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    Pokémon - Past Lives.

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    Mensagem por - Milley 15.06.12 19:04

    Prólogo: Minha Vida


    Eu moro no maior orfanato de Pewter. Quem já veio aqui, sabe o quanto vasto é esse ambiente. Quando cheguei, encantei-me com seu tamanho gigantesco, lembrava aqueles castelos medievais da antiguidade, possuindo a cor cinza e talvez por ter as portas velhas e de madeira apodrecida.

    Adentrando o pátio enorme, o que mais destacava-se era a quantidade de crianças, parecia muito uma escola; tais corriam por todos os lados, gritavam e andavam em grupos. E as que não se encontravam fazendo isso, se divertiam com os Pokémons do lugar.

    Ah, os Pokémons... Tenho tanta raiva dessas criaturas que fico tensa só em pronunciar esse nome. Raiva, rancor, ou talvez, muito medo. Lembro-me que Arcanines, um tipo de cão laranja com listras pretas, muito grande e raivoso entrou em minha casa e atacou minha família.

    Mamãe sempre me disse que esses animais eram doces, mas tais me provaram o contrário, fazendo-me desistir de minha Jornada: sim, eu ia viajar pelo mundo para ser uma mestre.

    Admito que esse trauma ainda me perturba, não consigo tirar a imagem deles mordendo minha Irmã de três anos, e meu pai batendo-nos com um taco de golfe. É triste para uma garota de 16 anos não ter uma família para brigar, pelo menos, pra mim é.

    Eu estava cansada daquele lugar, daquelas pessoas, estava cheia da vida. Nada pra mim tinha mais cor, as rosas alegres e vivas da primavera, eram visadas por mim como escuras e mortas, o céu ensolarado do verão era como uma nuvem negra. Não tinha amigos... Era quieta e solitária.

    Os dias se tornavam semanas, as semanas meses... Dessa maneira é que vivo desde os meus 12 anos, amargurada e com um ódio imenso de viver.
    X

    - Claire, vamos acorde! – sentia suas mãos pequenas e geladas balançando-me. – Está quase na hora do jantar. – sua voz irritante ecoava no lugar quase vazio.
    - Alice? É você? – Bocejei discretamente.

    Esfreguei os olhos rápido, visando aquela figura simpática de sempre: seus cabelos longos e encaracolados estavam presos em um rabo-de-cavalo mal feito, como de costume, trajava o uniforme de empregada, todo preto com detalhes em azul nas mangas cumpridas e um crachá estampado no lado direito do peito, com seu nome escrito em cursivo. Dava para perceber em sua face enrugada o cansaço de 64 anos, mas estava com uma enorme disposição.

    - Vamos logo. – abria um longo sorriso amarelo.
    - Tudo bem. - falei um tom baixo e confuso.

    O que podia se ver na volta, eram diversas camas, todas do mesmo tamanho, arrumadas com cobertores brancos de veludo. Diversos quadros de Pikachu enfeitavam as paredes recém pintadas de cor vermelho sangue, ainda dava para sentir o cheiro de tinta fresca e o chão gelado era coberto por um tapete enorme, verde, já sujo.

    O cômodo possuía também três guarda roupas, ambos marrom, de madeira apodrecida. O som ambiente estava sereno, as poucas coisas que dava pra se ouvir eram os diversos carros e motos passando do lado de fora, e alguns Pidgeys anunciando o novo dia, junto com o “tic-tac” do relógio, também em formato de pokémon.
    X

    O refeitório possuía uma enorme mesa de vidro, com espaço para umas 60 pessoas, onde em volta, estavam sentadas sobre as cadeiras de veludo, todas as crianças e adolescentes que moravam no orfanato. As paredes asseadas eram cobertas por azulejos que brilhavam. E sobre a pia de Inox, havia vários talheres sujos prontos para serem lavados por Alice.

    - Olha quem está aqui. – Sorria Sheva, jogando seus cabelos negros para trás. – É a E.T. – Lambeu seus lábios vermelhos secos, em um tom de sarcasmo.

    E.T... Esse era meu apelido desde que essa garota pegou no meu pé. Talvez ela me chamasse assim, pois eu não gostava de ser igual aos outros, ou me vestir como os outros. Criticava-me pelo meu estilo digamos rockeira. Eu curtia trajar-me de preto, com muitas tachas, caveiras e blusas com bandas de rock estampadas.

