[Noite 1 Pt.2]Jogo do detetive nº 2

Pinsir:

Eram 6 da manhã, Pinsir estava deitado em sua rede. A corrida cidade de são paulo vivia e se movimentava, como um imenso formigueiro, enquanto sua cabeça flutuava, lembrando de sua saudosa cidade. O cheiro de maresia, a praia, o por do sol nas areias brancas, mesmo ele sabendo que nunca mais voltaria ali, mas ele podia se deliciar nas lembranças, mas os gritos de horror teimavam em voltar.

Ele foi rapidamente para a cozinha, iria fazer um miojo. Como estariam Sneasel e Weaville? Os primos, que são as únicas que souberam exatamente o que aconteceu naquela fatídica noite. Não conversava com eles a muitos anos. Ia ligar pra eles assim que ele lembrasse. Estava frio, ele foi fechar a janela, e ficou a admirar a cor cinza da cidade. Lembrou-se do miojo, correu desembestado em direção a cozinha. Um homem, alto, de paletó e chepéu coco, havia desligado o fogão. Pinsir assustado pega alguma coisa próxima a ele, um guarda chuva seria suficiente para acertar aquela pessoa estranha.

“Sente-se”, disse um homem, com uma voz suave como seda. Mas uma ordem tão rígida, tão específica, pinsir simplismente puxou uma cadeira e sentou. Ao se virar, percebia-se um cavanhaque de cabelos pretíssimos, uma cabeleira farta e escura, uma pele morena, mas parecendo que estava exessivamente marrom em alguns pontos. Mas nada era mais assustador que os olhos, negros, inteiramente negros, sem nenhum tipo de branco. Apenas uma escuridão abissal. Mas a voz era suave, acalmava-o.
“Pinsir, eu conheço toda sua história, eu sei do que aconteceu, e também posso resolver tudo. Posso fazer como se nunca tivesse acontecido.”

A vontade era de gritar como ele sabia de tudo isso, como havia descoberto ele, como entrou em sua casa, mas sua voz era acolhedora, lhe acalmava o coração, apesar de algo estar terrívelmente errado.

Aquele homem, se podemos chamar assim, fez um simples pedido, lhe deu uma listinha. Alguns nomes, alguns criminosos, até um famoso político estavam naquela lista, com nomes, e endereços. Uma carta-base, e papel e canetas estavam na mesa.
Pinsir olhou pra frente, mas tinha mais ninguém. Porém, ele sabia o que tinha que fazer, mas não sabia pra quê, ou como.
Passou dias fazendo perfeitamente os convites, as cartas, com a tinta vermelho-sangue que lhe foi dada, no papel negro.

Ao ir colocando os nomes, viu ali no final, os nomes dos 2 primos, eles iriam também? Qual o objetivo da festa? E quem era aquele homem?

A carta era composta de duas partes, uma carta, convidando para uma festa em sua residência, para homenagear grandes atos, e trazer grandes soluções. Ainda dizia que teria uma competição, e no final, o vencedor ganharia um prêmio de valor inestimável.

A outra parte, era um bilhete, pequeno, para se entrar na residência, era vermelho sangue, contrastando com o preto do papel, e neve havia escrito somente “Apresentação insdispensável”

Quando ele terminou, esticar as pernas, deu uma volta na esquina de casa, comprou pães, e ao voltar, as cartas haviam sumido, apenas o seu ainda estava lá.

Voltorb:

Dia-a-dia corrido para voltorb, era um empresário de vida de muito sucesso, mas com um passado nebuloso, que incluia brigas políticas complicadas com concorrentes, amizades escusas, e muitas coisas estranhas. Chegava a sua parte favorita do dia. Curtir o dinheiro que juntou todos esses anos.

Abriu a garagem, em uma bela mansão na Zona Sul, E um Audi RS, Azul. Conseguir aquele carro foi complicado. Mas valia a pena. Ao apertar o botão de ligar, um ronronar suave aparece na suas costas, mas ao acelerar, o barulho agudo de vários pistões batendo, e o velocímetro girando pra direita, e as coisas começaram a passar muito rapidamente, carros, pessoas, casas, Voltorb curtia, aproveitava, seu veloz carro.

Mas uma curva mal-feita, o carro passeou de lado, acelerou em direção a uma árvore, o barulho assustador, o cheiro de gasolina, a dor insuportável... A explosão.

O susto.

Acordar assim nunca é agradável, com pijamas de seda, na cama de linho, acende seu abajur. Mas, ele não tinha abajur. Aquele não era seu quarto, não era sua cama, sequer seu pijama. Aquele homem conversava rápido, mas ele entendia.
O acidente tinha sido feio, ele havia quase morrido, mas, ele , conseguiu salvá-lo. Mas que logo que ele “morreu”, todos descobriram suas artimanhas, e histórias, mas pra sobreviver sem esses problemas, ele só precisava que ele entrasse numa competição.

Sem nem pensar, aceitou.

Ele entregou pra ele um convite, lhe deu chaves de um carro. E sumiu.
Voltorb pensou no que tinha acabado de fazer. Tinha sido uma decisão idiota. Mas ele havia feito, ele precisava desobrir aonde estava, quando era. E Quanto faltava pra tal festa-competição.

No armário havia um terno, exatamente do seu tamanho, e o carro, um Gol, antigo, com um GPS com direção exata pra casa. A marca do GPS que era estranha, um enorme “D”. Voltorb se arrumou, e logo que terminou, foi pra festa. Ele já estava atrasado.

Weaville e Sneasel

Weaville e Sneasel estavam em casa, relaxando. Torcedores de Flamengo e Fluminense, Weaville usando uma antiga camisa verde do Flu, sendo zoado por sneasel, que acabara de ver Williams vencer o Flu.

Revoltado Sneasel vai pro quarto, berrando com seu primo, que morava com ele, desde o acidente na praia. E foram os dois morar no interior de minas. Mas o dinheiro extra era usado pra se divertirem, viviam em uma confortável casa, na aprazível cidade de Ouro Branco, a qual Sneasel escolheu.

Sairam para jantar, na pizzaria que eles sempre comiam. Sentaram-se, pediram uma pizza, meio calabresa, meio quatro-queijos. Mas quem veio entragar a pizza foi outro homem. Cavanhaque negro, os olhos escuros, completamente escuros, e a pele bronzeadíssima.

Ele simplismente colocou a pizza. E disse as palavras que os deixaram assustados.
“Pinsir precisa que vocês paguem a ele a antiga dívida, ele precisa de ajuda.”
Os dois se olhavam, e sabiam que havia chegado a hora, uma antiga promessa seria finalmente resolvida.

Mas havia mais. O homem prometia que ele conseguiria resolver todas as antigas pendencias, caso eles ganhassem uma pequena competição, e que era exatamente o que eles precisavam. Ajudar Pinsir na competição.
Acordo fechado, convites entregues, e o homem sumiu tão rapidamente quanto apareceu.

A festa era a noite, daquele dia, mas eles primeiro, comeriam a pizza.

Droga, tá fria. Reclamou Weaville.