda de Ho-oh Empty Re: A Lenda de Ho-oh

    Mensagem por Rafael Arceus 31.01.12 18:26

    Omg, as três feras lendárias de uma vez só *-----------*
    Curti o cap, eu tinha minhas suspeitas de que o poké verde da Ibuky era um Flygon, até falei pro Mr. Evil (:
    Esperarei ansiosamente o próximo capítulo A Lenda de Ho-oh 947742
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    A Lenda de Ho-oh Empty Re: A Lenda de Ho-oh

    Mensagem por Ibuky 02.02.12 20:54

    @Rafael Arceus - Opa, bom saber que a Flygon não decepcionou! =D E vai ter mais Trio Lendário, pra sua alegria =P

    Boa Leitura! ;3

    Capítulo 8 – O Dia e a Noite

    Os 3 cães estavam se aproximando cada vez mais do grupo, que a esta altura já estava todo amontoado em um canto da torre.

    - Eusine, tem idéia do que podemos fazer? – Morty falava no tom mais calmo que podia.
    - Desculpe, Morty, mas dessa vez realmente não sei o que fazer.

    Quando tudo estava contra o trio, inclusive o olhar furioso dos cães, o Gengar de Morty retorna e se põe a frente dos 3 lendários e, ao ver isso, Suicune olha para Eusine e salta pelo beiral da torre, com o viajante já na sua cola. Morty aproveitou a deixa do amigo para atacar.

    - Gengar, use Shadow Ball no Entei!

    O pokémon obedeceu na mesma hora, fazendo a fera do fogo recuar um número considerável de passos e soltar um rugido ensurdecedor. Raikou encarou uma Ibuky desprevenida e correu na direção dela, derrubando-a pelo beiral da torre.

    - Ibuky! – Morty tentou correr na direção do beiral, mas foi impedido por brasas ardentes que Entei soltara.

    O líder de ginásio olhou a fera com o mesmo olhar fulminante, e ordenou Gengar.

    - Gengar, não poupe esforços, lance o melhor Curse que você tiver! – e o fantasma o fez.

    ------

    Eusine já encarava Suicune e estava com seu Alakazam preparado para batalhar.

    - Alakazam, lance um bom Future Sight! Quando ele der o primeiro passo, Disable!
    - Alaka!

    O pokémon obedeceu, porém, o Disable não teve efeito nenhum sobre Suicune, o que obrigou Eusine a utilizar Psychic, que não eram grande coisa para o cão.

    - Alakazam, fique firme, amigo!
    - Alakk... – o pokémon falava em tom baixo, tentando suportar as investidas de Suicune.

    --------

    Ibuky podia ser lerda, mas boba não. Mesmo em queda livre, alcançou a pokébola de sua Flygon e conseguiu liberta-la a tempo de se segurar em suas asas e não cair diretamente no chão.

    - Raikou, que coisa mais feia, atacando os outros pelas costas... Vá, Ryuko, me ajude com esse rapaz aqui!

    Raikou soltou uma descarga elétrica na Flygon, que não sentiu absolutamente nada, afinal, era em parte um pokémon terrestre.

    - Ryuko, use Sandstorm!

    Uma enorme nuvem de areia cercou os três. Raikou foi quem mais sofreu, pois a areia o feria a cada movimento brusco e seus ataques elétricos não causavam efeito nenhum no dragão-libélula, obrigando-o a usar golpes diretos e se ferir ainda mais com a areia.

    ------

    Morty e Gengar também estavam tirando grande vantagem sobre Entei, apesar de Gengar estar com a energia bastante baixa, Entei estava amaldiçoado e sentia os efeitos cada vez mais, rodada após rodada.

    - Muito bem, Gengar! Continue desviando das labaredas dele, se não conseguir, coloque-o para dormir!

    O Pokémon Vulcão já estava bastante esgotado. Recuou alguns passos e soltou um rugido extremamente alto, obrigando Morty e Gengar a taparem os ouvidos. Quando recobraram a concentração, Entei havia fugido.

    ----

    Eusine tentava cansar o máximo possível Suicune até que o Future Sight tivesse efeito sobre o cão, mas em vão. Alakazam já estava bastante cansado de tanto desviar e, mesmo com Recover, já mostrava que não iriam muito longe naquela batalha.

    - Alakazam, só mais um pou— Ahá, finalmente!