    - Não estás escutando The Masons? – Tal era uma banda de Heavy Metal muito famosa em Kanto.

    Todos em volta começaram a rir e zombar de mim, fazendo-me claro, abaixar a cabeça... Tentava não chorar, ser forte... Será que algum dia, a minha vida vai mudar?



    Notas da Autora:
    Oi gente! *-* Faz um tempinho que não escrevo, por isso devo admitir que achei minha Fic meia confusa. Mas isso, vou pegando o jeito de novo. rs' Talvez eu poste um episódio por semana, ok?


    Última edição por - Milley em 15.06.12 19:23, editado 1 vez(es)
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    Mensagem por Kaze 15.06.12 19:19

    Todos em volta começaram a rir e zombar de mim, fazendo-me claro, abaixar e cabeça... Tentava não chorar, ser forte... Será que algum dia, a minha vida vai mudar

    não seria "Abaixar A cabeça"? -q
    Cabei de ler... amo fics estilo "eu odeio a vida e todos"
    ficou mto foda *0*
    parabéns haha
    e LOL achei MUITO criativo por heavy metal em kanto iariairairiairar

    Parabéns². aguardando os proximos caps
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    Mensagem por Waterking 15.06.12 21:05

    *0* ja curti a personagem principal em \,,/ Heavy Metal na veia. alguns errinhos bobos de concordancia nominal mas ninguem aq é professor, só vou comentar a fic msm, q está muito boa, gostei bastante de como descreve o cenario e os personagens Pokémon - Past Lives. 936 continua q to gostando \,,/
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    Mensagem por - Milley 18.06.12 0:59



    A história desse capítulo está meia mónotona/confusa, mas faz parte dos primeiros episódio (até o 4), onde começa a história mesmo. Isso é mais para apresentar os personagens. Espero que gostem! Pokémon - Past Lives. 936 Deve haver vários erros, pois escrevi tudo em meia hora. Talvez eu poste outro episódio só semana que vem! =/



    Vou responder aos comentários...

    Kaze Fico feliz que tenha gostado da Fic, e o erro já foi corrigido! Pokémon - Past Lives. 936

    WaterkingConcordância é o meu problema.. Pokémon - Past Lives. 964212 Mas com o tempo eu melhoro!

    Episódio 1 - Culpas e amizades.


    A enorme sala destacava-se pelos chamativos quadros, muito valiosos, sobre a parede mofada de cor branca, com detalhes em rosa. A bela lareira recém feita queimava forte, trazendo um grande calor para o lugar frio.

    Tudo era coberto por tapetes aconchegáveis, com desenhos de pokémon. Sobre as estantes empoeiradas podia ver-se diversos livros, tais também já sujos. Junto com uma televisão de 14 polegadas, de péssima qualidade: ainda preta e branca.

    Brinquedos infantis espalhados por toda parte, mas isso não era problema, Alice, a empregada daria um jeito em toda sujeira colocada ali.

    O silêncio predominava o local quase vazio... Apenas as lenhas ardendo quebravam o sossego ambiente, juntamente com o rigoroso vento de inverno que batia na janela, coberta por uma cortina fina.

    Eu estava sentada em frente á lareira, não tinha sono para ir me deitar e gostava da sensação de estar sozinha. Ouvia em meu mp3 simples, como de costume, um rock bem calmo. Pensava em tudo que estava acontecendo, de como seria dali pra frente.

    Refletia de como seria minha vida se um dia eu saísse daquele lugar: não tinha ninguém, sem casa, sem amigos... Ia ser duro afastar-me. Mas pelo outro lado, pensava como seria ótimo ter uma vida livre para fazer o que bem quiser.

    Talvez eu pudesse voltar á minha moradia e recomeçar... Mas como? Tais pensamentos faziam minha cabeça doer, e meus olhos pequenos lacrimejarem. Eu aparentava ser uma adolescente durona, que não se importa com nada, mas por dentro, ainda era uma garotinha que perdeu seus pais e está desorientada.

    “Tenho certeza que tudo vai dar certo!” – Esfreguei minhas gélidas mãos no rosto, suspirei profundamente, e aproximei-me do fogo novamente.

    O inverno estava muito rigoroso em Kanto nesse ano. As tempestades de neve estavam se tornando mais comuns que praia em dia de verão. Parece estranho, pois aqui nunca havia acontecido isso.
    Estava jogada em meus pensamentos e dores... Até que ouço um ruído alto, de principio, pensei que fosse os Pikachus, que serviam apenas para distrair as crianças, quando ficavam em prantos por seus pais.

    - Ainda não estás dormindo? - Uma voz calma ecoou sobre a tranquila sala silenciosa. – Sempre venho ficar aqui, quando todos dormem. – Sorria timidamente um garoto.
    - Finja que não sou ninguém, como todos fazem. – Coloquei meus longos cabelos escuros sobre meu rosto pálido.
    - Bem, acho que posso te fazer companhia. Nem sempre achamos uma menina bonita sozinha. – O rapaz atirou aquilo com a insolência de seus 16 anos.
    - Tanto faz. – Minha frase foi seca.

    Observei discretamente ele, que trajava um suéter simples de cor cinza, calças jeans notavelmente velhas. Escondia seus cabelos longos estilo rockeiro debaixo de um boné da liga pokémon.
    O sujeito sentou ao meu lado, e logo começou a falar:

    - Que jeito de se vestir, hein? – Espantou-se com meu vestido de couro, ou talvez da maquiagem da mesma cor, borrada. – Sou Chris! – ajeitou-se cuidadosamente.
    Minutos se passaram, eu continuava em silêncio, apenas vendo o fogo arder. Enquanto ele, rabiscava em um caderno de esboços.
    - Porque você é tão reservada? – Piscava rapidamente seus olhos de cor verde, abrindo timidamente um sorriso.
    - Só não. – Minha voz estava travada no fundo da garganta. – Me interesso pelas pessoas. – Abaixei meu forte tom de voz, como uma criancinha com medo do escuro.
    - Sabe. – Deu um longo suspiro. – Eu gostei de você. – Colocou suas tremulas mãos em meus ombros largos e delicados.
    - Quem disse que eu me importo? – Larguei a escova de cabelos velha sobre o tapete.
    - Eu sei que sim. – Revirou seus olhos, sua face expressiva parecia animada com a ideia de “eu ser sua nova amiga”. – Todos precisam de alguém.

    Por incrível que pareça, eu não estava incomodada com sua presença ali, pelo contrário, estava gostando de uma companhia.

    - Você era treinador? – Olhei confusa para seu boné vermelho, com uma pokébola estampada no meio.
    - Moro aqui desde meus 3 anos, mas ganhei um de Alice! – Colocou suas mãos nos bolsos das calças e tirou um objeto vermelho e preto. Lançou-o para o alto, liberando um agradável pokémon de coloração azul, pequeno, até bonitinho.

    O simpático ser não parava de saltitar, abria e fechava sua enorme boca toda hora, aparentava querer animar-nos. Sua estrutura lembrava muito um pokémon aquático.

    - Essa é Sherry, ou melhor dizendo, Totodile. – Tal estava inquieta, e repetia varias vezes seu nome. – E você, era treinadora? – coçou a cabeça.
    - Não... – Aumentei meu tom vocálico. – Eu odeio os pokémons! ELES MATARAM A MINHA FAMÍLIA! – Berrei, desesperada. Levantei-me e sai do lugar rapidamente...

    X

    Eu sabia que nem todos pokémons eram daquele jeito... Mas não aceitava a ideia de perder todos que amava, precisava descontar minha raiva e culpa por ter deixado tudo acontecer. Aquilo que fiz, não tem perdão. Mas agora pelo menos eu estava certa de uma coisa, ia dar um jeito de fugir daquele orfanato, deixar tudo pra trás e recomeçar...

    Arriscar uma vida nova. Tudo que estava acontecendo é o preço que terei que pagar.
    Nada tem mais sentido pra mim, se eu morrer, quem sentirá minha falta? Amanhã mesmo, irei tentar dar o fora daqui...

    X


    “ - Eu sei o que você fez. Matou seus pais! – Era um voz meio corrompida, mas podia perceber-se que estava em um tom de raiva.
    - EU JÁ DISSE QUE FORAM OS POKÉMONS! – Minha voz estava tremula, meu corpo gelado e minhas pernas não podiam se mover.
    - Ninguém mente para mim! Quem foi que soltou aqueles Arcanines? – Podia sentir-se ironia nessa criatura.
    - Foi um acidente! Uma brincadeira! – Meus olhos começaram a se encher de sinceras lágrimas.
    - Seu pai era um Plasma, ele roubou aqueles Arcanines! Mataram-no por vingança, Claire!