    Uma luz arroxeada envolveu Suicune, que começou a grunhir e a se bater nela, sentido os efeitos psicológicos do ataque. Quando a nuvem roxa se desfez, o pokémon estava desnorteado o suficiente para ficar de cabeça baixa e imóvel, paralisado.

    - Finalmente, Suicune... – Eusine mal havia pegado uma Ultraball e um rugido ensurdecedor irrompeu pela floresta. Suicune prontamente ergueu a cabeça, como se saísse do transe, fitou Eusine pela última vez, e desaparecer surpreendentemente rápido por entre os carvalhos.

    ------

    Ibuky e Flygon ainda estavam, juntamente a Raikou, dentro da nuvem de areia em movimento.

    - Ryuko, vamos terminar logo com isso! Use Earthquake!

    A garota subiu rapidamente no dorso da dragona que levantou vôo. A terra começou a tremer e agonizar Raikou, mas o golpe foi interrompido por um rugido retumbante, fazendo Ryuko se desconcertar. Raikou aproveitou essa deixa e sumiu por entre os carvalhos.

    - Raikou, droga!... Esse rugido veio da... Ah, meu deus, Morty! – a garota olhou para cima e quando ia ordenar que Ryuko voasse pra o alto da torre, ouviu algo que a fez ficar mais desconcertada ainda: uma voz conhecida.
    - Gostei de ver... Parece que aprendeu a utilizar melhor seus recursos, amiga.

    ------

    Eusine já retornara para a torre, e encontrou um Morty desesperado olhando pelo beiral da torre.

    - Morty, onde está Entei?
    - Eu não sei – respondeu o rapaz, sem olhar para Eusine.
    - Ele fugiu também?
    - Acho que sim.
    - Quer olhar pra mim enquanto falo com você, por favor?
    - Não dá, a Ibuky está lá em baixo, e eu preciso achar ela.
    - Então vamos descer e procurar! Simples.
    - Não, Raikou pode atacar ela e terminar o serviço que começou aqui em cima...
    - Não seja besta, Morty, todos os cães fugiram, os sinos pararam de tocar faz um bom tempo.
    - Pararam?!... É, tem razão, vamos descer.

    Morty desceu descontrolado pelas escadas, sendo seguido por um Eusine que se esforçava para segurar os risos. Ao chegar lá em baixo, avistou Ibuky correndo na direção da torre.

    - Ibuky! – o rapaz a segurou pelos ombros – Você está viva!
    - Você também tá vivo! – a garota retribuiu o sorriso abobalhado do rapaz com um mais abobalhado ainda.
    - Hm, Ibuky~... – Uma voz feminina irrompeu atrás de Ibuky.
    - Calma, é só o líder do ginásio de Ecruteak. Aliás, Eusine e Morty, esta é Miki, uma amiga que iniciou jornada junto comigo, mas acabamos nos separamos por interesses diferentes.

    Os rapazes olharam de uma para outra, eram um contraste cômico: Em quanto Ibuky não passava da altura do queixo de Morty, tinha cabelos castanhos e um ar de quem não dormia fazia 5 anos; Miki era maior do que Euzine, tinha cabelos alaranjados e parecia ser a pessoa mais feliz do mundo só pelo excesso de rosa que tinha nas roupas.

    - Muito prazer – Miki se abaixou brevemente – E aí, não vão me agradecer por ter salvo vocês dos cães?
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    A Lenda de Ho-oh Empty Re: A Lenda de Ho-oh

    Mensagem por Rafael Arceus 02.02.12 21:54

    Hmm, salvo vocês dos cães... Quer dizer que era ela por trás da fuga do trio lendário... Elementar caro Wilsom qqqqqqqq
    Ótimo capítulo como sempre Ibuky, uma pena eles terem fugido antes da batalha acabar, gostaria de saber se seriam derrotados c____c
    Nway, parabéns e esperando ansiosamente o próximo cap õ/
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    A Lenda de Ho-oh Empty Re: A Lenda de Ho-oh

    Mensagem por Mr. Evil 14.02.12 3:42

    Opa, gostei do cap õ/
    Ah, achei que fossem ser capturados, sl uhasuash
    e que com eles fossem ser levados ao ho-oh u_u kkk
    Ah e ótimo ~climax~, paira a duvida no ar kk
    No aguardo õ/

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