    Nada mais podia ouvir-se. Apenas o som do vento e o barulho de alguns Pidgeys no asseado céu sem nuvens. Eu não enxergava nada, uma névoa haveria de cobrir minha visão, a única coisa que se destacava no meio daquele “inferno branco” eram olhos, tais vermelhos, encaravam-me com rancor, raiva...

    Meu coração estava acelerado, eu só conseguia sentir culpa e medo. O que era aquilo? Nada tinha explicação... Eu estava perdida... "


    X


    - Vamos, acorde! – Sentia suas mãos frias e enrugadas balançando-me bruscamente.
    - Alice? – Encarei a velha.
    - Você dormiu no sofá. – Dava uma pequena pausa enquanto limpava seus óculos. – Parecia estar tendo um pesadelo!
    Fiquei paralisada, já era a quinta noite que tenho o mesmo “sonho”. Aqueles olhos, aquelas palavras. Quem sabe talvez eu esteja ficando louca...
    - Está frio e você precisa de um banho. – Abriu um longo sorriso, amigavelmente, entregou-me uma pokébola. – Vai precisar. – Mudou sua expressão facial, agora estava séria.

    Procurando não ser grosseira com Alice, que vinha sendo uma mãe para mim, peguei o objeto e disfarcei um enorme sorriso. Nada mais, guardei-a no bolso esquerdo de meu vestido de couro.

    - Como você é por baixo de toda essa roupa e maquiagem? – Após dizer aquilo, retirou-se de lá em passos bem rápidos apesar de seus 64 anos.
    “ - Uma garotinha frágil e indefesa.” – Suspirei profundamente, pra mim mesma.

    Eu não conseguia tirar aquela voz corrompida de minha cabeça: realmente, papai roubava os pokémons raros, ou apenas fortes, e levava-os para um lugar chamado “Castelo Plasma”, acho que para fazer pesquisas e experiências.

    Quando pegava-os, levava eles para nossa casa... Onde maltratava-os. Eu achava isso uma crueldade, mas não dizia nada, pois tinha medo de apanhar.

    Mas mesmo assim, eu soltei os Arcanines... Era pra ser apenas uma brincadeira, pois mamãe costumava me dizer que todos pokémons eram dóceis. Mas, acho que estava enganada.

    Continua...
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    Mensagem por Kaze 18.06.12 13:17

    Mto bom o cap *0*
    curti kkkk
    e nosss então quem matou foi a mina kkkkkkkkkkkk viu quem manda soltar os arcanines -qqqqqqqqqqq

    parabéns XD esperando o proximo capitulo Pokémon - Past Lives. 936
    e existe vestido de couro? D: eu tentei imaginar, kkk não deu kkk
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    Mensagem por - Milley 03.07.12 14:30

    Episódio 2 : Nova vida.



    A brisa forte batia na janela, que estava apenas coberta por uma cortina de pano, causando um som ambiente desagradável, a enorme lareira, como de costume, estava acesa, trazendo um grande calor ao ambiente gélido. Sobre o chão coberto por um tapete, podia-se ver vários livros espalhados, junto de alguns brinquedos.

    Eu estava sentada na frente da lareira, como sempre, pensava na vida, no que ia fazer e como eu escaparia dali. Não aguentava mais aquelas pessoas, nem aquela culpa dentro de mim. Ninguém me faria falta, estava realmente disposta a recomeçar, mesmo se tivesse que morar na rua.
    Minha grande bolsa de couro, preta, estava ao meu lado, eu já haveria de colocar todos meus poucos pertences nela: roupas, maquiagens e uma foto da minha família, qual eu guardo comigo desde que tinha 10 anos.

    - Claire, querida, vá dormir, amanhã vai ser um grande dia. Vai vir uma família aqui, e quer adotar você! – Era uma voz rouca e nervosa.
    No momento espantei-me, mas ao ver o simpático sorriso da velha Alice, acalmei-me em um longo suspiro. Como sempre, seus cabelos grisalhos e despenteados estavam presos em um rabo-de-cavalo mal feito, vestia um vestido longo da cor verde, junto com um casaquinho de tricô, que ela mesma fez. Encarava-me com seus enormes olhos negros.

    - Ah, Alice! Você devia parar de aparecer assim, do nada! – Falei em um tom irônico. – Estás louca? Quem vai adotar uma adolescente de 16 anos? Todos os casais que vem aqui, sempre levam criancinhas. – Revirei os olhos em um tom de reprovação.

    Ela não retrucou, deu de ombros e saiu rapidamente do lugar... Agora eu estava confusa sobre o que Alice haveria de dizer: adotar-me? Jamais havia pensado nisso, seria impossível! Quer dizer, quase isso. Admito que estava animada com essa ideia.

    “ – Acho que não vai ser hoje!” – Pensei, olhando para a bolsa em meu lado. Levantei-me lentamente, levando-a comigo.

    Andei em passos longos e rápidos, e sai de lá também. Encarei o amplo corredor, com várias portas de madeira, todas idênticas, com números do um ao trinta em amarelo estampados bem no meio. Tal queria dizer que haveria de ter a quantidade de dormitórios presentes ali.

    Adentrei na porta número 6, visava todas as meninas que já estavam dormindo. O lugar estava sendo iluminado apenas por um abajur, que ficava sobre uma das três cômodas velhas, de madeira apodrecida. Ambas as camas pequenas e altas, havia umas quinze dessas lá, a minha era a única vazia e bem estendida, com cobertores finos, da cor azul marinho.

    O cômodo era bem desarrumado, cheio de roupas e pokébolas espalhadas pelo chão, que era coberto por um enorme carpete de veludo, com um pokémon desenhado.

    Sem me importar em fazer barulho, deitei-me de forma brusca na minha desconfortável cama. Eu sempre costumava dormir com o que estava vestida, no momento, era uma calça jeans rasgada e uma blusa preta, com uma caveira no meio, apenas tirei minhas botas de couro, com um enorme salto.
    Estava sem sono, ou talvez minha ansiedade impedia-me de dormir, será realmente que as palavras de Alice eram verdade? Isso eu só ia saber amanhã.

    X



    - Claire! Claire! Acorde! – Sentia suas mãos enrugadas balançando-me calmamente. – Eles estão aqui, vista-se normalmente, por favor! Esperamos na sala! – Era a velha empregada. – Vamos! - Ela se retirou de lá.
    - Já entendi! – Falei baixinho, colocando o travesseiro branco em meu rosto.

    Eu era a única que ainda estava dormindo... Levei as palavras de Alice em consideração, iria me vestir de um jeito mais comportado, só para causar uma boa impressão. Coloquei uma saia até o joelho, de brim, junto de uma blusa com um Pidgey estampado no meio. Amarrei meus longos cabelos de um jeito delicado e calcei-me um tênis, admito que era um terror para mim não usar saltos.

    Dirigi-me ligeiramente até a sala, dando de cara com uma jovem e simpática mulher: possuía cabelos negros um pouco acima dos largos ombros, olhos verdes sedutores e um belo corpo magro. Em sua jovem face de 27 anos, estendia-se um longo sorriso. Vestia-se com calças jeans e um casaco de couro, junto com botas até o joelho. Eu podia ouvir Alice chamando-a de Brenda.

    - Essa é a Claire? – Encarou-me a jovem mulher, largando sua elegante bolsa amarela sob o sofá, onde estava sentada. – Que bela mocinha! – Dirigiu suas palavras a mim.
    - Sim, sim! – Dizia Alice, coçando a cabeça.

    Não falei nada, estava perdida em meus pensamentos, não entendia a razão dela estar querendo justamente me adotar, uma adolescente de 16 anos! Teria que ter um motivo!

    - Não seja tímida! – Sua voz era doce. – Quero ser sua mãe, querida! Sou Brenda!

    Alice estava sentada ao lado da moça, dava pra perceber que estava triste com a minha partida, ela me tratava como uma filha e acho que realmente gostava de mim. Por baixo de seus óculos, podia notar-se uma lágrima discreta. Admito que eu não era tão apegada a ela, pra dizer a verdade, nem me faria falta.
    - Adeus, Claire! – Dizia a velha, envolvendo-me em um caloroso abraço apertado. – Sentirei sua falta.

    - Tchau. – Minhas palavras foram secas e grossas.

    Eu e a mulher íamos saindo de lá, sem dizer uma palavra. Eu passava pela ultima vez pelo pátio bagunçado, estava tão contente em deixar aquilo tudo, em me livrar daquelas meninas insuportáveis e de todos ali... Mas realmente, eu gostaria de me despedir de Chris.

    Saímos de lá por um enorme portão velho, de metal. Por fora, o orfanato era muito grande... Lembrava aqueles castelos antigos, o que mais se destacava era a grande quantidade de grandes janelas.

    - Então... Porque eu? – Quebrei o silêncio entre nós.
    - Você é Claire Rivera? Conheci o seu pai, quando eu era pequena. Minha mãe e ele eram grandes amigos. – Após falar aquilo, tirou um cigarro já pronto de seu bolso traseiro. – Entre no carro. – Apontou para o veiculo de cor vermelha.

    Sentei-me no banco de trás, que estava um pouco furado. Os vidros, que ficavam nas laterais, estavam todos empoeirados, junto do ‘piso’, que encontrava-se cheio de terra. Não sabia quem era aquela mulher, ou o que tal queria comigo, mas não gostei nem um pouco de seu jeito frio e seu olhar maldoso.

    - Vamos pra onde? – Perguntei, indignada.
    - Para um lugarzinho muito especial. – Lambeu seus lábios secos, pintados por um batom rosa forte.

    Nossa viagem foi silenciosa, eu apenas olhava como a cidade de Pewter havia crescido desde os anos que fiquei no orfanato. As pequenas lojas, nada movimentadas, agora estavam lotadas de pessoas desesperadas por seus produtos, as casinhas iguais confeccionadas pela prefeitura local, haveriam de virar quase todas de classe média, com lindos jardins. O campinho das crianças brincar, agora era uma linda e alegre praça... Tudo tão diferente, parecia realmente outro lugar.

    Brenda, cujo seu primeiro nome, não falava sequer uma palavra, fumava seu cigarro e dirigia, quietamente.

    - Seu pai foi um grande homem para os Plasmas. – Dizia ela. – O maior sonho dele era que sua filha seguisse seus passos, Claire.
    - Não quero passar minha vida roubando pokémons! – Falei em um tom nervoso. – Você trabalha pra eles, para os Plasmas?
    - Não. – Interrompeu-me. – Trabalho para a Equipe Rocket.

    Tal equipe também roubava os pokémons, com vários objetivos: vender, dominar. Mas a principal meta deles era capturar os lendários.

    - E o que você pretende comigo? – Perguntei confusa.
    - Oras. – Abriu um longo sorriso irônico. – Precisamos de alguém como cobaia. Aliás, vamos testar uma coisinha em você, filhinha. – Tirava os olhos da direção, encarando-me.

    Como assim? Eu estava confusa. Não entendi o que Brenda quis dizer com isso. Ser usada? Mas pra quê? Resolvi encarar como uma brincadeira de muito mau gosto, mas eu não sabia o que realmente me esperava.

    - Você vai ser em quem vamos fazer o teste da nossa nova “droga”. – Continuou.
    - O quê? – Espantei-me. – Porque estás me contando isso?
    - Nada de segredinhos, Claire. Podem ser suas ultimas horas de vida. – Jogou seus cabelos negros para trás.
    Congelei... Apesar de parecer que não me importava com a vida, minhas pernas estavam trêmulas e meu coração acelerado. Seria verdade tudo isso que ela haveria de dizer? E que droga ela está falando?
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    Mensagem por Waterking 03.07.12 19:41

    Opa nao pare de postar *-* to curtindo bastante a história nos prende Pokémon - Past Lives. 534588
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    Pokémon - Past Lives. Empty Re: Pokémon - Past Lives.

    Mensagem por Kaze 03.07.12 20:18

    Noss... foi foda quando a claire disse que a coitada da alice não faria nenhuma falta pra ela -qqqq mto tenso -q

    e eles vão abduzi-la a drogas .OM vão transforma-la em um humano/pokemon airairiariair

    Parabéns XD. curti o capitulo XD
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    Mensagem por Mr. Mudkip 07.07.12 18:04

    Tirando alguns erros por aí, tá indo muito bem. A história é envolvente e divertida. Continue postando!

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      Data/hora atual: 26.04.24 6:23